Opinião
- 14 de março de 2011
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Ficção "O Seqüestro do Rolo Sagrado" apresenta as entranhas de instituições evangélicas
Houve uma época em que os evangélicos ainda eram uma grande minoria, eram "os Bíblias", já que o livro Sagrado se fazia presente na vida e no comportamento de quem abraçava a fé. Era um tempo quase inocente.
Parece que foi ontem, mas meio século se passou.
Naqueles tempos os evangélicos eram esclarecidos na Bíblia, no bom senso e no que era direito e correto. Sem dúvida havia deslizes. É natural ao homem e à sua história uma queda aqui, outra acolá. Mas o erro era reconhecido – sem cinismo, sem meias verdades – e uma vez reparado, o novo era construído em bases válidas. Não era um mar de rosas. Havia muita limitação, muito amadorismo, as coisas eram lentas, o jeito brasileiro imperava, mas a sinceridade de propósitos estava lá.
Nas entranhas institucionais os jovens se manifestavam, e contribuíam com uma participação efetiva, espontânea e autônoma. Havia uma confiança tal que contrastava com o cenário político, repressor aos universitários e limitador à expressão dos jovens.
Mas isso foi no passado. E hoje? Bem, é sobre esse presente que Robson Ramos nos conta, através do O Seqüestro do Rolo Sagrado, uma história de intrigas, desafios, esquemas do mal, armadilhas e os interesses do homem tentando prevalecer sobre Cristo. Como as coisas estão assim, e chegaram assim por culpa exclusivamente nossa, é que a história pode se desenrolar.
Hoje a missão se apresenta mais difusa e nebulosa. A agenda evangelística foi paulatinamente substituída e justificada pelos apelos financeiros. O cinismo impera entre aqueles que se auto-proclamam líderes do rebanho. O servir evoluiu para servir-se.
A representatividade evangélica-protestante de fato cresceu. Explodiu. Mas está silenciosa, morna e apática. Carece de um herói, de um líder, de um revolucionário. Na televisão, no rádio, na política, no escândalo. Nos templos, nas cantorias e nos louvores. No calor das multidões, nas contas bancárias. Nos domingos e em todos os dias da semana. No horário nobre e menos nobre. Com show e com descarrego. Com toalha, mas sem lenço e sem documento. Com templo fechado e com templo dourado. E deu no que deu.
Essa igreja está aí – invadida, misturada, atrapalhada.
Essa influência, essa perdição, veio com o homem. Perpetuou-se em suas instituições e agora bate à porta da igreja. Da igreja verdadeira.
Felizmente o inferno não prevalecerá contra ela, e sim sobre eles: instituições, organizações e homens – os perdidos e em perdição. Abandonaram a verdade e escolheram suas volúpias e paixões terrenas. Quem vai separar o joio do trigo?
Há um gosto amargo em nossas bocas. Há um cheiro de podre em nossos lugares. As coisas não estão bem. E as ameaças continuam. O foco desta luta é o rebanho, desde os mais humildes aos mais abastados. Há profundos interesses em jogo. Seqüestro é palavra branda para descrever esse rapto que se seguirá de violência e morte. A noite escura da perdição promete chegar trazendo divisão, tribulações e muito sofrimento.
Entre os que testemunharam esses acontecimentos, muitos se calaram. A grande maioria. Estão até hoje mudos. No entanto um minúsculo grupo resolveu agir. Mesmo arriscando suas próprias vidas! Ao sair do anonimato, Proteano o herói da história, revela-se como um revolucionário. Esse rebelde, quixotescamente se coloca no caminho das forças Institucionais dos homens. Transforma todo um atrevimento numa questão de honra à sua consciência e à causa do Evangelho. Mesmo correndo risco de morte.
Se lutar sem Deus perecerá. Se lutar por Deus terá que dar sua própria vida. O Reino dos Céus está em jogo. Para ele o morrer é lucro e o viver, lutar por Cristo. Proteano é o destemor encarnado pela graça de Deus. Será que esse herói existe?
Mesmo com a influência natural que o autor narrativo impõe sobre seus personagens, esta é uma história de ficção. Mas alguém viu como as coisas funcionam – de fato e de verdade. E é bem provável que a única solução diante de Deus, seja um protagonista do bem. Como personagem central, só lhe resta abraçar o desafio e lutar.
Conseguirá sobreviver?
Hoje, diante do caos, de nada adianta perguntarmos: O que aconteceu com o movimento evangélico? O que fizeram com o evangelho de Cristo? É melhor sentarmos para trás e acompanharmos Proteano, a fazer o que eu e você certamente sonhamos em fazer. E não tivemos a chance. Ou se tivemos, deixamos que ela escapasse!
Mas há uma nova missão a ser cumprida. E há um herói a nos representar. Não antes sem drama, sem conflitos internos, sem que o peso da consciência e a paixão interior o impulsione para a e escolha. E escolha de luta! Somente os que decidem e que lutam pelo Reino de Deus e o progresso do Evangelho, serão reconhecidos pelo Pai.
Esta é uma história mais do que necessária. Por sua profunda atualidade, grande verossimilhança e seu sentido em nos admoestar. É um grito ao desfalecido para abrir seus olhos e acordar. É uma história sonho e um sonho de história, entremeada por pesadelos, esquemas do mal, armadilhas mundanas e muito jogo sujo. Coisas para um herói-servo.
O que mais nos surpreende, no entanto é que essa batalha a ser travada nas entranhas de instituições e organizações evangélicas, em especial, costura a luta espiritual na esfera física. E faz sangrar. Como um sinal dos céus, essa história bem que pode estar acontecendo, agora mesmo no seio da sua igreja, ou dentro da organização missionária que recebe seu sustento financeiro.
É por isso que o herói da narrativa verá destruição, testemunhará mortes e sofrerá com sua própria vida nessa luta desigual. E se o risco de morte é iminente, muito mais perigoso e danoso será para o Reino de Deus, se a própria batalha for perdida. Esse herói -- Proteano -- vai demandar sua atenção e apoio. Por ser pessoa rara, como os heróis costumam ser, não medirá esforços para barrar aquele que vem para roubar e destruir.
Agora que ele está na brecha, não lhe resta mais alternativas a não ser lutar. E a você, caberá acompanhá-lo nessa luta.
[Texto extraído do Prefácio, escrito por Volney Faustini, da Obra O Sequestro do Rolo Sagrado, de autoria de Robson Ramos].
• Volney Faustini é consultor de inovação no mundo corporativo, ativista cristão, palestrante e blogueiro. Foi editor da Revista Kerigma, tendo atuado em diferentes organizações evangélicas.
Parece que foi ontem, mas meio século se passou.
Naqueles tempos os evangélicos eram esclarecidos na Bíblia, no bom senso e no que era direito e correto. Sem dúvida havia deslizes. É natural ao homem e à sua história uma queda aqui, outra acolá. Mas o erro era reconhecido – sem cinismo, sem meias verdades – e uma vez reparado, o novo era construído em bases válidas. Não era um mar de rosas. Havia muita limitação, muito amadorismo, as coisas eram lentas, o jeito brasileiro imperava, mas a sinceridade de propósitos estava lá.
Nas entranhas institucionais os jovens se manifestavam, e contribuíam com uma participação efetiva, espontânea e autônoma. Havia uma confiança tal que contrastava com o cenário político, repressor aos universitários e limitador à expressão dos jovens.
Mas isso foi no passado. E hoje? Bem, é sobre esse presente que Robson Ramos nos conta, através do O Seqüestro do Rolo Sagrado, uma história de intrigas, desafios, esquemas do mal, armadilhas e os interesses do homem tentando prevalecer sobre Cristo. Como as coisas estão assim, e chegaram assim por culpa exclusivamente nossa, é que a história pode se desenrolar.
Hoje a missão se apresenta mais difusa e nebulosa. A agenda evangelística foi paulatinamente substituída e justificada pelos apelos financeiros. O cinismo impera entre aqueles que se auto-proclamam líderes do rebanho. O servir evoluiu para servir-se.
A representatividade evangélica-protestante de fato cresceu. Explodiu. Mas está silenciosa, morna e apática. Carece de um herói, de um líder, de um revolucionário. Na televisão, no rádio, na política, no escândalo. Nos templos, nas cantorias e nos louvores. No calor das multidões, nas contas bancárias. Nos domingos e em todos os dias da semana. No horário nobre e menos nobre. Com show e com descarrego. Com toalha, mas sem lenço e sem documento. Com templo fechado e com templo dourado. E deu no que deu.
Essa igreja está aí – invadida, misturada, atrapalhada.
Essa influência, essa perdição, veio com o homem. Perpetuou-se em suas instituições e agora bate à porta da igreja. Da igreja verdadeira.
Felizmente o inferno não prevalecerá contra ela, e sim sobre eles: instituições, organizações e homens – os perdidos e em perdição. Abandonaram a verdade e escolheram suas volúpias e paixões terrenas. Quem vai separar o joio do trigo?
Há um gosto amargo em nossas bocas. Há um cheiro de podre em nossos lugares. As coisas não estão bem. E as ameaças continuam. O foco desta luta é o rebanho, desde os mais humildes aos mais abastados. Há profundos interesses em jogo. Seqüestro é palavra branda para descrever esse rapto que se seguirá de violência e morte. A noite escura da perdição promete chegar trazendo divisão, tribulações e muito sofrimento.
Entre os que testemunharam esses acontecimentos, muitos se calaram. A grande maioria. Estão até hoje mudos. No entanto um minúsculo grupo resolveu agir. Mesmo arriscando suas próprias vidas! Ao sair do anonimato, Proteano o herói da história, revela-se como um revolucionário. Esse rebelde, quixotescamente se coloca no caminho das forças Institucionais dos homens. Transforma todo um atrevimento numa questão de honra à sua consciência e à causa do Evangelho. Mesmo correndo risco de morte.
Se lutar sem Deus perecerá. Se lutar por Deus terá que dar sua própria vida. O Reino dos Céus está em jogo. Para ele o morrer é lucro e o viver, lutar por Cristo. Proteano é o destemor encarnado pela graça de Deus. Será que esse herói existe?
Mesmo com a influência natural que o autor narrativo impõe sobre seus personagens, esta é uma história de ficção. Mas alguém viu como as coisas funcionam – de fato e de verdade. E é bem provável que a única solução diante de Deus, seja um protagonista do bem. Como personagem central, só lhe resta abraçar o desafio e lutar.
Conseguirá sobreviver?
Hoje, diante do caos, de nada adianta perguntarmos: O que aconteceu com o movimento evangélico? O que fizeram com o evangelho de Cristo? É melhor sentarmos para trás e acompanharmos Proteano, a fazer o que eu e você certamente sonhamos em fazer. E não tivemos a chance. Ou se tivemos, deixamos que ela escapasse!
Mas há uma nova missão a ser cumprida. E há um herói a nos representar. Não antes sem drama, sem conflitos internos, sem que o peso da consciência e a paixão interior o impulsione para a e escolha. E escolha de luta! Somente os que decidem e que lutam pelo Reino de Deus e o progresso do Evangelho, serão reconhecidos pelo Pai.
Esta é uma história mais do que necessária. Por sua profunda atualidade, grande verossimilhança e seu sentido em nos admoestar. É um grito ao desfalecido para abrir seus olhos e acordar. É uma história sonho e um sonho de história, entremeada por pesadelos, esquemas do mal, armadilhas mundanas e muito jogo sujo. Coisas para um herói-servo.
O que mais nos surpreende, no entanto é que essa batalha a ser travada nas entranhas de instituições e organizações evangélicas, em especial, costura a luta espiritual na esfera física. E faz sangrar. Como um sinal dos céus, essa história bem que pode estar acontecendo, agora mesmo no seio da sua igreja, ou dentro da organização missionária que recebe seu sustento financeiro.
É por isso que o herói da narrativa verá destruição, testemunhará mortes e sofrerá com sua própria vida nessa luta desigual. E se o risco de morte é iminente, muito mais perigoso e danoso será para o Reino de Deus, se a própria batalha for perdida. Esse herói -- Proteano -- vai demandar sua atenção e apoio. Por ser pessoa rara, como os heróis costumam ser, não medirá esforços para barrar aquele que vem para roubar e destruir.
Agora que ele está na brecha, não lhe resta mais alternativas a não ser lutar. E a você, caberá acompanhá-lo nessa luta.
[Texto extraído do Prefácio, escrito por Volney Faustini, da Obra O Sequestro do Rolo Sagrado, de autoria de Robson Ramos].
• Volney Faustini é consultor de inovação no mundo corporativo, ativista cristão, palestrante e blogueiro. Foi editor da Revista Kerigma, tendo atuado em diferentes organizações evangélicas.
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