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- 22 de setembro de 2010
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Declaração de amor à juventude
A edição da revista Ultimato de setembro-outubro de 2010 já está nas mãos dos leitores. Na capa, "Coração, juventude e fé - quem são, o que pensam e o que fazem os jovens evangélicos".
Prateleira abre espaço para o nosso diretor-redator, pastor Elben César, com a sua “Declaração de amor à juventude”, publicada na há exatos 27 anos, na edição de setembro-outubro de 1983:
---
“Sinto necessidade incontida de fazer uma declaração de amor. Uma declaração de amor à juventude. Por seu entusiasmo, por sua coragem, por sua força, por seus ideais, por seu descomprometimento com a formalidade exagerada e com requintes desnecessários.
É uma declaração sem bajulação, honesta. Inspirada no amor de Deus. Apoiada na força realizadora do próprio amor.
Minha declaração de amor não faz discriminação. Dirijo-a, portanto, aos jovens sérios e irresponsáveis. Aos puros e impuros. Aos que guardam a sua virgindade para ocasião oportuna e aos que se antecipam. Aos hetero e aos homossexuais. Aos ordeiros e aos baderneiros. Aos patriotas e aos entreguistas. Aos revolucionários e aos reacionários. Aos da direita e aos da esquerda. Aos crentes, agnósticos e ateus. Aos devotos e irreligiosos. Aos sóbrios e drogados.
Sabe por que a minha declaração de amor à juventude é despida de segregação? É porque tenho aprendido desde a minha própria mocidade que Jesus Cristo veio buscar e salvar o perdido (Lc 19.10). Ele amou o jovem rico que preferiu o dinheiro à vida eterna (Mc 10.17-22). Ele gastou tempo com a mulher samaritana que pulava de marido em marido (Jo 4.4-42). Ele não condenou a mulher apanhada em flagrante adultério e lhe deu chance de não mais pecar (Jo 8.1-11). Ele perdoou a mulher pecadora e não permitiu que alguém a humilhasse (Lc 7.36-50). Ele entrou em casa de Zaqueu (Lc 10-1-10) e salvou publicanos e meretrizes (Mt 21.31). Ele morreu entre dois salteadores e ressuscitou no túmulo novo de um homem rico (Mt 27.38,60). Ele inventou a história do jovem que saiu da casa do pai, desperdiçou uma herança inteira com meretrizes, deu com os burros na água, mas voltou ao lar e reintegrou-se plenamente (Lc 15.8-32).
Sei que uma declaração de amor nestes termos me obriga a ouvir o clamor da juventude. Conduz-me ao diálogo. Faz-me assentar ao seu lado. E, porque não se trata de uma declaração de amor leviana e inconsequente, eu também me obrigo a endireitar as veredas do Senhor (Is 40.3). Eu me coloco nas mãos dele para denunciar a falta de análise, o engano, o erro, a mentira, o desvario, o desvio. No afã desesperado de impedir a perda de tempo, o colapso da inteligência, o bloqueio mental, a frustração, o tédio, o vazio, a autoantipatia, o suicídio da felicidade. O mesmo amor exige que eu fale da esperança cristã à juventude e lhe apresente o Deus que está acima dos homens, acima da injustiça social, acima da poluição ecológica, acima das drogas e do sexo ilícito, acima da guerra nuclear, acima de tudo e de todos!”
Prateleira abre espaço para o nosso diretor-redator, pastor Elben César, com a sua “Declaração de amor à juventude”, publicada na há exatos 27 anos, na edição de setembro-outubro de 1983:
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“Sinto necessidade incontida de fazer uma declaração de amor. Uma declaração de amor à juventude. Por seu entusiasmo, por sua coragem, por sua força, por seus ideais, por seu descomprometimento com a formalidade exagerada e com requintes desnecessários.
É uma declaração sem bajulação, honesta. Inspirada no amor de Deus. Apoiada na força realizadora do próprio amor.
Minha declaração de amor não faz discriminação. Dirijo-a, portanto, aos jovens sérios e irresponsáveis. Aos puros e impuros. Aos que guardam a sua virgindade para ocasião oportuna e aos que se antecipam. Aos hetero e aos homossexuais. Aos ordeiros e aos baderneiros. Aos patriotas e aos entreguistas. Aos revolucionários e aos reacionários. Aos da direita e aos da esquerda. Aos crentes, agnósticos e ateus. Aos devotos e irreligiosos. Aos sóbrios e drogados.
Sabe por que a minha declaração de amor à juventude é despida de segregação? É porque tenho aprendido desde a minha própria mocidade que Jesus Cristo veio buscar e salvar o perdido (Lc 19.10). Ele amou o jovem rico que preferiu o dinheiro à vida eterna (Mc 10.17-22). Ele gastou tempo com a mulher samaritana que pulava de marido em marido (Jo 4.4-42). Ele não condenou a mulher apanhada em flagrante adultério e lhe deu chance de não mais pecar (Jo 8.1-11). Ele perdoou a mulher pecadora e não permitiu que alguém a humilhasse (Lc 7.36-50). Ele entrou em casa de Zaqueu (Lc 10-1-10) e salvou publicanos e meretrizes (Mt 21.31). Ele morreu entre dois salteadores e ressuscitou no túmulo novo de um homem rico (Mt 27.38,60). Ele inventou a história do jovem que saiu da casa do pai, desperdiçou uma herança inteira com meretrizes, deu com os burros na água, mas voltou ao lar e reintegrou-se plenamente (Lc 15.8-32).
Sei que uma declaração de amor nestes termos me obriga a ouvir o clamor da juventude. Conduz-me ao diálogo. Faz-me assentar ao seu lado. E, porque não se trata de uma declaração de amor leviana e inconsequente, eu também me obrigo a endireitar as veredas do Senhor (Is 40.3). Eu me coloco nas mãos dele para denunciar a falta de análise, o engano, o erro, a mentira, o desvario, o desvio. No afã desesperado de impedir a perda de tempo, o colapso da inteligência, o bloqueio mental, a frustração, o tédio, o vazio, a autoantipatia, o suicídio da felicidade. O mesmo amor exige que eu fale da esperança cristã à juventude e lhe apresente o Deus que está acima dos homens, acima da injustiça social, acima da poluição ecológica, acima das drogas e do sexo ilícito, acima da guerra nuclear, acima de tudo e de todos!”
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