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- 25 de janeiro de 2008
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Emprego entre as mulheres cresce, mas ainda é de baixa qualidade
(ADITAL) Entre 1997 e 2007, a taxa de mulheres latino-americanas empregadas passou de 42,1% para 47,1%. Os dados do estudo "Perspectivas para o Emprego Global" apresentado na última terça-feira, na Suíça, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no entanto, revelam que a região é ainda gravemente afetada pelo emprego informal, vulnerável.
Se levado em consideração apenas o número de mulheres da população economicamente ativa, o número de mulheres empregadas salta de 47,2% - em 1996 - para 52,9% em 2007. Elas são maioria no setor de serviço, o que mais cresceu na região, mas também o que mais gera empregos de baixa qualidade. O desemprego de mulheres e homens atinge ainda a 8,5% da população economicamente ativa.
O estudo da OIT revela que a América Latina e o Caribe são a única região na qual o emprego vulnerável, com probabilidade de apresentar baixas condições de trabalho, aumentou nos últimos 10 anos, de 31,4% para 33,2% do emprego total. Para a OIT, a falta de um emprego decente faz com que as pessoas sofram discriminação, que as impede de superar as condições de pobreza e gera um círculo vicioso, do qual a única saída é a criação de empregos seguros.
Para o diretor geral da OIT, Juan Somavia, "apesar de o crescimento econômico gerar milhões de empregos a cada ano, o desemprego ainda é elevado e este ano pode alcançar níveis sem precedentes. E embora haja mais gente empregada do que nunca, isso não significa que sejam empregos descentes. Há pessoas que quando não estão desempregadas ficam no grupo dos trabalhadores pobres, dos mais vulneráveis ou dos desalentados".
A tendência de crescimento do setor de serviços é uma realidade mundial e ele está se consolidando frente à agricultura como o principal provedor de empregos. Nos serviços, 42,7% dos trabalhadores do mundo estão empregados, enquanto que na agricultura estão 34,9% e na indústria 22,4%. Na América Latina e no Caribe o peso dos serviços é significativamente maior: 58,9%. Já na indústria a taxa de 22% é praticamente a mesma do resto do mundo. Na agricultura, a porcentagem de latino-americanos trabalhando é de apenas 19,1.
De acordo com a OIT, os governos falharam em criar empregos de qualidade que são essenciais para a diminuição das desigualdades sociais e para que as pessoas deixem de viver na pobreza. Os empregos de baixa qualidade, que atingem quatro de cada dez trabalhadores, são mais freqüentes em regiões em desenvolvimento como a latino-americana. Eles tornam as pessoas vulneráveis à pobreza e as expõem a baixos salários, condições de trabalho perigosas e inexistência de segurança na saúde.
A OIT estima que 487 milhões de trabalhadores, ou 16,4% do total, não ganha o suficiente para superar junto com as famílias a linha da pobreza de 1 dólar diário por pessoa. E outros 1, 3 bilhões de trabalhadores, 43,5% do total, ainda vivem abaixo da linha de 2 dólares diários.
Somavia disse ainda que "podemos ver como o crescimento econômico não se traduz automaticamente em mais trabalho decente. Isso demonstra uma vez mais que as políticas do mercado trabalhista devem estar no centro das políticas macro-econômicas para garantir que o crescimento seja integrador e que o desenvolvimento implique em gerar empregos bons e decentes."
Fonte: www.adital.com.br
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• Mulher plena, em missão!, ed. 310
• A missão da mulher
• Executivas solitárias, ed. 306
Se levado em consideração apenas o número de mulheres da população economicamente ativa, o número de mulheres empregadas salta de 47,2% - em 1996 - para 52,9% em 2007. Elas são maioria no setor de serviço, o que mais cresceu na região, mas também o que mais gera empregos de baixa qualidade. O desemprego de mulheres e homens atinge ainda a 8,5% da população economicamente ativa.
O estudo da OIT revela que a América Latina e o Caribe são a única região na qual o emprego vulnerável, com probabilidade de apresentar baixas condições de trabalho, aumentou nos últimos 10 anos, de 31,4% para 33,2% do emprego total. Para a OIT, a falta de um emprego decente faz com que as pessoas sofram discriminação, que as impede de superar as condições de pobreza e gera um círculo vicioso, do qual a única saída é a criação de empregos seguros.
Para o diretor geral da OIT, Juan Somavia, "apesar de o crescimento econômico gerar milhões de empregos a cada ano, o desemprego ainda é elevado e este ano pode alcançar níveis sem precedentes. E embora haja mais gente empregada do que nunca, isso não significa que sejam empregos descentes. Há pessoas que quando não estão desempregadas ficam no grupo dos trabalhadores pobres, dos mais vulneráveis ou dos desalentados".
A tendência de crescimento do setor de serviços é uma realidade mundial e ele está se consolidando frente à agricultura como o principal provedor de empregos. Nos serviços, 42,7% dos trabalhadores do mundo estão empregados, enquanto que na agricultura estão 34,9% e na indústria 22,4%. Na América Latina e no Caribe o peso dos serviços é significativamente maior: 58,9%. Já na indústria a taxa de 22% é praticamente a mesma do resto do mundo. Na agricultura, a porcentagem de latino-americanos trabalhando é de apenas 19,1.
De acordo com a OIT, os governos falharam em criar empregos de qualidade que são essenciais para a diminuição das desigualdades sociais e para que as pessoas deixem de viver na pobreza. Os empregos de baixa qualidade, que atingem quatro de cada dez trabalhadores, são mais freqüentes em regiões em desenvolvimento como a latino-americana. Eles tornam as pessoas vulneráveis à pobreza e as expõem a baixos salários, condições de trabalho perigosas e inexistência de segurança na saúde.
A OIT estima que 487 milhões de trabalhadores, ou 16,4% do total, não ganha o suficiente para superar junto com as famílias a linha da pobreza de 1 dólar diário por pessoa. E outros 1, 3 bilhões de trabalhadores, 43,5% do total, ainda vivem abaixo da linha de 2 dólares diários.
Somavia disse ainda que "podemos ver como o crescimento econômico não se traduz automaticamente em mais trabalho decente. Isso demonstra uma vez mais que as políticas do mercado trabalhista devem estar no centro das políticas macro-econômicas para garantir que o crescimento seja integrador e que o desenvolvimento implique em gerar empregos bons e decentes."
Fonte: www.adital.com.br
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