Opinião
- 02 de abril de 2015
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É um desperdício não acreditar na ressurreição
Em 2010 éramos o segundo país do mundo com a maior quantidade de cristãos. Tínhamos 177,3 milhões de brasileiros que eram ou se declaravam cristãos. Continuaremos assim até 2020, de acordo com as previsões.
Quantos de nós cremos na ressurreição do corpo, como ensinam as Escrituras Sagradas e o Credo Apostólico? Quantos têm essa esperança e dela se beneficiam hoje? Quantos enfrentam o luto com o auxílio dessa promessa? Quantos têm como absoluta certeza a sua própria ressurreição?
O assunto não é de somenos importância. A negação da ressurreição tem implicações seríssimas. Na lógica de Paulo, “se não há ressurreição, Cristo não está vivo [e] se Cristo não ressuscitou, tudo o que ensinamos a vocês está errado e vocês investiram a vida em uma ilusão” (1 Coríntios 15.13-14, AM). A ressurreição de Cristo na madrugada do primeiro dia da semana está cimentada com a nossa ressurreição no derradeiro dia. E vice-versa. Negar uma ou outra faz ruir por completo o edifício cristão.
É um desperdício enorme não acreditar na ressurreição do corpo. Essa loucura dá grande causa à morte, torna-a eternamente implacável e vitoriosa. O cristão desprovido dessa certeza não pode zombar da morte: “Onde está, ó morte a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?” (1 Coríntios 15.55).
No final do capítulo da Bíblia mais longo e eloquente sobre a ressurreição (1 Coríntios 15), Paulo não consegue se conter e faz uma algazarra enorme a propósito da vitória de Cristo sobre a morte, afirmando:
“A morte está destruída! A vitória é completa” (verso 54)
Em outras palavras e fazendo uso de outras versões, o apóstolo está gritando:
A vida triunfou sobre a morte!
A morte está morta!
Tragada (ou engolida ou devorada) foi a morte pela vitória!
A morte foi absorvida, afogada, aniquilada, destruída, esmagada pela vitória!
Tudo isso expressa a verdade. Mas há uma afirmação adicional de extrema importância: tudo isso tornou-se viável, veio a se concretizar “por meio do nosso Senhor Jesus Cristo” (verso 57).
A expressão “por meio de Jesus” é corriqueira nas Cartas de Paulo e no resto no Novo Testamento. Ao todo são 76 referências. Quase todas remontam aos acontecimentos da primeira “semana santa”: por meio do sacrifício do corpo de Jesus, por meio dos ferimentos de Jesus, por meio da cruz de Jesus, por meio da morte de Jesus e por meio da ressurreição de Jesus. Isso quer dizer que todos os atos de salvação tornaram-se possíveis por causa do sacrifício vicário de Jesus e de sua ressurreição. Inclusive a ressurreição do corpo.
Pela exposição de Paulo, percebe-se que a ressurreição é muito mais do que tornar a viver. Embora os mortos não percam sua identidade (Maria será sempre Maria, João será sempre João), na ressurreição eles terão corpos novos, não pecaminosos, não mortais, não adâmicos. Quanto mais nos aprofundamos no assunto, mais impressionados ficamos com a doutrina cristã da ressurreição dos mortos.
Em seu excelente artigo sobre luto, publicado na Folha de S. Paulo, de 21 de março, o médico Dráuzio Varella deixa a descoberto o peso do luto:
“A perda de um ente querido é das experiências mais dolorosas... Estar de luto abala a integridade do psiquismo e provoca sintomas fisiológicos que evoluem com o passar do tempo... No período que se segue ao falecimento, aumenta o risco de infarto do miocárdio, das cardiopatias, de estresse, de distúrbios de humor e ansiedade e também do abuso de drogas, lícitas ou não”. Etc.
Aí está um bom motivo para os 177,3 milhões de cristãos brasileiros ou os 2,2 bilhões de cristãos de todos os continentes deixarem de ser incrédulos e crer na ressurreição do corpo – do corpo de seus familiares e de seu próprio corpo!
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O assunto não é de somenos importância. A negação da ressurreição tem implicações seríssimas. Na lógica de Paulo, “se não há ressurreição, Cristo não está vivo [e] se Cristo não ressuscitou, tudo o que ensinamos a vocês está errado e vocês investiram a vida em uma ilusão” (1 Coríntios 15.13-14, AM). A ressurreição de Cristo na madrugada do primeiro dia da semana está cimentada com a nossa ressurreição no derradeiro dia. E vice-versa. Negar uma ou outra faz ruir por completo o edifício cristão.
É um desperdício enorme não acreditar na ressurreição do corpo. Essa loucura dá grande causa à morte, torna-a eternamente implacável e vitoriosa. O cristão desprovido dessa certeza não pode zombar da morte: “Onde está, ó morte a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?” (1 Coríntios 15.55).
No final do capítulo da Bíblia mais longo e eloquente sobre a ressurreição (1 Coríntios 15), Paulo não consegue se conter e faz uma algazarra enorme a propósito da vitória de Cristo sobre a morte, afirmando:
“A morte está destruída! A vitória é completa” (verso 54)
Em outras palavras e fazendo uso de outras versões, o apóstolo está gritando:
A vida triunfou sobre a morte!
A morte está morta!
Tragada (ou engolida ou devorada) foi a morte pela vitória!
A morte foi absorvida, afogada, aniquilada, destruída, esmagada pela vitória!
Tudo isso expressa a verdade. Mas há uma afirmação adicional de extrema importância: tudo isso tornou-se viável, veio a se concretizar “por meio do nosso Senhor Jesus Cristo” (verso 57).
A expressão “por meio de Jesus” é corriqueira nas Cartas de Paulo e no resto no Novo Testamento. Ao todo são 76 referências. Quase todas remontam aos acontecimentos da primeira “semana santa”: por meio do sacrifício do corpo de Jesus, por meio dos ferimentos de Jesus, por meio da cruz de Jesus, por meio da morte de Jesus e por meio da ressurreição de Jesus. Isso quer dizer que todos os atos de salvação tornaram-se possíveis por causa do sacrifício vicário de Jesus e de sua ressurreição. Inclusive a ressurreição do corpo.
Pela exposição de Paulo, percebe-se que a ressurreição é muito mais do que tornar a viver. Embora os mortos não percam sua identidade (Maria será sempre Maria, João será sempre João), na ressurreição eles terão corpos novos, não pecaminosos, não mortais, não adâmicos. Quanto mais nos aprofundamos no assunto, mais impressionados ficamos com a doutrina cristã da ressurreição dos mortos.
Em seu excelente artigo sobre luto, publicado na Folha de S. Paulo, de 21 de março, o médico Dráuzio Varella deixa a descoberto o peso do luto:
“A perda de um ente querido é das experiências mais dolorosas... Estar de luto abala a integridade do psiquismo e provoca sintomas fisiológicos que evoluem com o passar do tempo... No período que se segue ao falecimento, aumenta o risco de infarto do miocárdio, das cardiopatias, de estresse, de distúrbios de humor e ansiedade e também do abuso de drogas, lícitas ou não”. Etc.
Aí está um bom motivo para os 177,3 milhões de cristãos brasileiros ou os 2,2 bilhões de cristãos de todos os continentes deixarem de ser incrédulos e crer na ressurreição do corpo – do corpo de seus familiares e de seu próprio corpo!
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Surpreendido pela Esperança (Tom Wright)
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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