Opinião
- 23 de fevereiro de 2017
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Cuidado! Um inimigo covarde nos espreita
Por Cláudio Marra
Poucos dias depois de sair do Egito, os israelitas foram atacados por um bando nômade (Êx 17.8). Eram amalequitas, descendentes de Esaú, o filho de Isaque que vendera seus direitos de primogenitura ao seu irmão Jacó, mas que, depois, sentindo-se lesado, jurou matá-lo. Esaú acabou superando o episódio, mas seus descendentes agora atacaram Israel.
E por que fizeram isso? Porque viram a fraqueza daquele povo recém-saído do Egito e resolveram tirar proveito disso, começando na retaguarda e matando todos os desfalecidos de um grupo inteiro abatido e cansado (Dt 25.18).
Foi covardia. O Senhor tratou de derrotá-los, porque tinha planos para o seu povo, mas insistiu que Israel nunca se esquecesse dos amalequitas (v.19).
Por outro lado, Deus determinou que os egípcios não fossem odiados pelos israelitas (Dt 23.7), o que é uma surpresa e tanto, porque os amalequitas atacaram Israel umas poucas vezes, mas os egípcios os oprimiram por quatrocentos e trinta anos.
O caso é que os egípcios os oprimiram por ter medo deles, um povo que ia aumentando a cada dia, podia tornar-se poderoso demais e dominar o país. De qualquer modo, Israel não devia ficar remoendo isso. Os amalequitas, porém, aproveitaram a fraqueza dos israelitas e atacaram quando esse povo menos podia resistir. Por isso não deviam ser esquecidos.
A festa judaica do Purim é uma oportunidade em que ainda hoje os amalequitas são lembrados. O texto bíblico que narra seu covarde ataque é lido nas sinagogas no sábado anterior à festa (Shabbat Zakhor). A relação entre Purim e Amaleque é que o agagita Hamã – que planejou o extermínio do povo de Israel, conforme se lê no livro de Ester – é tido como descendente de Agague, o rei amalequita.
Os amalequitas propriamente ditos desapareceram muito cedo na História, mas a ideia de que um inimigo covarde nos espreita é para ser lembrada para sempre. E não estamos falando de um vizinho invejoso ou um patrão cruel. Há um inimigo que quer descontar em nós a derrota que lhe causou o nosso Senhor Jesus Cristo. Satanás é o nome desse amalequita, e enquanto caminhamos neste deserto rumo à Canaã celestial, a palavra de Deus nos avisa: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo. Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!” (1Pe 5.9-11).
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E por que fizeram isso? Porque viram a fraqueza daquele povo recém-saído do Egito e resolveram tirar proveito disso, começando na retaguarda e matando todos os desfalecidos de um grupo inteiro abatido e cansado (Dt 25.18).
Foi covardia. O Senhor tratou de derrotá-los, porque tinha planos para o seu povo, mas insistiu que Israel nunca se esquecesse dos amalequitas (v.19).
Por outro lado, Deus determinou que os egípcios não fossem odiados pelos israelitas (Dt 23.7), o que é uma surpresa e tanto, porque os amalequitas atacaram Israel umas poucas vezes, mas os egípcios os oprimiram por quatrocentos e trinta anos.
O caso é que os egípcios os oprimiram por ter medo deles, um povo que ia aumentando a cada dia, podia tornar-se poderoso demais e dominar o país. De qualquer modo, Israel não devia ficar remoendo isso. Os amalequitas, porém, aproveitaram a fraqueza dos israelitas e atacaram quando esse povo menos podia resistir. Por isso não deviam ser esquecidos.
A festa judaica do Purim é uma oportunidade em que ainda hoje os amalequitas são lembrados. O texto bíblico que narra seu covarde ataque é lido nas sinagogas no sábado anterior à festa (Shabbat Zakhor). A relação entre Purim e Amaleque é que o agagita Hamã – que planejou o extermínio do povo de Israel, conforme se lê no livro de Ester – é tido como descendente de Agague, o rei amalequita.
Os amalequitas propriamente ditos desapareceram muito cedo na História, mas a ideia de que um inimigo covarde nos espreita é para ser lembrada para sempre. E não estamos falando de um vizinho invejoso ou um patrão cruel. Há um inimigo que quer descontar em nós a derrota que lhe causou o nosso Senhor Jesus Cristo. Satanás é o nome desse amalequita, e enquanto caminhamos neste deserto rumo à Canaã celestial, a palavra de Deus nos avisa: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo. Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!” (1Pe 5.9-11).
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Casado com Sandra, é jornalista, pastor presbiteriano e editor da Cultura Cristã.
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