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- 26 de março de 2015
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Evangélicos pressionam deputados favoráveis à redução da maioridade penal
Na última terça-feira (24), Ultimato publicou uma nota sobre Organizações cristãs contra a redução da maioridade penal, apontando a Carta Aberta mencionada pelo jornalista e blogueiro Leonardo Sakamoto.
Ontem, no final do dia, um pequeno grupo de evangélicos fez um Ato Público na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro (RJ), contra a redução da maioridade penal.
Hoje, após a terceira tentativa, manobras regimentais e muito bate-boca, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), Arthur Lira (PP-AL), convocou para a próxima segunda-feira, dia 30, a discussão da PEC 171/93, que trata da redução da maioridade penal no Brasil.
Ao mesmo tempo, o Blog do Sakamoto anunciava a notícia da “pressão dos evangélicos” sobre os deputados favoráveis à redução da maioridade penal.
Leia a íntegra da nota:
"Em resposta a parlamentares que dizem falar em nome de Deus, mas têm defendido projetos de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, organizações ligadas a denominações evangélicas deram início a uma campanha para alertar os fiéis, a sociedade e pressionar os representantes políticos para que essa tragédia não aconteça.
Nesta semana, a Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas), a Visão Mundial, a rede Fale, que reúnem milhares de ativistas em todo o país, além de pastores e líderes religiosos, começaram a distribuir um documento a parlamentares evangélicos e a igrejas.
'Nossa sociedade e o Estado têm negado o direito ao pleno desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes, do nascimento à juventude. Nossos parlamentares e a sociedade em geral estaremos sendo hipócritas ao propor a redução da idade penal enquanto não garantimos todas as oportunidades de desenvolvimento para as nossas crianças e adolescentes', diz a carta.
Em tom forte, o documento também conclama 'os parlamentares, especialmente os que se declaram evangélicos, a se posicionarem contra a redução da maioridade penal e se envolverem na efetivação do ECA e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), cumprindo o nobre papel dessa Casa de fiscalizar e cobrar do poder público o orçamento e a efetiva implementação dos instrumentos já existentes'.
Conversei com representantes desse grupo. Eles temem que uma união entre parlamentares evangélicos e a bancada da bala ajude na aprovação dessa mudança. Trocas de favores em torno de uma agenda conservadora individual dos parlamentares que não foi discutida com sua base.
Enquanto certos parlamentares se preocupam com beijo em novela, há grupos evangélicos articulados e com peso político que chamam a atenção para a gravidade da situação da infância e da adolescência no Brasil e o risco de um retrocesso patrocinado por essa mudança na lei.
Considerando que esse pessoal consegue fazer um bom barulho nas igrejas (há uma petição online circulando sobre o tema) e que, até revogarem a Constituição, políticos precisam de votos para sobreviver, vai ter parlamentar que terá que se explicar junto à sua base porque dar as costas a crianças e adolescentes se tornou um valor cristão.
Segue o documento."
Ontem, no final do dia, um pequeno grupo de evangélicos fez um Ato Público na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro (RJ), contra a redução da maioridade penal.
Hoje, após a terceira tentativa, manobras regimentais e muito bate-boca, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), Arthur Lira (PP-AL), convocou para a próxima segunda-feira, dia 30, a discussão da PEC 171/93, que trata da redução da maioridade penal no Brasil.
Ao mesmo tempo, o Blog do Sakamoto anunciava a notícia da “pressão dos evangélicos” sobre os deputados favoráveis à redução da maioridade penal.
Leia a íntegra da nota:
"Em resposta a parlamentares que dizem falar em nome de Deus, mas têm defendido projetos de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, organizações ligadas a denominações evangélicas deram início a uma campanha para alertar os fiéis, a sociedade e pressionar os representantes políticos para que essa tragédia não aconteça.
Nesta semana, a Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas), a Visão Mundial, a rede Fale, que reúnem milhares de ativistas em todo o país, além de pastores e líderes religiosos, começaram a distribuir um documento a parlamentares evangélicos e a igrejas.
'Nossa sociedade e o Estado têm negado o direito ao pleno desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes, do nascimento à juventude. Nossos parlamentares e a sociedade em geral estaremos sendo hipócritas ao propor a redução da idade penal enquanto não garantimos todas as oportunidades de desenvolvimento para as nossas crianças e adolescentes', diz a carta.
Em tom forte, o documento também conclama 'os parlamentares, especialmente os que se declaram evangélicos, a se posicionarem contra a redução da maioridade penal e se envolverem na efetivação do ECA e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), cumprindo o nobre papel dessa Casa de fiscalizar e cobrar do poder público o orçamento e a efetiva implementação dos instrumentos já existentes'.
Conversei com representantes desse grupo. Eles temem que uma união entre parlamentares evangélicos e a bancada da bala ajude na aprovação dessa mudança. Trocas de favores em torno de uma agenda conservadora individual dos parlamentares que não foi discutida com sua base.
Enquanto certos parlamentares se preocupam com beijo em novela, há grupos evangélicos articulados e com peso político que chamam a atenção para a gravidade da situação da infância e da adolescência no Brasil e o risco de um retrocesso patrocinado por essa mudança na lei.
Considerando que esse pessoal consegue fazer um bom barulho nas igrejas (há uma petição online circulando sobre o tema) e que, até revogarem a Constituição, políticos precisam de votos para sobreviver, vai ter parlamentar que terá que se explicar junto à sua base porque dar as costas a crianças e adolescentes se tornou um valor cristão.
Segue o documento."
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