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Opinião

Equilíbrio necessário


Todo cristão sincero tem um profundo desejo de obedecer a Deus e viver em conformidade com os seus mandamentos. Jesus diz: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29). Nessa afirmação, entendemos que o diagnóstico de Deus a respeito da principal fonte do “erro” dos líderes religiosos de seu tempo era o desconhecimento das Escrituras e do poder de Deus. Assim, também, o “erro” na vida pessoal do cristão e na vida da Igreja provém disso.
Observando certas passagens bíblicas, percebemos uma preocupação do Espírito Santo em que haja em nós um equilíbrio santo e abençoado entre conhecimento e poder. Conhecimento, neste caso, é o conjunto de verdades essenciais à fé e à vida cristã, reveladas nas Escrituras. Poder refere-se ao aspecto sobrenatural da nossa fé: a intervenção milagrosa de Deus para que creiamos e tenhamos vitórias sobre a carne e sobre o mundo.
A evidência disso está presente na própria encarnação de Jesus: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça [poder] e de verdade [conhecimento]” (Jo 1.14). Paulo escreve aos Coríntios, dizendo: “Os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo [...] poder de Deus e sabedoria de Deus” (1 Co 1.22-24). Parte da igreja evangélica está tremendamente ligada às manifestações miraculosas do poder de Deus, como condição de crença e fé, como os judeus, apontados por Paulo, buscavam sinais, algo que lhes fosse palpável, tangível. A exortação de Paulo, no entanto, reprova a necessidade do sinal para balizar a fé. A própria definição de fé, “convicção de fatos que se não vêem” (Hb 11.1) nos aponta para esta realidade. Contudo, Deus continua, hoje, a agir miraculosamente com poder, tudo de acordo com a sua soberania. A ação de Deus é livre. Ele realiza o que quer, quando quer; o problema está ligado ao fato de condicionarmos nossa fé a fatos ou a sentimentos. Ligar-se somente à manifestação do poder gera desequilíbrio. E buscar só sabedoria também gera desequilíbrio. Nós, da chamada igreja tradicional, prezamos e amamos o estudo das Escrituras e da sua Verdade. A própria Palavra nos alerta para a necessidade de conhecermos as doutrinas bíblicas. A Palavra nos consola, exorta e edifica. O problema é quando nos apegamos apenas ao conhecimento intelectual da verdade, e nos esquecemos que a nossa fé é algo sobrenatural. A sabedoria, somente como um mero acúmulo de conhecimento religioso ou teológico, leva-nos à aridez espiritual.
O apóstolo Pedro encerra a sua Segunda Epístola, dizendo: “Antes, crescei na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus” (2 Pe 3.18). Crescimento, não apenas no conhecimento, mas, também, na graça. Graça e verdade juntas. O equilíbrio de que tanto precisamos.

Milton Ribeiro é pastor da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, Santos, SP. É advogado e presidente do Sínodo Litoral Paulista. <rvmilton@usp.br>

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