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- 10 de junho de 2022
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Fome dobra no Brasil: mais de 15% da população não tem o que comer
Por Felipe David Pereira
33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer diariamente. Esse é um dos dados divulgados na quarta-feira (08) que faz parte do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).
O número representa 15,5% da população do país, quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020. No 1º inquérito, divulgado em abril do ano passado, estimava que, em 2020, 19 milhões de brasileiros viviam em situação de insegurança alimentar grave, cerca de 9 milhões a mais que em 2018, quando essa população somava 10,3 milhões de pessoas.
O nome que o estudo dá a essa condição é insegurança alimentar grave, que indica uma redução na quantidade de alimentos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos. Essa nomenclatura faz parte da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), a mesma utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para mensurar a fome no país. Além da insegurança alimentar grave, a metodologia considera outros três níveis:
Segurança alimentar: alcança hoje 41,3% dos brasileiros. Quando a família tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.
Insegurança alimentar leve: atinge 28% dos brasileiros. Quando a família tem preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, com qualidade inadequada resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentos.
Insegurança alimentar moderada: atinge 15,2% dos brasileiros. Quando há redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos.
De acordo com a rede PENSSAN, a pesquisa foi realizada entre novembro de 2021 e abril de 2022, com entrevistas em 12.745 domicílios, distribuídos em áreas urbanas e rurais de 577 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal.
Ofensa ao céu
O avanço do índice assusta os especialistas que atribuem à pandemia do Covid-19 o crescimento, mas não apenas a ela. Há quem indique as estratégias de políticas públicas do governo federal como as responsáveis pelo nível da fome no país.
Sobre as causas que contribuíram para esses resultados, o pastor Christian Gillis chegou a defender em um artigo publicado no portal Ultimato a necessidade de se “avaliar as razões da ausência de segurança alimentar plena num país que bate recordes na produção e exportação de alimento e agir, primeiro, para assistir os necessitados e, segundo, para mudar essa dura e triste situação”. O pastor afirmou ainda que “tal contradição ofende ao Céu e é preciso trabalhar nas causas que produzem a falta de comida suficiente na mesa de toda a população”.
E como a Igreja pode agir? Foi a essa pergunta que um dos programas Diálogos de Esperança se dedicou na conversa que teve como tema o aumento da fome e desigualdade no Brasil. Participaram dessa live a professora Daniela S. Frozi, que é membro da coordenação executiva da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (RBSSAN), e o pastor Lindon Carlos Vieira dos Santos, que coordena o Programa Sertão Sustentável (PSS), da Igreja Ação Evangélica em
Imaculada, PB. Assista à conversa completa no vídeo abaixo:
Fonte: Uol Notícias e G1
Saiba mais
» Família acuada pela pobreza e assombrada pela fome conta com a generosidade e eamizade da igreja no sertão
» Desigualdade - o que a igreja tem a ver com isso, edição 382 da revista Ultimato
» O Deus da Justiça e a Justiça de Deus, Valdir Steuernagel (editor)
» O Reino de Deus e a Transformação Social, Maurício Cunha
» A Igreja, o País e o Mundo - desafios a uma fé engajada, Robinson Cavalcanti
33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer diariamente. Esse é um dos dados divulgados na quarta-feira (08) que faz parte do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).
O número representa 15,5% da população do país, quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020. No 1º inquérito, divulgado em abril do ano passado, estimava que, em 2020, 19 milhões de brasileiros viviam em situação de insegurança alimentar grave, cerca de 9 milhões a mais que em 2018, quando essa população somava 10,3 milhões de pessoas.
O nome que o estudo dá a essa condição é insegurança alimentar grave, que indica uma redução na quantidade de alimentos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos. Essa nomenclatura faz parte da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), a mesma utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para mensurar a fome no país. Além da insegurança alimentar grave, a metodologia considera outros três níveis:
Segurança alimentar: alcança hoje 41,3% dos brasileiros. Quando a família tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.
Insegurança alimentar leve: atinge 28% dos brasileiros. Quando a família tem preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, com qualidade inadequada resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentos.
Insegurança alimentar moderada: atinge 15,2% dos brasileiros. Quando há redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos.
De acordo com a rede PENSSAN, a pesquisa foi realizada entre novembro de 2021 e abril de 2022, com entrevistas em 12.745 domicílios, distribuídos em áreas urbanas e rurais de 577 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal.
Ofensa ao céu
O avanço do índice assusta os especialistas que atribuem à pandemia do Covid-19 o crescimento, mas não apenas a ela. Há quem indique as estratégias de políticas públicas do governo federal como as responsáveis pelo nível da fome no país.
Sobre as causas que contribuíram para esses resultados, o pastor Christian Gillis chegou a defender em um artigo publicado no portal Ultimato a necessidade de se “avaliar as razões da ausência de segurança alimentar plena num país que bate recordes na produção e exportação de alimento e agir, primeiro, para assistir os necessitados e, segundo, para mudar essa dura e triste situação”. O pastor afirmou ainda que “tal contradição ofende ao Céu e é preciso trabalhar nas causas que produzem a falta de comida suficiente na mesa de toda a população”.
E como a Igreja pode agir? Foi a essa pergunta que um dos programas Diálogos de Esperança se dedicou na conversa que teve como tema o aumento da fome e desigualdade no Brasil. Participaram dessa live a professora Daniela S. Frozi, que é membro da coordenação executiva da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (RBSSAN), e o pastor Lindon Carlos Vieira dos Santos, que coordena o Programa Sertão Sustentável (PSS), da Igreja Ação Evangélica em
Imaculada, PB. Assista à conversa completa no vídeo abaixo:
Fonte: Uol Notícias e G1
Saiba mais
» Família acuada pela pobreza e assombrada pela fome conta com a generosidade e eamizade da igreja no sertão
» Desigualdade - o que a igreja tem a ver com isso, edição 382 da revista Ultimato
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» O Reino de Deus e a Transformação Social, Maurício Cunha
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Jornalista mineiro especialista em marketing digital e pós-graduando em cinema. Cristão e metodista apaixonado por música e se descobrindo na arte de contar boas histórias.
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