Notícias
- 15 de fevereiro de 2008
- Visualizações: 2724
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Cultivos transgênicos não contribuem para a diminuição da pobreza e da fome
(ADITAL) Aumento do uso de praguicidas e ineficácia no combate a pobreza. Com a conclusão desses dois maus resultados, a organização Amigos da Terra divulgou no dia 13de fevereiro o informe "Quem se beneficia com os consumos transgênicos?".
Para David Sánchez, responsável pela agricultura da Amigos da Terra, "os cultivos transgênicos fracassaram em não concretizar os grandes benefícios prometidos. No lugar disso, houve um aumento do uso de pesticidas provocado por esses cultivos, que podem ser uma ameaça para o meio ambiente e a população em escala global", conforme divulgado no sítio do Ecoportal.
No Brasil, o uso do RoundUp (glifosato) subiu 80% em apenas quatro anos - 2000 e 2044 -. Nos Estados Unidos, entre 1995 e 2004, o aumento foi de 15 vezes. De acordo com o estudo, o resultado disso é um número cada vez maior de plantações resistentes ao glifosato, o que provoca, além do aumento nos custos de produção para os camponeses, graves impactos ambientais.
As plantações de soja, milho, algodão têm 4 de cada 5 hectares (81%) resistentes a herbicidas. Esses cultivos são considerados promotores de praguicidas, pois estimulam a resistência a herbicidas. Essas três sementes são 95% da superfície semeada com cultivos transgênicos, mas ao invés de serem usadas para diminuir a fome no mundo, elas servem, principalmente, como alimento para animais nos países ricos, ou produção de biocombustível.
Na Argentina, a maior parte da produção é enviada à Europa para a alimentação do gado e nos EUA 20% do milho é para a produção de etanol. Segundo o estudo, o Departamento de Agricultura dos EUA reconhece que nenhum dos transgênicos atualmente no mercado foi modificado para aumentar rendimentos. O milho resistente a herbicidas da Monsanto, ao contrário, produz entre 5 e 10% menos que as variedades convencionais.
Três dos cinco dos países que concentram 90% da superfície plantada de transgênicos estão na América Latina: Argentina, Brasil e Paraguai - os outros dois são Estados Unidos e Canadá. Junto com os Estados Unidos, a Argentina produz 70% dos cultivos transgênicos no mundo. Esses dados são uma preocupação para o meio-ambiente da região, pois na Europa menos de 2% das terras são cultivadas com transgênicos e cinco países já proibiram o milho da Monsanto, pelas evidências do impacto ambiental que ele causa.
A França, que tinha a maior quantidade de terras cultivadas com milho transgênico do continente, proibiu o cultivo este ano. Agora, praticamente só a Espanha continua investindo nos organismos geneticamente modificados. Enquanto na Europa o espaço dos transgênicos diminui, Argentina, Paraguai e Uruguai, junto com os EUA, são os únicos países em que os cultivos desses representam mais de 30% da superfície.
As pesquisas sobre organismos geneticamente modificados que sejam mais nutritivos, tolerantes à seca, ou à salinidade e resistentes a doenças, se são incentivadas, não resultaram em sementes colocadas no mercado. As empresas só se preocupam com resistência a herbicidas e a insetos.
Além disso, o preço das sementes biotecnológicas tem aumentado para maximizar os lucros e os agricultores têm cada vez menos alternativas, pois as sementes tradicionais estão sendo eliminadas. Com isso, o estudo aponta que as empresas Monsanto, DuPont-Pioneer, Syngenta, Bayer e algumas outras multinacionais, proprietárias da maioria das sementes do mundo, são as principais beneficiadas pelos cultivos trangênicos.
Fonte: www.adital.com.br
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• Vida sustentável, ed. 310
Para David Sánchez, responsável pela agricultura da Amigos da Terra, "os cultivos transgênicos fracassaram em não concretizar os grandes benefícios prometidos. No lugar disso, houve um aumento do uso de pesticidas provocado por esses cultivos, que podem ser uma ameaça para o meio ambiente e a população em escala global", conforme divulgado no sítio do Ecoportal.
No Brasil, o uso do RoundUp (glifosato) subiu 80% em apenas quatro anos - 2000 e 2044 -. Nos Estados Unidos, entre 1995 e 2004, o aumento foi de 15 vezes. De acordo com o estudo, o resultado disso é um número cada vez maior de plantações resistentes ao glifosato, o que provoca, além do aumento nos custos de produção para os camponeses, graves impactos ambientais.
As plantações de soja, milho, algodão têm 4 de cada 5 hectares (81%) resistentes a herbicidas. Esses cultivos são considerados promotores de praguicidas, pois estimulam a resistência a herbicidas. Essas três sementes são 95% da superfície semeada com cultivos transgênicos, mas ao invés de serem usadas para diminuir a fome no mundo, elas servem, principalmente, como alimento para animais nos países ricos, ou produção de biocombustível.
Na Argentina, a maior parte da produção é enviada à Europa para a alimentação do gado e nos EUA 20% do milho é para a produção de etanol. Segundo o estudo, o Departamento de Agricultura dos EUA reconhece que nenhum dos transgênicos atualmente no mercado foi modificado para aumentar rendimentos. O milho resistente a herbicidas da Monsanto, ao contrário, produz entre 5 e 10% menos que as variedades convencionais.
Três dos cinco dos países que concentram 90% da superfície plantada de transgênicos estão na América Latina: Argentina, Brasil e Paraguai - os outros dois são Estados Unidos e Canadá. Junto com os Estados Unidos, a Argentina produz 70% dos cultivos transgênicos no mundo. Esses dados são uma preocupação para o meio-ambiente da região, pois na Europa menos de 2% das terras são cultivadas com transgênicos e cinco países já proibiram o milho da Monsanto, pelas evidências do impacto ambiental que ele causa.
A França, que tinha a maior quantidade de terras cultivadas com milho transgênico do continente, proibiu o cultivo este ano. Agora, praticamente só a Espanha continua investindo nos organismos geneticamente modificados. Enquanto na Europa o espaço dos transgênicos diminui, Argentina, Paraguai e Uruguai, junto com os EUA, são os únicos países em que os cultivos desses representam mais de 30% da superfície.
As pesquisas sobre organismos geneticamente modificados que sejam mais nutritivos, tolerantes à seca, ou à salinidade e resistentes a doenças, se são incentivadas, não resultaram em sementes colocadas no mercado. As empresas só se preocupam com resistência a herbicidas e a insetos.
Além disso, o preço das sementes biotecnológicas tem aumentado para maximizar os lucros e os agricultores têm cada vez menos alternativas, pois as sementes tradicionais estão sendo eliminadas. Com isso, o estudo aponta que as empresas Monsanto, DuPont-Pioneer, Syngenta, Bayer e algumas outras multinacionais, proprietárias da maioria das sementes do mundo, são as principais beneficiadas pelos cultivos trangênicos.
Fonte: www.adital.com.br
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• Vida sustentável, ed. 310
- 15 de fevereiro de 2008
- Visualizações: 2724
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Leia mais em Notícias
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Descobrindo o potencial da diáspora: um chamado à igreja brasileira
- Trabalho sob a perspectiva do reino de Deus
- Jesus [não] tem mais graça
- Onde estão as crianças?
- Não confunda o Natal com Papai Noel — Para celebrar o verdadeiro Natal
- Uma cidade sitiada - Uma abordagem literária do Salmo 31
- C. S. Lewis, 126 anos
- Ultimato recebe prêmio Areté 2024
- Exalte o Altíssimo!
- Paciência e determinação: virtudes essenciais para enfrentar a realidade da vida