Opinião
- 18 de julho de 2018
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Decálogo para bons votos em 2018
Por Aliança Cristã Evangélica Brasileira – A propósito das Eleições de 2018
1. Cautela e canja de galinha
Busque o máximo de informações – em fontes confiáveis - acerca dos candidatos aos cargos políticos. Alguns concorrem à reeleição buscando livrarem-se da justiça comum. Outros mudam seu nome de registro como candidato ou mudam de partido por pura conveniência. Outros ainda se mantém no poder lançando seus filhos, sobrinhos ou netos como candidatos. Mandato político não é herança, que passa de pai para filho. Não se deixe enganar. Busque embasar com solidez a sua opinião. Cuidado para que as emoções não sabotem a sua percepção da realidade. Use critérios objetivos, dentro da sua visão de mundo e interpretação dos fatos.
2. Mentira tem pernas curtas e é filha do Diabo
Essas eleições serão marcadas pela proliferação das fake news. Aproveitando-se das redes sociais, as notícias falsas se espalham com muita facilidade. Precisaremos averiguar a veracidade das notícias. É um grande desafio o não se deixar iludir por interesses escusos. Precisaremos de doses extras de perspicácia e boa vontade para formarmos um posicionamento pessoal que seja o mais criterioso possível. Não compactue com mentiras; comprometa-se com fatos. É uma questão de bom senso.
3. Quando um não quer, dois não brigam
Esse é um tempo de muita participação e engajamento político da sociedade. Os debates em torno do tema têm se proliferado nas rodas de conversa, nos mais diversos ambientes. Numa democracia, isso é salutar. Cuidado, todavia, para que os debates não se transformem em embates, e, até, em combates. Isso acontece quando tiramos o foco das proposições afirmativas e passamos a desqualificar desrespeitosamente àqueles dos quais discordamos politicamente. Lembre-se, violência gera violência.
4. Ora que melhora
É comum confundirmos adversários com inimigos. Se pusermos os nossos adversários diante de Deus, em oração, dificilmente alimentaremos ódio por eles. Desejar a vitória do seu candidato não precisa significar desejar a morte do outro. Uma cultura de paz não se constrói na ausência dos conflitos, porém é preciso, sempre, respeitar as diferenças e garantia da liberdade para expressão de ideias e proposições para a construção de uma sociedade mais justa.
5. Um por todos, todos por um
A despeito de sua orientação política, quando avaliar as propostas dos candidatos, leve sempre em consideração a coletividade. Lembre-se de que, numa eventual má escolha, os maiores prejudicados serão os mais pobres e os mais vulneráveis. O Brasil ainda é uma nação extremamente desigual com flagrante desrespeito aos direitos básicos do cidadão; os pleitos para eleição de governantes e legisladores são uma excelente oportunidade para o início da mudança desse quadro.
6. Irmão sempre vota em irmão?
Não se deixe iludir por mensagens do tipo "Esse candidato ou aquela candidata é a favor da igreja!" Os pleitos não serão para cargos eclesiásticos. Conquanto devamos buscar também qualidades morais e éticas para quem cumpre um mandato (e nesses dias, muito mais), o discurso religioso pode, como muitas vezes já o foi, ser usado por lideranças inescrupulosas como cortina de fumaça para projetos de poder nada "divinos".
7. É o olho do dono que engorda o gado!
Voto sem controle social é o mesmo que chamar alguém para vir cuidar da sua casa e só voltar a vê-lo daqui a quatro anos. Controle social não é desconfiança, é zelo. É fundamental que haja acompanhamento sistemático dos mandatos, especialmente na cobrança de transparência nos processos de dotação orçamentária, fiscalização na alocação de recursos, além de participação na discussão sobre grandes temas nacionais, que trarão reflexos diretos sobre a vida de milhões de famílias. O político eleito exerce o mandato; mas esse mandato pertence ao povo, que o elegeu.
8. Cada cabeça, uma sentença
Vote por princípios e não porque a maioria escolheu esse candidato ou aquela candidata. Eleições não são como clássico de futebol, mero entretenimento esportivo. Muitos, para não "perder”, votam em candidatos(as) que as mídias e as pesquisas apontam como possíveis ganhadores, o que pode favorecer maus políticos. Que o seu voto seja fruto de sua consciência e valores cristãos; nada menos e nada mais que isso.
9. Rouba, mas faz!
Essa velha máxima da politicagem brasileira sempre encontra candidatos(as) que ludibriam o povo. Não se iluda – a corrupção mata! Já matou milhões de pessoas no Brasil. Para quem diz que “faz”, mas ao mesmo tempo rouba, o melhor palanque é a cadeia. Corrupto em um gabinete público roubará de nós mesmos – os contribuintes. O dinheiro dos impostos que pagamos deve contribuir para uma vida melhor e mais digna para todos, se administrado de maneira honesta e competente.
10. Mulheres e crianças primeiro
Assegure-se de que o (a) candidato(a) seja, de fato, a favor da vida. Que não seja apenas sensível sobre o tema do aborto, mas que também seja comprometido com a implementação de políticas públicas que, de fato, garantam direito à vida e à saúde integral para todos, especialmente aos mais vulneráveis. Lembre-se sempre de que a injusta interrupção precoce da vida não acontece apenas dentro do útero, mas também naqueles ambientes onde predominam a miséria, a insalubridade, a violência.
Nota
Texto publicado originalmente no site da Aliança Evangélica. Reproduzido com permissão.
Leia mais
» A fé cristã e os desafios destes tempos difíceis
1. Cautela e canja de galinha
Busque o máximo de informações – em fontes confiáveis - acerca dos candidatos aos cargos políticos. Alguns concorrem à reeleição buscando livrarem-se da justiça comum. Outros mudam seu nome de registro como candidato ou mudam de partido por pura conveniência. Outros ainda se mantém no poder lançando seus filhos, sobrinhos ou netos como candidatos. Mandato político não é herança, que passa de pai para filho. Não se deixe enganar. Busque embasar com solidez a sua opinião. Cuidado para que as emoções não sabotem a sua percepção da realidade. Use critérios objetivos, dentro da sua visão de mundo e interpretação dos fatos.
2. Mentira tem pernas curtas e é filha do Diabo
Essas eleições serão marcadas pela proliferação das fake news. Aproveitando-se das redes sociais, as notícias falsas se espalham com muita facilidade. Precisaremos averiguar a veracidade das notícias. É um grande desafio o não se deixar iludir por interesses escusos. Precisaremos de doses extras de perspicácia e boa vontade para formarmos um posicionamento pessoal que seja o mais criterioso possível. Não compactue com mentiras; comprometa-se com fatos. É uma questão de bom senso.
3. Quando um não quer, dois não brigam
Esse é um tempo de muita participação e engajamento político da sociedade. Os debates em torno do tema têm se proliferado nas rodas de conversa, nos mais diversos ambientes. Numa democracia, isso é salutar. Cuidado, todavia, para que os debates não se transformem em embates, e, até, em combates. Isso acontece quando tiramos o foco das proposições afirmativas e passamos a desqualificar desrespeitosamente àqueles dos quais discordamos politicamente. Lembre-se, violência gera violência.
4. Ora que melhora
É comum confundirmos adversários com inimigos. Se pusermos os nossos adversários diante de Deus, em oração, dificilmente alimentaremos ódio por eles. Desejar a vitória do seu candidato não precisa significar desejar a morte do outro. Uma cultura de paz não se constrói na ausência dos conflitos, porém é preciso, sempre, respeitar as diferenças e garantia da liberdade para expressão de ideias e proposições para a construção de uma sociedade mais justa.
5. Um por todos, todos por um
A despeito de sua orientação política, quando avaliar as propostas dos candidatos, leve sempre em consideração a coletividade. Lembre-se de que, numa eventual má escolha, os maiores prejudicados serão os mais pobres e os mais vulneráveis. O Brasil ainda é uma nação extremamente desigual com flagrante desrespeito aos direitos básicos do cidadão; os pleitos para eleição de governantes e legisladores são uma excelente oportunidade para o início da mudança desse quadro.
6. Irmão sempre vota em irmão?
Não se deixe iludir por mensagens do tipo "Esse candidato ou aquela candidata é a favor da igreja!" Os pleitos não serão para cargos eclesiásticos. Conquanto devamos buscar também qualidades morais e éticas para quem cumpre um mandato (e nesses dias, muito mais), o discurso religioso pode, como muitas vezes já o foi, ser usado por lideranças inescrupulosas como cortina de fumaça para projetos de poder nada "divinos".
7. É o olho do dono que engorda o gado!
Voto sem controle social é o mesmo que chamar alguém para vir cuidar da sua casa e só voltar a vê-lo daqui a quatro anos. Controle social não é desconfiança, é zelo. É fundamental que haja acompanhamento sistemático dos mandatos, especialmente na cobrança de transparência nos processos de dotação orçamentária, fiscalização na alocação de recursos, além de participação na discussão sobre grandes temas nacionais, que trarão reflexos diretos sobre a vida de milhões de famílias. O político eleito exerce o mandato; mas esse mandato pertence ao povo, que o elegeu.
8. Cada cabeça, uma sentença
Vote por princípios e não porque a maioria escolheu esse candidato ou aquela candidata. Eleições não são como clássico de futebol, mero entretenimento esportivo. Muitos, para não "perder”, votam em candidatos(as) que as mídias e as pesquisas apontam como possíveis ganhadores, o que pode favorecer maus políticos. Que o seu voto seja fruto de sua consciência e valores cristãos; nada menos e nada mais que isso.
9. Rouba, mas faz!
Essa velha máxima da politicagem brasileira sempre encontra candidatos(as) que ludibriam o povo. Não se iluda – a corrupção mata! Já matou milhões de pessoas no Brasil. Para quem diz que “faz”, mas ao mesmo tempo rouba, o melhor palanque é a cadeia. Corrupto em um gabinete público roubará de nós mesmos – os contribuintes. O dinheiro dos impostos que pagamos deve contribuir para uma vida melhor e mais digna para todos, se administrado de maneira honesta e competente.
10. Mulheres e crianças primeiro
Assegure-se de que o (a) candidato(a) seja, de fato, a favor da vida. Que não seja apenas sensível sobre o tema do aborto, mas que também seja comprometido com a implementação de políticas públicas que, de fato, garantam direito à vida e à saúde integral para todos, especialmente aos mais vulneráveis. Lembre-se sempre de que a injusta interrupção precoce da vida não acontece apenas dentro do útero, mas também naqueles ambientes onde predominam a miséria, a insalubridade, a violência.
Nota
Texto publicado originalmente no site da Aliança Evangélica. Reproduzido com permissão.
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