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- 14 de setembro de 2007
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Em Brasília, um Senado de Segurança Máxima
E o Senado elegeu um espinheiro. Faz pouco mais de três meses que publicamos aqui O espinheiro que falta ao Senado. Para quem não se lembra, trata-se da história das árvores que em coro clamavam por um rei (Jz 8.8-15). Um retrato bíblico da nossa Câmara Alta. Nas palavras do senador Demóstenes Torres, estavam todos à caça de "um relator que faça o serviço sujo".
O que parecia ruim no começo ficou pior. Por 40 votos a 35, os senadores decidiram não cassar o mandato do presidente da Casa, Renan Calheiros, por quebra de decoro parlamentar. O imbróglio faz lembrar a eleição do espinheiro da parábola: "Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano!" (Jz 8.15). Aos desavisados, o espinheiro não dá sombra...
É preciso misturar um pouco (ou muito) de religião com a política nacional. Quem sabe, uma pitada de sal. A putrefação do espectro político nacional é assustadora. Para o colunista da "Folha de S. Paulo" Clóvis Rossi, o encontro dos senadores se deu numa verdadeira "prisão de segurança máxima". Às escondidas, a sessão secreta com votação idem não permitiu aos "detentos" a utilização de laptops ou celulares. É irresistível a lembrança das palavras de Jesus, "não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido. O que vocês disseram nas trevas será ouvido à luz do dia, e o que vocês sussurraram aos ouvidos dentro de casa, será proclamado dos telhados" (Mt 10.26-27).
Não se trata de "espiritualizar" o que acontece no país. Ao contrário. A fé cristã é, ao mesmo tempo, utópica e bastante realista. Os senadores que hoje escondem o voto e armam em segredo para manter tal prática, ontem subiam nas tribunas a bradar contra o que chamavam absurdo. E, claro, os que hoje posam de vestais, clamando pelo voto aberto, ontem urdiam pela manutenção da sessão secreta. Discernir é preciso. Ser de direita ou de esquerda não nos torna melhores ou piores cristãos.
Estamos assustados com o mar de lama. Estamos decepcionados. Ao que parece, Em Brasília todos tramam em conjunto.
Leia o livro
• Religião e Política, sim; Igreja e Estado, não, Paul Freston
• A Igreja, o País e o Mundo, Robinson Cavalcanti
• Cristianismo e Política, Robinson Cavalcanti
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O que parecia ruim no começo ficou pior. Por 40 votos a 35, os senadores decidiram não cassar o mandato do presidente da Casa, Renan Calheiros, por quebra de decoro parlamentar. O imbróglio faz lembrar a eleição do espinheiro da parábola: "Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano!" (Jz 8.15). Aos desavisados, o espinheiro não dá sombra...
É preciso misturar um pouco (ou muito) de religião com a política nacional. Quem sabe, uma pitada de sal. A putrefação do espectro político nacional é assustadora. Para o colunista da "Folha de S. Paulo" Clóvis Rossi, o encontro dos senadores se deu numa verdadeira "prisão de segurança máxima". Às escondidas, a sessão secreta com votação idem não permitiu aos "detentos" a utilização de laptops ou celulares. É irresistível a lembrança das palavras de Jesus, "não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido. O que vocês disseram nas trevas será ouvido à luz do dia, e o que vocês sussurraram aos ouvidos dentro de casa, será proclamado dos telhados" (Mt 10.26-27).
Não se trata de "espiritualizar" o que acontece no país. Ao contrário. A fé cristã é, ao mesmo tempo, utópica e bastante realista. Os senadores que hoje escondem o voto e armam em segredo para manter tal prática, ontem subiam nas tribunas a bradar contra o que chamavam absurdo. E, claro, os que hoje posam de vestais, clamando pelo voto aberto, ontem urdiam pela manutenção da sessão secreta. Discernir é preciso. Ser de direita ou de esquerda não nos torna melhores ou piores cristãos.
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