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- 14 de fevereiro de 2008
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Educação de qualidade é a principal preocupação dos jovens
(ADITAL) A pesquisa "Juventude e Integração Sul-Americana", coordenada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e pelo Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Pólis) revela que a educação é a principal preocupação dos jovens sul-americanos.
Durante o ano de 2007, 960 jovens e especialistas em juventude do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia foram entrevistados para dizer o que quer e o que pensa a população entre 15 e 29 da América do Sul. Com a realização de grupos de discussão e entrevistas individuais, a pesquisa levantou a opinião desde os cortadores de cana no Brasil às empregadas domésticas na Bolívia.
Segundo a pesquisa, os seis temas que mais interessam aos jovens são: educação, trabalho, ecologia, cultura, segurança e transporte. Uma educação pública, gratuita e de qualidade, que dê ênfase à formação profissional é o desejo primeiro dos jovens da região. Mas essas demandas se expressam com distintas configurações.
Para os jovens, qualidade não se resume apenas à equipamentos e recursos humanos, e sim à aproximação entre educação e qualidade profissional. No Brasil, os jovens que trabalham nos canaviais alertaram para a necessidade de se conciliar trabalho e estudo, pois 80% dos entrevistados abandonaram os estudos entre a terceira e a sétima série, porque precisavam trabalhar.
De acordo com o estudo, a universalização do acesso à escola não conseguiu responder às desigualdades geradas pelos sistemas educativos: "A seleção (inclusão/exclusão) não é mais feita no acesso à escola, mas no seu interior, na trajetória educacional, gerando novas práticas: o desempenho individual, a competição, o chamado fracasso escolar".
Problemas simples de serem resolvidos também afetam a freqüência escolar dos jovens, como o transporte. Os jovens trabalhadores, para atingir um nível mais elevado de escolaridade, precisam muitas vezes abandonar suas cidades e famílias, já que algumas regiões não têm escolas de educação secundária.
A relação dos jovens com o transporte público, no entanto, é mais ampla. Para eles, é necessário que esses transportes sejam acessíveis para não terem cerceadas as possibilidades de estudo, trabalho, atendimento de saúde, cultura, lazer, diversão. A reivindicação do não pagamento da passagem aparece, segundo a pesquisa, como garantia de permanência no sistema escolar.
Nesse sentido, nos últimos anos jovens do Brasil (Revolta do Buzu, Salvador) e do Paraguai (La demanda del boleto estudiantil, da Federação Nacional de Estudantes Secundaristas) e do Chile (Revolta de los Pingüinos, em 2006) fizeram manifestações pelo passagem gratuita.
"É fundamental desenvolver a consciência de que mobilidade é resultado de política pública. É necessário que se atente a essa demanda como condição básica para o próprio exercício da vida democrática", disse a pesquisa.
O desemprego, que atinge 16% das pessoas entre 15 e 24 anos na América Latina é uma preocupação constante dos jovens. Mas, mais que um emprego, eles exigem um trabalho decente, que implique em remuneração justa e estabilidade. A cultura, com a demanda de se ter ampliado o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação, e a ecologia, com as mobilizações de jovens argentinos pela não instalação de uma fábrica de celulosa às margens do Rio Uruguai, também preocupam os jovens.
No Brasil, segunda a pesquisa, uma preocupação de quase todos os jovens entrevistados é a violência. Especialmente, para os jovens dos projetos do Rio de Janeiro (Fórum de Juventudes do RJ) e os do hip-hop. Nos dois casos, a violência que atinge os jovens está relacionada à ação das policias e ao trafico de drogas ilícitas.
"Para eles, o antídoto para a violência (policial e do tráfico) são o fortalecimento e a valorização de sua identidade e de sua produção cultural", ressalta a pesquisa. E acrescentou que em todas as áreas, "com a presença ou com a ausência da expressão ‘políticas públicas de juventude’, os/as jovens sempre evocam os poderes públicos para encaminhar as resoluções de seus problemas".
Fonte: www.adital.com.br
Durante o ano de 2007, 960 jovens e especialistas em juventude do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia foram entrevistados para dizer o que quer e o que pensa a população entre 15 e 29 da América do Sul. Com a realização de grupos de discussão e entrevistas individuais, a pesquisa levantou a opinião desde os cortadores de cana no Brasil às empregadas domésticas na Bolívia.
Segundo a pesquisa, os seis temas que mais interessam aos jovens são: educação, trabalho, ecologia, cultura, segurança e transporte. Uma educação pública, gratuita e de qualidade, que dê ênfase à formação profissional é o desejo primeiro dos jovens da região. Mas essas demandas se expressam com distintas configurações.
Para os jovens, qualidade não se resume apenas à equipamentos e recursos humanos, e sim à aproximação entre educação e qualidade profissional. No Brasil, os jovens que trabalham nos canaviais alertaram para a necessidade de se conciliar trabalho e estudo, pois 80% dos entrevistados abandonaram os estudos entre a terceira e a sétima série, porque precisavam trabalhar.
De acordo com o estudo, a universalização do acesso à escola não conseguiu responder às desigualdades geradas pelos sistemas educativos: "A seleção (inclusão/exclusão) não é mais feita no acesso à escola, mas no seu interior, na trajetória educacional, gerando novas práticas: o desempenho individual, a competição, o chamado fracasso escolar".
Problemas simples de serem resolvidos também afetam a freqüência escolar dos jovens, como o transporte. Os jovens trabalhadores, para atingir um nível mais elevado de escolaridade, precisam muitas vezes abandonar suas cidades e famílias, já que algumas regiões não têm escolas de educação secundária.
A relação dos jovens com o transporte público, no entanto, é mais ampla. Para eles, é necessário que esses transportes sejam acessíveis para não terem cerceadas as possibilidades de estudo, trabalho, atendimento de saúde, cultura, lazer, diversão. A reivindicação do não pagamento da passagem aparece, segundo a pesquisa, como garantia de permanência no sistema escolar.
Nesse sentido, nos últimos anos jovens do Brasil (Revolta do Buzu, Salvador) e do Paraguai (La demanda del boleto estudiantil, da Federação Nacional de Estudantes Secundaristas) e do Chile (Revolta de los Pingüinos, em 2006) fizeram manifestações pelo passagem gratuita.
"É fundamental desenvolver a consciência de que mobilidade é resultado de política pública. É necessário que se atente a essa demanda como condição básica para o próprio exercício da vida democrática", disse a pesquisa.
O desemprego, que atinge 16% das pessoas entre 15 e 24 anos na América Latina é uma preocupação constante dos jovens. Mas, mais que um emprego, eles exigem um trabalho decente, que implique em remuneração justa e estabilidade. A cultura, com a demanda de se ter ampliado o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação, e a ecologia, com as mobilizações de jovens argentinos pela não instalação de uma fábrica de celulosa às margens do Rio Uruguai, também preocupam os jovens.
No Brasil, segunda a pesquisa, uma preocupação de quase todos os jovens entrevistados é a violência. Especialmente, para os jovens dos projetos do Rio de Janeiro (Fórum de Juventudes do RJ) e os do hip-hop. Nos dois casos, a violência que atinge os jovens está relacionada à ação das policias e ao trafico de drogas ilícitas.
"Para eles, o antídoto para a violência (policial e do tráfico) são o fortalecimento e a valorização de sua identidade e de sua produção cultural", ressalta a pesquisa. E acrescentou que em todas as áreas, "com a presença ou com a ausência da expressão ‘políticas públicas de juventude’, os/as jovens sempre evocam os poderes públicos para encaminhar as resoluções de seus problemas".
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