Opinião
- 18 de janeiro de 2018
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Em meio às polarizações, exerça a cidadania do céu
Por Joshua Chestnut
Entramos em um novo ano e em um momento cada vez mais frágil e politicamente polarizado na história do nosso país. Enquanto continuo a conversar e a ouvir amigos, estudantes, familiares e vizinhos - cada um com uma perspectiva diferente - continuo a me perguntar: o que significa ser um bom cidadão nesse momento de tanta polarização política e social? Sei que outros também se perguntam isso. Definir exatamente o que essa boa cidadania significa está além de mim e do escopo destes parágrafos, mas quero compartilhar algo que o apóstolo Paulo escreveu e que fica chacoalhando na minha cabeça quando penso nesses assuntos.
No final do primeiro capítulo de sua carta aos filipenses, Paulo exorta seus leitores a "portarem-se dignamente conforme o evangelho de Cristo" (1:27), que literalmente pode ser traduzido como "vivam como bons cidadãos do evangelho". Mais adiante na carta ele usa uma palavra da mesma raiz para lembrar aos filipenses de que sua "cidadania está no céu" (3:20). Durante anos passei direto pela leitura dessa parte, supondo que Paulo estava dizendo que eu não tinha que me preocupar com as confusões da cidadania "terrena" porque agora eu tinha uma celestial. Mas estou menos convencido de que era isso o que Paulo pretendia dizer, ou o que os cristãos de Filipos ouviram.
Filipos era uma colônia romana, o que significava que mesmo estando territorialmente longe de Roma, graciosamente recebia o mesmo status de Roma. Naquela época, isso era algo muito significativo. Nos aspectos legais, o solo de Filipo valia tanto quanto o solo romano, portanto a vida lá vinha com todos os benefícios de se estar em Roma: cidadania, isenção de impostos, proteção militar, prosperidade econômica, entre outros. Mas tinha uma pegadinha. Em troca dessa grande dádiva da cidadania, foi dada ao povo de Filipos a tarefa de implantar a cultura romana à vida da região. Uma das principais funções das colônias era romanizar o mundo. Em troca da cidadania, eles deveriam celebrar e espalhar a arte, a arquitetura, a música, a literatura e a lei romana pelo mundo. A cidadania era uma via de mão dupla para aqueles que, como os filipenses, viviam em uma colônia.
Quando Paulo tocou nessa conhecida realidade de cidadania, não estava dando aos filipenses uma saída para não enfrentarem as dificuldades e complexidades que tinham ao viver neste mundo. Estava os lembrando de que, como cidadãos do céu e do evangelho, eles não receberam apenas os benefícios do evangelho; eles receberam uma chamada simultânea para implantar uma cultura ainda mais ampla - para ajudar a trazer a cultura do céu à terra! Para trazer justiça, amor, perdão, bondade, verdade, beleza, alegria, paz, paciência, esperança, amizade para o mundo!
Amigos e irmãos cidadãos do céu, enquanto entramos neste novo ano em que as tendências de polarização política e divisão social fazem com que seja muito fácil assumir pacotes fechados de posições - que muitas vezes funcionam para nos distanciar do trabalho árduo de ouvir, nos importar e sermos bons cidadãos -, que possamos implantar nossa cultura, trazendo conosco a cultura do céu neste momento de polarização!
Entramos em um novo ano e em um momento cada vez mais frágil e politicamente polarizado na história do nosso país. Enquanto continuo a conversar e a ouvir amigos, estudantes, familiares e vizinhos - cada um com uma perspectiva diferente - continuo a me perguntar: o que significa ser um bom cidadão nesse momento de tanta polarização política e social? Sei que outros também se perguntam isso. Definir exatamente o que essa boa cidadania significa está além de mim e do escopo destes parágrafos, mas quero compartilhar algo que o apóstolo Paulo escreveu e que fica chacoalhando na minha cabeça quando penso nesses assuntos.
No final do primeiro capítulo de sua carta aos filipenses, Paulo exorta seus leitores a "portarem-se dignamente conforme o evangelho de Cristo" (1:27), que literalmente pode ser traduzido como "vivam como bons cidadãos do evangelho". Mais adiante na carta ele usa uma palavra da mesma raiz para lembrar aos filipenses de que sua "cidadania está no céu" (3:20). Durante anos passei direto pela leitura dessa parte, supondo que Paulo estava dizendo que eu não tinha que me preocupar com as confusões da cidadania "terrena" porque agora eu tinha uma celestial. Mas estou menos convencido de que era isso o que Paulo pretendia dizer, ou o que os cristãos de Filipos ouviram.
Filipos era uma colônia romana, o que significava que mesmo estando territorialmente longe de Roma, graciosamente recebia o mesmo status de Roma. Naquela época, isso era algo muito significativo. Nos aspectos legais, o solo de Filipo valia tanto quanto o solo romano, portanto a vida lá vinha com todos os benefícios de se estar em Roma: cidadania, isenção de impostos, proteção militar, prosperidade econômica, entre outros. Mas tinha uma pegadinha. Em troca dessa grande dádiva da cidadania, foi dada ao povo de Filipos a tarefa de implantar a cultura romana à vida da região. Uma das principais funções das colônias era romanizar o mundo. Em troca da cidadania, eles deveriam celebrar e espalhar a arte, a arquitetura, a música, a literatura e a lei romana pelo mundo. A cidadania era uma via de mão dupla para aqueles que, como os filipenses, viviam em uma colônia.
Quando Paulo tocou nessa conhecida realidade de cidadania, não estava dando aos filipenses uma saída para não enfrentarem as dificuldades e complexidades que tinham ao viver neste mundo. Estava os lembrando de que, como cidadãos do céu e do evangelho, eles não receberam apenas os benefícios do evangelho; eles receberam uma chamada simultânea para implantar uma cultura ainda mais ampla - para ajudar a trazer a cultura do céu à terra! Para trazer justiça, amor, perdão, bondade, verdade, beleza, alegria, paz, paciência, esperança, amizade para o mundo!
Amigos e irmãos cidadãos do céu, enquanto entramos neste novo ano em que as tendências de polarização política e divisão social fazem com que seja muito fácil assumir pacotes fechados de posições - que muitas vezes funcionam para nos distanciar do trabalho árduo de ouvir, nos importar e sermos bons cidadãos -, que possamos implantar nossa cultura, trazendo conosco a cultura do céu neste momento de polarização!
- Joshua Chestnut é casado com Sarah, estudou no Regent College em Vancouver (CA) e é membro do braço do L'Abri em Southborough (EUA).
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