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- 11 de maio de 2007
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De Lula para o Papa: Religião e Política, sim; Igreja e Estado, não
Nas palavras da embaixadora do Brasil no Vaticano, Vera Machado, o papa espera do presidente Lula a assinatura de um acordo de regulamentação da Igreja Católica, em que constariam questões sociais e tributárias, ainda no “mandato” de ambos. Para não perder a ambigüidade da afirmação, diríamos que, ou Bento 16 está em campanha para a re-reeleição de Lula ou, digamos, sugeriu um “pontificado” longevo para o presidente.
Segundo o portal de notícias G1, Lula disse ao papa que vai "preservar e conservar o Estado laico e ter a religião como um instrumento para tratar do espírito e de problemas sociais". Ao que parece o presidente leu Religião e Política, Sim; Igreja e Estado, Não, do sociólogo inglês naturalizado brasileiro Paul Freston. Para o autor, foi a percepção de alguns dos primeiros protestantes nos séculos 16 e 17 que deu início à separação entre Igreja e Estado. Paul Freston afirma que, “com bases teológicas, eles perceberam que a visão cristã do Estado é que o Estado não deve ser cristão”.
Em seu discurso na cerimônia de chegada de Bento 16 ao Brasil, o presidente disse que “a presença da Igreja Católica tem sido fundamental na vida brasileira, contribuindo sempre, e cada vez mais, para a elevação espiritual, moral e social do nosso povo. [...] O Estado brasileiro e a Igreja Católica têm uma longa e profícua trajetória de respeito mútuo e de cooperação, que se traduz em inúmeras parcerias de ação social e de promoção humana”.
De fato, o papel do Estado não é defender ou promover uma determinada igreja ou religião. No entanto, religião e política podem, sim, ser misturadas; “uma pessoa pode ser inspirada por sua fé religiosa a ingressar na política e defender certas propostas”. Claro, é nosso dever apontar o oportunismo de candidatos e nosso direito discordar deste ou daquele político instalado no poder, mas dizer que a religião nada tem a ver com a ação política é lógica e historicamente falso.
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• A Maré Evangélica, edição 302
Leia o livro
• Religião e Política, Sim; Igreja e Estado, Não, Paul Freston
• A Igreja, O País e o Mundo, Robinson Cavalcanti
• Cristianismo e Política, Robinson Cavalcanti
Segundo o portal de notícias G1, Lula disse ao papa que vai "preservar e conservar o Estado laico e ter a religião como um instrumento para tratar do espírito e de problemas sociais". Ao que parece o presidente leu Religião e Política, Sim; Igreja e Estado, Não, do sociólogo inglês naturalizado brasileiro Paul Freston. Para o autor, foi a percepção de alguns dos primeiros protestantes nos séculos 16 e 17 que deu início à separação entre Igreja e Estado. Paul Freston afirma que, “com bases teológicas, eles perceberam que a visão cristã do Estado é que o Estado não deve ser cristão”.
Em seu discurso na cerimônia de chegada de Bento 16 ao Brasil, o presidente disse que “a presença da Igreja Católica tem sido fundamental na vida brasileira, contribuindo sempre, e cada vez mais, para a elevação espiritual, moral e social do nosso povo. [...] O Estado brasileiro e a Igreja Católica têm uma longa e profícua trajetória de respeito mútuo e de cooperação, que se traduz em inúmeras parcerias de ação social e de promoção humana”.
De fato, o papel do Estado não é defender ou promover uma determinada igreja ou religião. No entanto, religião e política podem, sim, ser misturadas; “uma pessoa pode ser inspirada por sua fé religiosa a ingressar na política e defender certas propostas”. Claro, é nosso dever apontar o oportunismo de candidatos e nosso direito discordar deste ou daquele político instalado no poder, mas dizer que a religião nada tem a ver com a ação política é lógica e historicamente falso.
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Leia o livro
• Religião e Política, Sim; Igreja e Estado, Não, Paul Freston
• A Igreja, O País e o Mundo, Robinson Cavalcanti
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