Opinião
- 15 de março de 2022
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Fazer discípulos envolve mais vida e menos estratégia, mais convicção e menos eloquência
Por Ronaldo Lidório
Fazer discípulos é um processo que envolve mais vida e menos estratégia, mais relacionamento e menos habilidade, mais convicção e menos eloquência.
1 Coríntios 4.9 nos diz que os apóstolos, representando a Igreja que avançava, eram postos em “último lugar”, como se “condenados à morte”. E termina afirmando: “Nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos quanto a homens”.
O termo para “espetáculo” neste verso é ‘theatron’ de onde vem a palavra “teatro” em português. “Theatron”" significava, mais literalmente, “estar em um palco sendo observado”. A ideia é de um grupo teatral se apresentando em um palco iluminado por tochas que eram postas ao seu redor durante as noites. Cada palavra dita, gesto realizado, movimento ou intenções estavam sendo cuidadosamente observados pelo público.
A verdade simples e contundente que sai deste precioso texto é que você e eu, a Igreja de Jesus Cristo, estamos sendo observados, e não apenas por homens, mas também por anjos. A ênfase dessa afirmação, parece-me, não é simplesmente kerigmática, defendendo uma Igreja que existe apenas para proclamar o evangelho de forma audível e inteligível, mas também martírica, uma comunidade de santos que, antes de mais nada, foi chamada para falar, viver, agir e reagir de acordo com os valores de Cristo.
Creio e defendo a intencionalidade do discipulado. Devemos planejar, preparar e investir em pessoas, fazendo discípulos de Jesus entre todas as nações, como ele nos guiou em Mateus 28. Preocupo-me, porém, na forma mecânica como o discipulado tem sido apresentado em alguns ambientes, criando a ideia de que discípulos são feitos por materiais bem escritos e programas bem elaborados. Não é este o modelo de Jesus. O Mestre fazia discípulos falando e vivendo, ao mesmo tempo.
Estamos em um palco sendo observados a cada dia. Esta é uma grande oportunidade e um grande desafio. Que o Senhor nos ajude a crermos em toda a Palavra e vivermos aquilo que cremos. Assim, faremos discípulos que amam e seguem o Senhor Jesus de todo o coração.
Artigo originalmente publicado na conta pessoal do autor no Instagram.
Leia mais:
» Quem são os menos evangelizados no Brasil?
» John Stott e a evangelização
Fazer discípulos é um processo que envolve mais vida e menos estratégia, mais relacionamento e menos habilidade, mais convicção e menos eloquência.
1 Coríntios 4.9 nos diz que os apóstolos, representando a Igreja que avançava, eram postos em “último lugar”, como se “condenados à morte”. E termina afirmando: “Nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos quanto a homens”.
O termo para “espetáculo” neste verso é ‘theatron’ de onde vem a palavra “teatro” em português. “Theatron”" significava, mais literalmente, “estar em um palco sendo observado”. A ideia é de um grupo teatral se apresentando em um palco iluminado por tochas que eram postas ao seu redor durante as noites. Cada palavra dita, gesto realizado, movimento ou intenções estavam sendo cuidadosamente observados pelo público.
A verdade simples e contundente que sai deste precioso texto é que você e eu, a Igreja de Jesus Cristo, estamos sendo observados, e não apenas por homens, mas também por anjos. A ênfase dessa afirmação, parece-me, não é simplesmente kerigmática, defendendo uma Igreja que existe apenas para proclamar o evangelho de forma audível e inteligível, mas também martírica, uma comunidade de santos que, antes de mais nada, foi chamada para falar, viver, agir e reagir de acordo com os valores de Cristo.
Creio e defendo a intencionalidade do discipulado. Devemos planejar, preparar e investir em pessoas, fazendo discípulos de Jesus entre todas as nações, como ele nos guiou em Mateus 28. Preocupo-me, porém, na forma mecânica como o discipulado tem sido apresentado em alguns ambientes, criando a ideia de que discípulos são feitos por materiais bem escritos e programas bem elaborados. Não é este o modelo de Jesus. O Mestre fazia discípulos falando e vivendo, ao mesmo tempo.
Estamos em um palco sendo observados a cada dia. Esta é uma grande oportunidade e um grande desafio. Que o Senhor nos ajude a crermos em toda a Palavra e vivermos aquilo que cremos. Assim, faremos discípulos que amam e seguem o Senhor Jesus de todo o coração.
Artigo originalmente publicado na conta pessoal do autor no Instagram.
Leia mais:
» Quem são os menos evangelizados no Brasil?
» John Stott e a evangelização
Ronaldo Lidório é teólogo e antropólogo, missionário (APMT e WEC) entre grupos pouco ou não evangelizados. É organizador de Indígenas do Brasil -- avaliando a missão da igreja e A Questão Indígena -- Uma Luta Desigual.
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