Opinião
- 17 de outubro de 2022
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Deus apareceu na história – e os vestígios estão por toda parte
Por Jonathan Simões Freitas
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, pleno de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. (...) Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está ao lado do Pai, foi quem o revelou.” (João 1.14, 18)
Quando Deus se manifestou ao povo de Israel no monte Sinai, eles ouviram a sua voz, mas não viram figura alguma. Ouviram o Verbo, mas não o viram. Moisés chegou a contemplá-lo pelas costas, mas não viu a sua face. O povo chegou a presenciar a sua glória na coluna de nuvem e fogo, tanto no deserto quanto no tabernáculo e na fumaça que encheu o templo; mas, no Santo dos Santos, sobre a tampa da arca da aliança, no trono divino, não havia nenhuma imagem.
Foi assim também na fundação do mundo. O “sem forma e vazio” escutou o “E disse Deus”, mas não viu essa palavra. Todas as coisas foram feitas por meio dela e sem ela nada do que foi feito se fez. Mas até então ninguém a tinha visto. Ela era como a própria luz, que a tudo ilumina, mas que não pode ser diretamente contemplada.
Foi assim também com os profetas. Ezequiel viu alguém sobre um trono. Daniel viu um Filho do Homem e um ancião de dias. Isaías viu um bebê e um futuro rei. Mas não chegaram a ver o que os discípulos viram. Só os discípulos tiveram “a iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo” (2Co 4.6b). Só eles tiveram o privilégio de presenciar esse Verbo que desde o princípio ordenava a criação se fazendo carne e tabernaculando entre eles. Só eles viram a luz em carne e osso; Deus manifesto em palavras e ações. Só eles tocaram naquele que era a janela definitiva para ver o Pai. Como disse o apóstolo João, “o que era desde o princípio eles ouviram, viram com os olhos, contemplaram e tocaram com as mãos” (1Jo 1.1).
Quanto a nós, “mesmo não o tendo visto, nós o amamos; e apesar de não o vermos agora, cremos nele e exultamos com alegria indizível e gloriosa” (1Pe 1.8). Afinal, temos o Espírito para contemplá-lo com os olhos da fé. E quem vê o Filho, vê o Pai; recebe o conhecimento de quem Deus é. Recebe não apenas a Palavra, mas também a sua Imagem; todos os retratos do caráter de Deus revelado por Jesus, aquele que mostrou o Pai. Ele disse o que ouviu o Pai dizer e fez o que viu o Pai fazer. Ele finalmente revelou como um holofote aquilo que os profetas perscrutaram com luz tremeluzente de candeia.
Deus apareceu na História e não há mais como contornar as marcas deixadas por esse meteoro divino. O Filho de Deus se manifestou e os vestígios estão por toda a parte, sendo constantemente multiplicados pelo Espírito. Quem tem olhos para ver, veja o que o Espírito mostra à Igreja.
“Pai, abra os olhos do meu coração para contemplar mais uma vez tudo o que Jesus representa. Ele é o resplendor da sua glória e a expressão exata do seu eterno ser; a sua imagem perfeita. Que eu a venere e caia novamente aos seus pés, adorando, por meio dela, ao Senhor, “Rei meu, e Deus meu”! Amém.”
- Jonathan Simões Freitas é casado com Thalita e pai de Manuela e Isaque. É professor na UFMG e também serve na Igreja Esperança, no L’Abri e na ABC². Ama jogar tênis.
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