Opinião
- 04 de janeiro de 2021
- Visualizações: 6572
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Cristianismo: entre o racismo e a reparação
Por Lucas Bastos
As interpretações bíblicas difundidas no início do século 19, época em que a mão de obra escrava se consolidava no Brasil, foram uma ação legitimadora para que os impérios da Europa tivessem a liberdade para invadir outras nações e as sujeitassem à servidão. Veja a Dum Diversas, bula papal emitida em 18 de junho de 1452 pelo papa Nicolau V e dirigida ao rei de Portugal Afonso V:
[...] outorgamos por estes documentos presentes, com a nossa Autoridade Apostólica, permissão plena e livre para invadir, buscar, capturar e subjugar sarracenos e pagãos e outros infiéis e inimigos de Cristo onde quer que se encontrem, assim como os seus reinos, ducados, condados, principados, e outros bens [...] e para reduzir as suas pessoas à escravidão perpétua.
O entendimento de que povos árabes, indianos, indígenas e, no extremo desta escala, africanos, eram inferiores e desprovidos da imagem e semelhança de Deus foi a justificativa usada pela Igreja para velar o seu pecado, a sua então aliança com o capitalismo europeu, que colonizou de maneira devastadora os reinos desses povos sempre com o intuito do enriquecimento.
Um dos textos bíblicos usados equivocadamente para justificar o racismo é Gênesis 4.1-16. A interpretação mais comum diz que Deus amaldiçoou Caim por ter matado seu irmão Abel e colocou um sinal em sua pele, sendo esse sinal entendido como a cor negra. Mas o texto diz: “Hoje me expulsas desta terra, e terei que me esconder da tua face; serei um fugitivo errante pelo mundo, e qualquer que me encontrar me matará”. O Senhor lhe respondeu: “Não será assim; se alguém matar Caim, sofrerá sete vezes a vingança”. E o Senhor colocou em Caim um sinal, para que ninguém que viesse a encontrá-lo o matasse. Ou seja, o sinal colocado em Caim foi para sua proteção, não maldição. Os que atentassem contra a sua vida sofreriam as consequências dadas pelo próprio Deus.
Outra passagem bastante usada para justificar o racismo é Gênesis 9, que registra o momento em que Noé amaldiçoa Canaã, filho de Cam, dizendo que ele será escravo de seus irmãos. Nos capítulos seguintes, vemos que os filhos de Cam constituíram grandes nações. São eles Cuxe, Egito, Puxe e Canaã. De fato, não encontramos na Bíblia a ideia de segregação de raças e etnias; em vez disso, encontramos Deus escolhendo homens para gerar diversas etnias e tribos segundo o seu propósito. Nos escritos bíblicos, não se entendia raça a partir da cor da pele; no exemplo de Noé e seus filhos, as etnias eram caracterizadas pelos costumes e, principalmente, crenças.
Precisamos fazer uma releitura bíblica sem os estereótipos adotados pela igreja, influenciada pelo conceito de eugenia de Francis Galton ou do racialismo de Arthur de Gobineau, ambos defensores da segregação racial. Para acabar com esses conceitos é essencial que a releitura bíblica seja feita na perspectiva de quem sofre.
O protestantismo no Brasil foi, durante muito tempo, conivente com o sistema escravocrata e se contentou apenas em “converter escravos”. Somente com a pressão dos movimentos abolicionistas as igrejas presbiteriana, anglicana, batista e metodista, por exemplo, passaram a unir forças para a superação da escravidão. O chamado avivamento da igreja, surgido na América do Norte em 1900, tem em William J. Seymour, pastor e filho de ex-escravos, e sua igreja na rua Azuza, em Los Angeles, uma experiência notável de superação da segregação racial. Homens e mulheres, negros e brancos, celebravam a Deus juntos, dando origem a um movimento de reparação. As décadas de 1940 e 1950 foram marcadas por uma reação violenta dentro da própria igreja protestante, que protagonizou movimentos como o do pastor Daniel François Malan, que implantou o regime de segregação racial na África do Sul, e de pastores batistas no sul dos Estados Unidos, que apoiavam o grupo de supremacia branca, a Klu Klux Klan. Em contrapartida, os movimentos de direitos civis se espalhavam e os negros, que compunham a maior parte destes movimentos, pressionavam os governantes a tomarem posições diante de tanta injustiça sofrida pelo seu povo. Na África do Sul, os movimentos eram liderados por Nelson Mandela, e nos Estados Unidos o destaque foi o pastor batista Martin Luther King Jr., ambos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz.
Diante de acontecimentos tão marcantes, por que falar de racismo na igreja ainda é um tabu? A igreja trata o pecado estrutural do racismo como tema periférico, mas a história nos mostra exatamente o contrário. A luta por justiça, igualdade e continuidade dos movimentos de reparação coloca a igreja na posição onde ela deve estar: do lado de quem sofre, do órfão e da viúva, dos oprimidos e dos sobrecarregados, como pediu Jesus. O teólogo James Cone diz em seu livro O Deus dos Oprimidos que “as escrituras são a Palavra de Deus aos oprimidos e humilhados deste mundo, e a tarefa do teólogo é investigar exegeticamente as profundezas das escrituras com o propósito de relacionar aquela mensagem com a existência humana”.
Eu sou um homem negro, da periferia de São Paulo e membro de uma igreja batista. Como homem negro ouso falar que a realidade atual me assusta e me entristece tanto quanto as realidades passadas. Para o negro é difícil viver em uma sociedade que ainda hostiliza sua aparência, status social e cultura e supervaloriza a Europa como padrão de civilização. A igreja contemporânea ainda não percebe isso. Sim, já sofri racismo muitas vezes. Quando feridas enormes foram abertas não encontrei o apoio nas referências que tinha, como por exemplo o grupo de jovens da igreja, composto, em maioria, por brancos. Também a Bíblia – e até mesmo a própria igreja – estava para mim, na época, como figura de opressão. Muitos homens negros e mulheres negras sofrem as mesmas circunstâncias e optam por seguir outras religiões de matriz africana, por essa questão histórica e pela representatividade, como se o Cristo não fosse periférico de origem africana. Se a igreja cristã atual tem para muitos a mesma imagem que a igreja da época dos acontecimentos de segregação, algo ainda está errado ou algo ela deixou de fazer.
Onde existe amor não pode haver opressão. O evangelho é acolhimento, perdão e reconciliação. Que seja a partir deste lema e desta releitura do evangelho que levantemos em nossas igrejas ações de reflexão, espaços para o diálogo, movimentos de denúncia do preconceito racial, que é estruturante, sistêmico e normalizado em nossa sociedade.
Devemos denunciar e combater o pecado do racismo em todas as instâncias da igreja. Que possamos agir como discípulos de Jesus Cristo, que na busca por dignidade e justiça quer reconciliar todas as coisas com Deus Pai. Como igreja, não precisamos nos esconder ou justificar nosso passado: Cristo nos justificou, somos novas criaturas e vivemos segundo o seu propósito. Que antes de tudo ressurja no coração da igreja o entendimento de que pecamos e carecemos do perdão de Deus e de nossos irmãos negros. E é justamente essa consciência profunda a superação do racismo. Entre o racismo e a reparação está o caminho do arrependimento.
Sou um dos idealizadores do Fórum de Consciência Negra da Igreja Batista de Água Branca. Desde as primeiras ações dentro da igreja, temos percebido quantas feridas ainda estavam abertas, tanto em negros quanto em brancos. Nos espaços de diálogo, vivenciamos experiências de cura, arrependimento e reconciliação. Realizamos encontros há três anos dentro da igreja, e hoje, sabendo dos resultados dessas ações, percebemos quanto foi essencial o caminho da reconciliação, proposto por Cristo. “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: reconciliem-se com Deus” (2Co 5.18-20).
• Lucas Bastos é membro do comitê de coordenação do Fórum de Consciência Negra da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo.
Leia mais
» Minando o racismo: quando a igreja tenta ser politicamente correta, ela se torna patética
As interpretações bíblicas difundidas no início do século 19, época em que a mão de obra escrava se consolidava no Brasil, foram uma ação legitimadora para que os impérios da Europa tivessem a liberdade para invadir outras nações e as sujeitassem à servidão. Veja a Dum Diversas, bula papal emitida em 18 de junho de 1452 pelo papa Nicolau V e dirigida ao rei de Portugal Afonso V:
[...] outorgamos por estes documentos presentes, com a nossa Autoridade Apostólica, permissão plena e livre para invadir, buscar, capturar e subjugar sarracenos e pagãos e outros infiéis e inimigos de Cristo onde quer que se encontrem, assim como os seus reinos, ducados, condados, principados, e outros bens [...] e para reduzir as suas pessoas à escravidão perpétua.
O entendimento de que povos árabes, indianos, indígenas e, no extremo desta escala, africanos, eram inferiores e desprovidos da imagem e semelhança de Deus foi a justificativa usada pela Igreja para velar o seu pecado, a sua então aliança com o capitalismo europeu, que colonizou de maneira devastadora os reinos desses povos sempre com o intuito do enriquecimento.
Um dos textos bíblicos usados equivocadamente para justificar o racismo é Gênesis 4.1-16. A interpretação mais comum diz que Deus amaldiçoou Caim por ter matado seu irmão Abel e colocou um sinal em sua pele, sendo esse sinal entendido como a cor negra. Mas o texto diz: “Hoje me expulsas desta terra, e terei que me esconder da tua face; serei um fugitivo errante pelo mundo, e qualquer que me encontrar me matará”. O Senhor lhe respondeu: “Não será assim; se alguém matar Caim, sofrerá sete vezes a vingança”. E o Senhor colocou em Caim um sinal, para que ninguém que viesse a encontrá-lo o matasse. Ou seja, o sinal colocado em Caim foi para sua proteção, não maldição. Os que atentassem contra a sua vida sofreriam as consequências dadas pelo próprio Deus.
Outra passagem bastante usada para justificar o racismo é Gênesis 9, que registra o momento em que Noé amaldiçoa Canaã, filho de Cam, dizendo que ele será escravo de seus irmãos. Nos capítulos seguintes, vemos que os filhos de Cam constituíram grandes nações. São eles Cuxe, Egito, Puxe e Canaã. De fato, não encontramos na Bíblia a ideia de segregação de raças e etnias; em vez disso, encontramos Deus escolhendo homens para gerar diversas etnias e tribos segundo o seu propósito. Nos escritos bíblicos, não se entendia raça a partir da cor da pele; no exemplo de Noé e seus filhos, as etnias eram caracterizadas pelos costumes e, principalmente, crenças.
Precisamos fazer uma releitura bíblica sem os estereótipos adotados pela igreja, influenciada pelo conceito de eugenia de Francis Galton ou do racialismo de Arthur de Gobineau, ambos defensores da segregação racial. Para acabar com esses conceitos é essencial que a releitura bíblica seja feita na perspectiva de quem sofre.
O protestantismo no Brasil foi, durante muito tempo, conivente com o sistema escravocrata e se contentou apenas em “converter escravos”. Somente com a pressão dos movimentos abolicionistas as igrejas presbiteriana, anglicana, batista e metodista, por exemplo, passaram a unir forças para a superação da escravidão. O chamado avivamento da igreja, surgido na América do Norte em 1900, tem em William J. Seymour, pastor e filho de ex-escravos, e sua igreja na rua Azuza, em Los Angeles, uma experiência notável de superação da segregação racial. Homens e mulheres, negros e brancos, celebravam a Deus juntos, dando origem a um movimento de reparação. As décadas de 1940 e 1950 foram marcadas por uma reação violenta dentro da própria igreja protestante, que protagonizou movimentos como o do pastor Daniel François Malan, que implantou o regime de segregação racial na África do Sul, e de pastores batistas no sul dos Estados Unidos, que apoiavam o grupo de supremacia branca, a Klu Klux Klan. Em contrapartida, os movimentos de direitos civis se espalhavam e os negros, que compunham a maior parte destes movimentos, pressionavam os governantes a tomarem posições diante de tanta injustiça sofrida pelo seu povo. Na África do Sul, os movimentos eram liderados por Nelson Mandela, e nos Estados Unidos o destaque foi o pastor batista Martin Luther King Jr., ambos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz.
Diante de acontecimentos tão marcantes, por que falar de racismo na igreja ainda é um tabu? A igreja trata o pecado estrutural do racismo como tema periférico, mas a história nos mostra exatamente o contrário. A luta por justiça, igualdade e continuidade dos movimentos de reparação coloca a igreja na posição onde ela deve estar: do lado de quem sofre, do órfão e da viúva, dos oprimidos e dos sobrecarregados, como pediu Jesus. O teólogo James Cone diz em seu livro O Deus dos Oprimidos que “as escrituras são a Palavra de Deus aos oprimidos e humilhados deste mundo, e a tarefa do teólogo é investigar exegeticamente as profundezas das escrituras com o propósito de relacionar aquela mensagem com a existência humana”.
Eu sou um homem negro, da periferia de São Paulo e membro de uma igreja batista. Como homem negro ouso falar que a realidade atual me assusta e me entristece tanto quanto as realidades passadas. Para o negro é difícil viver em uma sociedade que ainda hostiliza sua aparência, status social e cultura e supervaloriza a Europa como padrão de civilização. A igreja contemporânea ainda não percebe isso. Sim, já sofri racismo muitas vezes. Quando feridas enormes foram abertas não encontrei o apoio nas referências que tinha, como por exemplo o grupo de jovens da igreja, composto, em maioria, por brancos. Também a Bíblia – e até mesmo a própria igreja – estava para mim, na época, como figura de opressão. Muitos homens negros e mulheres negras sofrem as mesmas circunstâncias e optam por seguir outras religiões de matriz africana, por essa questão histórica e pela representatividade, como se o Cristo não fosse periférico de origem africana. Se a igreja cristã atual tem para muitos a mesma imagem que a igreja da época dos acontecimentos de segregação, algo ainda está errado ou algo ela deixou de fazer.
Onde existe amor não pode haver opressão. O evangelho é acolhimento, perdão e reconciliação. Que seja a partir deste lema e desta releitura do evangelho que levantemos em nossas igrejas ações de reflexão, espaços para o diálogo, movimentos de denúncia do preconceito racial, que é estruturante, sistêmico e normalizado em nossa sociedade.
Devemos denunciar e combater o pecado do racismo em todas as instâncias da igreja. Que possamos agir como discípulos de Jesus Cristo, que na busca por dignidade e justiça quer reconciliar todas as coisas com Deus Pai. Como igreja, não precisamos nos esconder ou justificar nosso passado: Cristo nos justificou, somos novas criaturas e vivemos segundo o seu propósito. Que antes de tudo ressurja no coração da igreja o entendimento de que pecamos e carecemos do perdão de Deus e de nossos irmãos negros. E é justamente essa consciência profunda a superação do racismo. Entre o racismo e a reparação está o caminho do arrependimento.
Sou um dos idealizadores do Fórum de Consciência Negra da Igreja Batista de Água Branca. Desde as primeiras ações dentro da igreja, temos percebido quantas feridas ainda estavam abertas, tanto em negros quanto em brancos. Nos espaços de diálogo, vivenciamos experiências de cura, arrependimento e reconciliação. Realizamos encontros há três anos dentro da igreja, e hoje, sabendo dos resultados dessas ações, percebemos quanto foi essencial o caminho da reconciliação, proposto por Cristo. “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: reconciliem-se com Deus” (2Co 5.18-20).
• Lucas Bastos é membro do comitê de coordenação do Fórum de Consciência Negra da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo.
>> Baixe gratuitamente o e-book Conversando sobre o Racismo <<
Leia mais
» Minando o racismo: quando a igreja tenta ser politicamente correta, ela se torna patética
- 04 de janeiro de 2021
- Visualizações: 6572
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Leia mais em Opinião
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Descobrindo o potencial da diáspora: um chamado à igreja brasileira
- Trabalho sob a perspectiva do reino de Deus
- Jesus [não] tem mais graça
- Onde estão as crianças?
- Não confunda o Natal com Papai Noel — Para celebrar o verdadeiro Natal
- Uma cidade sitiada - Uma abordagem literária do Salmo 31
- C. S. Lewis, 126 anos
- Ultimato recebe prêmio Areté 2024
- Exalte o Altíssimo!
- Paciência e determinação: virtudes essenciais para enfrentar a realidade da vida