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15 de setembro de 2017
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Deu na Folha de S. Paulo: “A religião não vai desaparecer”
O jornal Folha de S. Paulo publicou nesta quarta-feira, dia 13, o artigo Ideia de que ciência e religião sejam inimigas não resiste a análise histórica, do conhecido e premiado pesquisador australiano, Peter Harrison.
O autor de Os Territórios da Ciência e da Religião, sabe que boa parte da academia e quejandos saliva à espera do dia em que a ciência substituirá a religião. E vai ao ponto. Para Harrison, a noção de progresso da história, ligada a Auguste Comte, e a visão de que a história pode ser entendida em termos de um "conflito entre duas épocas na evolução do pensamento humano – a teológica e a científica" –, são responsáveis por promover a ideia de que a ciência tomaria o lugar da religião.
Harrison relata exemplos históricos de países tão distintos quanto Índia, Estados Unidos e Turquia, apontando, para a surpresa de muitos, o descompasso entre a ciência e a secularização. Para o autor, a ideia de que "a ciência causa secularização" não tem respaldo histórico e "a religião não vai desaparecer".
Aliás, uma boa notícia para cristãos, digamos, desconfiados das pesquisas e da leitura das Escrituras aliada a um compromisso com a ciência em busca de avanços na relação entre ciência e fé cristã; e, não muito boa para os que imaginam que a religião é um estorvo ao desenvolvimento da ciência.
O artigo também menciona cientistas contemporâneos que alimentam um pretenso modelo de conflito entre ciência e religião, e lembra casos clássicos, quase uma caricatura, do suposto embate: Galileu e Darwin. Para Peter Harrison, equívocos do passado e desconhecimento histórico dos interessados de hoje.
Enfim, por que ainda são insistentes na mídia e na academia bravatas do tipo “a ciência acabará tornando a religião desnecessária”? Conhecido pelos escritos sobre a religião e as origens da ciência moderna, Peter Harrison não tem dúvidas: “As respostas são políticas. O pensamento fantasioso, pautado pelo que se deseja – esperar que a ciência seja vitoriosa sobre a religião – não substitui uma avaliação sóbria e refletida das realidades atuais”. Vale a pena ler o artigo.
Nota: Mais lido da seção Ilustríssima, o artigo foi originalmente publicado pela revista AEON, que abriga pensadores e especialistas em ciência, filosofia e artes.
Leia Mais
• Os Territórios da Ciência e da Religião, Peter Harrison (2016), Editora Ultimato.
• Série Ciência e Fé Cristã
O autor de Os Territórios da Ciência e da Religião, sabe que boa parte da academia e quejandos saliva à espera do dia em que a ciência substituirá a religião. E vai ao ponto. Para Harrison, a noção de progresso da história, ligada a Auguste Comte, e a visão de que a história pode ser entendida em termos de um "conflito entre duas épocas na evolução do pensamento humano – a teológica e a científica" –, são responsáveis por promover a ideia de que a ciência tomaria o lugar da religião.
Harrison relata exemplos históricos de países tão distintos quanto Índia, Estados Unidos e Turquia, apontando, para a surpresa de muitos, o descompasso entre a ciência e a secularização. Para o autor, a ideia de que "a ciência causa secularização" não tem respaldo histórico e "a religião não vai desaparecer".
Aliás, uma boa notícia para cristãos, digamos, desconfiados das pesquisas e da leitura das Escrituras aliada a um compromisso com a ciência em busca de avanços na relação entre ciência e fé cristã; e, não muito boa para os que imaginam que a religião é um estorvo ao desenvolvimento da ciência.
O artigo também menciona cientistas contemporâneos que alimentam um pretenso modelo de conflito entre ciência e religião, e lembra casos clássicos, quase uma caricatura, do suposto embate: Galileu e Darwin. Para Peter Harrison, equívocos do passado e desconhecimento histórico dos interessados de hoje.
Enfim, por que ainda são insistentes na mídia e na academia bravatas do tipo “a ciência acabará tornando a religião desnecessária”? Conhecido pelos escritos sobre a religião e as origens da ciência moderna, Peter Harrison não tem dúvidas: “As respostas são políticas. O pensamento fantasioso, pautado pelo que se deseja – esperar que a ciência seja vitoriosa sobre a religião – não substitui uma avaliação sóbria e refletida das realidades atuais”. Vale a pena ler o artigo.
Nota: Mais lido da seção Ilustríssima, o artigo foi originalmente publicado pela revista AEON, que abriga pensadores e especialistas em ciência, filosofia e artes.
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