Opinião
- 06 de junho de 2024
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Deus enquanto Senhor da natureza: uma reflexão sobre o papel da humanidade no cuidado da criação
A importância da natureza não é por sua utilidade para a humanidade, mas pelo fato de que Deus a fez
Por Leonardo Balena Queiroz e Ney Maranhão
A existência da arte não precisa ser justificada por critérios sociais, políticos, econômicos ou até mesmo evangelísticos. A arte não precisa de justificativa, na medida em que não é um meio para a obtenção de algo, mas um fim em si mesma, possuindo significado enquanto criação de Deus. Embora possa desempenhar muitas funções – como a de comunicar, ensinar, entreter e contemplar –, a arte não pressupõe nenhuma delas, antes deve sua existência e seu sentido ao fato de ser obra do Criador, como afirma Rookmaaker1.
De igual modo, a natureza tem valor em si mesma, não necessitando ser justificada por suas múltiplas finalidades. Afirmar que algo dispõe de valor em si próprio não quer dizer que seja absoluto ou autônomo, pois nada abaixo do sol consegue desvincular-se da dependência imposta pela realidade, tanto em relação ao Criador quanto no que se refere às outras criaturas. Pelo contrário, arguir que a natureza possui um valor intrínseco equivale a argumentar que a importância da natureza não lhe é imposta pela sua utilidade para a humanidade, mas é encontrada no fato de que Deus a fez.
Segundo Schaeffer, as pessoas que acreditam que o mundo veio a existir por mera casualidade não conseguem atribuir valor intrínseco concreto a nenhuma coisa, pois tais indivíduos carecem de uma fonte última de sentido2. O próprio filósofo existencialista Albert Camus testifica essa condição ao salientar que, se a existência é um absurdo, quanto mais a filosofia e as outras ciências3. Todavia, para o cristão, deveria ser diferente. Como ele conhece o Criador de todas as coisas, é necessário reconhecer a relevância da criação divina, incluindo a fauna e a flora. No entanto, é possível observar que a Igreja, nas últimas décadas, não tem considerado apropriadamente a questão da preservação ambiental e do cuidado com a natureza. Existem dois motivos possíveis, mas não exclusivos, para tanto: a dicotomia do pensamento e a polarização do argumento.
Primeiro, fundamentados numa perspectiva platônica equivocada, muitos cristãos tendem a esquecer a bondade original da criação, equiparando-a, assim, ao pecado. Se o reino não é deste mundo (Jo 18.36) e se a verdadeira religião é guardar-se incontaminado deste século (Tg 1.27), segue-se que as coisas do mundo, incluindo a política, o trabalho, a ciência e a natureza em si, são pecaminosas ou, no mínimo, inferiores, sendo preciso deixá-las de lado a favor das coisas sagradas, das coisas do Espírito, como a Bíblia e a Igreja4. Embora adote uma terminologia supostamente ortodoxa, tal visão dicotômica, como se verá mais adiante, é prejudicial, entre outras razões, porque a criação passa a ter uma relevância secundária, sendo menosprezada.
O segundo motivo pelo qual os cristãos enfrentam dificuldade para abordar a temática da sustentabilidade ambiental pode ser encontrado no fenômeno da polarização temática, que tende a surgir em cenários políticos fortemente divididos. Tal fenômeno produz solitárias ilhas de opiniões, formando um abismo intransponível de pensamentos e crenças entre grupos politicamente antagônicos. Seu primeiro mandamento versa sobre a impossibilidade de que determinado tema, se reivindicado primeiro pelo pretenso oponente, seja defendido de modo compartilhado por aqueles que pertencem ao outro grupo. Ao que parece, para alguns cristãos, palavras como “ecologia”, “desmatamento” e “preservação” são sinônimos de lutas políticas travadas por grupos rivais.
A consequência imediata dos pensamentos expostos é o desprezo pela natureza e a resultante ulterior é a secularização da área. Quantos grupos de cristãos ortodoxos existem que se interessam pela defesa do meio ambiente e fazem algo para preservá-lo? O termo “espiritualidade fantasmagórica” refere-se à Igreja que não tem interesse pelo mundo criado, isto é, não tem um corpo para existir no meio da comunidade5. Qual o ganho de realizar caridade e convidar o outro a ir ao culto se os cristãos não reconhecem Deus enquanto Senhor sobre a vida por inteiro, inclusive Senhor sobre a criação? Faz-se necessário atentar, desse modo, ao que as Escrituras afirmam sobre isso.
A perspectiva bíblica correta sobre tal temática não poderia ser outra senão a que defende a visão de Deus enquanto Senhor da natureza. Essa expressão revela a soberania do Criador e a necessidade de administração humana, já que os seres humanos não são o Senhor da natureza, mas agem como vice-regentes em sua missão de cuidado.
A visão cristã redimida, embora produza efeitos benéficos – como a preservação da humanidade; a sustentabilidade da fauna e da flora; e a difusão do evangelho através do testemunho –, não sustenta que o cuidado com a preservação ambiental seja justificado principalmente pelos resultados positivos que traz. Em vez disso, o fundamento dessa perspectiva sobre o cuidado com a natureza e tudo que nela existe está localizado no simples fato de que Deus criou e cuida de sua criação, dando à humanidade o mandato de guardar e honrá-la. Em outras palavras, uma ética cristã sincera pressupõe benevolência em relação à criação.
Schaeffer observa sensatamente que a compreensão cristã da natureza também não produz, como o pensamento panteísta, uma interação intangível, sagrada ou estática da humanidade com a realidade criada6. Em nenhum ponto as Escrituras ordenam uma relação inoperante – marcada pela passividade – ou uma relação mística – caracterizada pela atribuição de sentimentos ou reações humanas à fauna e à flora. Duas situações devem ser distinguidas: primeiro, se houver necessidade, deve-se proceder como Deus disse a Pedro: “Levanta-te, Pedro, mata e come” (Atos 10:13); no entanto, qualquer atitude resultante do impulso destrutivo da ganância humana deve ser veementemente oposta, sendo considerada um pecado perante o Criador de todas as coisas.
Nesse sentido, a noção de Deus enquanto Senhor da Natureza proporciona um entrelaçamento harmonioso entre o cuidado com a criação, representado pelo domínio humano, e o mandato cultural, representado pelo desenvolvimento das potencialidades encontradas na criação. Tal associação simétrica é possível apenas graças ao fato de que o trabalho sobre a criação não será exercido de maneira tirânica, mas valorizará a sustentabilidade criacional.
Percebe-se que a alternativa cristã é o único caminho adequado para promover a restauração da relação entre seres humanos e natureza sobre uma base sólida e coerente de significado7. À luz do exposto, devemos, enfim, conscientizarmo-nos de que “ecologia não é meramente um assunto de preocupação da humanidade, mas também um assunto de interesse do Criador, que controla e preserva a sua criação, a natureza”.8
Notas
1. ROOKMAAKER, H. R. O dom criativo. Brasília: Monergismo, 2018. p. 99.
2. SCHAEFFER, Francis. Poluição e a morte do homem. São Paulo: Cultura Cristã, 2003. p. 42.
3. CAMUS, Albert. Le mythe de Sisyphe. Paris: Gallimard, 1945. p. 14.
4. WOLTERS, Albert M. A criação restaurada: a base bíblica para uma cosmovisão reformada. São Paulo: Cultura Cristã, 2019. p. 68.
5. ROOKMAAKER, H. R. A arte não precisa de justificativa. Viçosa: Ultimato, 2010. p. 24.
6. SCHAEFFER, Francis. Poluição e a morte do homem, p. 52
7. Para uma discussão mais abrangente sobre o tema, ver: QUEIROZ, Leonardo B.; MARANHÃO, Ney. Cultivar e Guardar: a Crise Ambiental e a Restauração Bíblica. Rio de Janeiro: Editora Betel, 2024.
8. CABRAL, Elienai. Mordomia cristã: aprenda como servir melhor a Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 34.
Artigo publicado em colaboração com a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).
A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JURISTAS EVANGÉLICOS (ANAJURE) é uma entidade brasileira composta por operadores do direito, integrantes do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da OAB, das Procuradorias Federais e Estaduais, Professores e estudantes de todo o país. Presente em 21 Estados brasileiros e tem como lema a “Defesa das Liberdades Civis Fundamentais”, em especial, a Liberdade Religiosa, de Expressão e a Dignidade da Pessoa Humana.
REVISTA ULTIMATO | OS DESAFIOS ÉTICOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS
O avanço da tecnologia nas últimas décadas é maior do que em qualquer outra época da história. Tal aumento se dá em muitas frentes e, mais significativo, confere um caráter tecnológico à vida contemporânea.
Quais são os desafios trazidos por esse avanço? A ética cristã é suficiente para responder aos aspectos relacionados às novas tecnologias? Como a igreja pode atuar nesse cenário tão desafiador?
É disso que trata a matéria de capa da edição 407 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» A Morte da Razão – Uma análise do pensamento moderno, Francis A. Schaeffer
» Natureza Sanguinária - Deus e o Problema do Sofrimento Animal, Michael J. Murray
» Jesus e a Terra – A ética ambiental nos evangelhos, James Jones
» Assim na Terra como no Céu – Experiências socioambientais na igreja local, Gínia César Bontempo (org.)
Por Leonardo Balena Queiroz e Ney Maranhão
A existência da arte não precisa ser justificada por critérios sociais, políticos, econômicos ou até mesmo evangelísticos. A arte não precisa de justificativa, na medida em que não é um meio para a obtenção de algo, mas um fim em si mesma, possuindo significado enquanto criação de Deus. Embora possa desempenhar muitas funções – como a de comunicar, ensinar, entreter e contemplar –, a arte não pressupõe nenhuma delas, antes deve sua existência e seu sentido ao fato de ser obra do Criador, como afirma Rookmaaker1.
De igual modo, a natureza tem valor em si mesma, não necessitando ser justificada por suas múltiplas finalidades. Afirmar que algo dispõe de valor em si próprio não quer dizer que seja absoluto ou autônomo, pois nada abaixo do sol consegue desvincular-se da dependência imposta pela realidade, tanto em relação ao Criador quanto no que se refere às outras criaturas. Pelo contrário, arguir que a natureza possui um valor intrínseco equivale a argumentar que a importância da natureza não lhe é imposta pela sua utilidade para a humanidade, mas é encontrada no fato de que Deus a fez.
Segundo Schaeffer, as pessoas que acreditam que o mundo veio a existir por mera casualidade não conseguem atribuir valor intrínseco concreto a nenhuma coisa, pois tais indivíduos carecem de uma fonte última de sentido2. O próprio filósofo existencialista Albert Camus testifica essa condição ao salientar que, se a existência é um absurdo, quanto mais a filosofia e as outras ciências3. Todavia, para o cristão, deveria ser diferente. Como ele conhece o Criador de todas as coisas, é necessário reconhecer a relevância da criação divina, incluindo a fauna e a flora. No entanto, é possível observar que a Igreja, nas últimas décadas, não tem considerado apropriadamente a questão da preservação ambiental e do cuidado com a natureza. Existem dois motivos possíveis, mas não exclusivos, para tanto: a dicotomia do pensamento e a polarização do argumento.
Primeiro, fundamentados numa perspectiva platônica equivocada, muitos cristãos tendem a esquecer a bondade original da criação, equiparando-a, assim, ao pecado. Se o reino não é deste mundo (Jo 18.36) e se a verdadeira religião é guardar-se incontaminado deste século (Tg 1.27), segue-se que as coisas do mundo, incluindo a política, o trabalho, a ciência e a natureza em si, são pecaminosas ou, no mínimo, inferiores, sendo preciso deixá-las de lado a favor das coisas sagradas, das coisas do Espírito, como a Bíblia e a Igreja4. Embora adote uma terminologia supostamente ortodoxa, tal visão dicotômica, como se verá mais adiante, é prejudicial, entre outras razões, porque a criação passa a ter uma relevância secundária, sendo menosprezada.
O segundo motivo pelo qual os cristãos enfrentam dificuldade para abordar a temática da sustentabilidade ambiental pode ser encontrado no fenômeno da polarização temática, que tende a surgir em cenários políticos fortemente divididos. Tal fenômeno produz solitárias ilhas de opiniões, formando um abismo intransponível de pensamentos e crenças entre grupos politicamente antagônicos. Seu primeiro mandamento versa sobre a impossibilidade de que determinado tema, se reivindicado primeiro pelo pretenso oponente, seja defendido de modo compartilhado por aqueles que pertencem ao outro grupo. Ao que parece, para alguns cristãos, palavras como “ecologia”, “desmatamento” e “preservação” são sinônimos de lutas políticas travadas por grupos rivais.
A consequência imediata dos pensamentos expostos é o desprezo pela natureza e a resultante ulterior é a secularização da área. Quantos grupos de cristãos ortodoxos existem que se interessam pela defesa do meio ambiente e fazem algo para preservá-lo? O termo “espiritualidade fantasmagórica” refere-se à Igreja que não tem interesse pelo mundo criado, isto é, não tem um corpo para existir no meio da comunidade5. Qual o ganho de realizar caridade e convidar o outro a ir ao culto se os cristãos não reconhecem Deus enquanto Senhor sobre a vida por inteiro, inclusive Senhor sobre a criação? Faz-se necessário atentar, desse modo, ao que as Escrituras afirmam sobre isso.
A perspectiva bíblica correta sobre tal temática não poderia ser outra senão a que defende a visão de Deus enquanto Senhor da natureza. Essa expressão revela a soberania do Criador e a necessidade de administração humana, já que os seres humanos não são o Senhor da natureza, mas agem como vice-regentes em sua missão de cuidado.
A visão cristã redimida, embora produza efeitos benéficos – como a preservação da humanidade; a sustentabilidade da fauna e da flora; e a difusão do evangelho através do testemunho –, não sustenta que o cuidado com a preservação ambiental seja justificado principalmente pelos resultados positivos que traz. Em vez disso, o fundamento dessa perspectiva sobre o cuidado com a natureza e tudo que nela existe está localizado no simples fato de que Deus criou e cuida de sua criação, dando à humanidade o mandato de guardar e honrá-la. Em outras palavras, uma ética cristã sincera pressupõe benevolência em relação à criação.
Schaeffer observa sensatamente que a compreensão cristã da natureza também não produz, como o pensamento panteísta, uma interação intangível, sagrada ou estática da humanidade com a realidade criada6. Em nenhum ponto as Escrituras ordenam uma relação inoperante – marcada pela passividade – ou uma relação mística – caracterizada pela atribuição de sentimentos ou reações humanas à fauna e à flora. Duas situações devem ser distinguidas: primeiro, se houver necessidade, deve-se proceder como Deus disse a Pedro: “Levanta-te, Pedro, mata e come” (Atos 10:13); no entanto, qualquer atitude resultante do impulso destrutivo da ganância humana deve ser veementemente oposta, sendo considerada um pecado perante o Criador de todas as coisas.
Nesse sentido, a noção de Deus enquanto Senhor da Natureza proporciona um entrelaçamento harmonioso entre o cuidado com a criação, representado pelo domínio humano, e o mandato cultural, representado pelo desenvolvimento das potencialidades encontradas na criação. Tal associação simétrica é possível apenas graças ao fato de que o trabalho sobre a criação não será exercido de maneira tirânica, mas valorizará a sustentabilidade criacional.
Percebe-se que a alternativa cristã é o único caminho adequado para promover a restauração da relação entre seres humanos e natureza sobre uma base sólida e coerente de significado7. À luz do exposto, devemos, enfim, conscientizarmo-nos de que “ecologia não é meramente um assunto de preocupação da humanidade, mas também um assunto de interesse do Criador, que controla e preserva a sua criação, a natureza”.8
Notas
1. ROOKMAAKER, H. R. O dom criativo. Brasília: Monergismo, 2018. p. 99.
2. SCHAEFFER, Francis. Poluição e a morte do homem. São Paulo: Cultura Cristã, 2003. p. 42.
3. CAMUS, Albert. Le mythe de Sisyphe. Paris: Gallimard, 1945. p. 14.
4. WOLTERS, Albert M. A criação restaurada: a base bíblica para uma cosmovisão reformada. São Paulo: Cultura Cristã, 2019. p. 68.
5. ROOKMAAKER, H. R. A arte não precisa de justificativa. Viçosa: Ultimato, 2010. p. 24.
6. SCHAEFFER, Francis. Poluição e a morte do homem, p. 52
7. Para uma discussão mais abrangente sobre o tema, ver: QUEIROZ, Leonardo B.; MARANHÃO, Ney. Cultivar e Guardar: a Crise Ambiental e a Restauração Bíblica. Rio de Janeiro: Editora Betel, 2024.
8. CABRAL, Elienai. Mordomia cristã: aprenda como servir melhor a Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 34.
- Leonardo Balena, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Pará (UFPA). Bacharel em Direito pelo Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), com curso de extensão pela Dallas Baptist University (DBU). Assessor jurídico da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE). Autor do livro “Filosofia e Teologia Reformada: perspectivas cristãs à luz do pensamento e vida de Herman Dooyeweerd” (São Paulo: Fonte Editorial, 2020). Membro da 1ª Igreja Batista do Pará. E-mail: leobalenaq@gmail.com.
- Ney Maranhão, doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), com estágio de Doutorado-Sanduíche junto à Universidade de Massachusetts (Boston/EUA). Mestre em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Pará. Professor do Curso de Direito da Universidade Federal do Pará (Graduação, Mestrado e Doutorado). Professor do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito do Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA). Bacharelando em Teologia pela Faculdade Internacional Cidade Viva. Juiz Titular de Vara da Justiça do Trabalho da 8ª Região (TRT-8/PA-AP). Pastor Auxiliar junto ao Templo Central da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Belém do Pará (Igreja-Mãe). E-mail: ney.maranhao@gmail.com.
Artigo publicado em colaboração com a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).
A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JURISTAS EVANGÉLICOS (ANAJURE) é uma entidade brasileira composta por operadores do direito, integrantes do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da OAB, das Procuradorias Federais e Estaduais, Professores e estudantes de todo o país. Presente em 21 Estados brasileiros e tem como lema a “Defesa das Liberdades Civis Fundamentais”, em especial, a Liberdade Religiosa, de Expressão e a Dignidade da Pessoa Humana.
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