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- 13 de maio de 2009
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Crise abre possibilidade de mudança de paradigma
(ALC) A crise instalada no mundo abre a possibilidade de discussão de alternativas de ordem social e econômica da sociedade, de redefinição do Estado e, inclusive, de organização do trabalho e da forma como as pessoas conseguem garantir a sua sobrevivência, pois ela questiona as instituições e a política vigente.
A perspectiva é do professor Dari Krein, docente do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), destacando, em entrevista ao Instituto Humanistas (IHU) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), que “o enfrentamento da crise abre a possibilidade de defesa de políticas que até há pouco tempo não eram nem ouvidas”.
A crise, analisou, pode significar a superação do fim de um padrão de funcionamento da economia mundial e o esgotamento de um modelo de desenvolvimento e de globalização neoliberal. “É necessário construir alternativas concretas frente a este modelo baseado na especulação financeira e na destruição de empregos e renda”, disse.
O economista e professor da Universidade de Campinas, Waldir Quadros, frisou que tanto por razões ambientais como sociais a crise da “bolha financeira” abre a possibilidade histórica para a redefinição das bases do padrão capitalista de desenvolvimento.
Na avaliação do responsável pelo Departamento de Condições de Trabalho e Relações Profissionais (Dares), Thomas Coutrot, da França, a crise global deixou óbvio o que os economistas críticos, seja de vertente marxista ou keynesianos, vinham dizendo há anos: “a globalização financeira favoreceu uma transferência maciça de riquezas em detrimento da classe trabalhadora e em prol das classes rentistas”.
A crise é resultado de um endividamento dos consumidores, para tornar possível o aumento do consumo e a manutenção do crescimento econômico. O crescimento desigual e a geração de empregos precários, que foram as marcas registradas da época neoliberal, agora se acabaram, “comprovando o que já sabíamos: a longo prazo não se gera emprego sem distribuição equitativa de renda”, disse Coutrot ao IHU.
Agora é momento dos movimentos sociais serem criativos, mostrando outras maneiras de se fazer economia, como é o caso das conquistas da economia solidária.
O economista francês Alain Lipietz, do Partido Verde e deputado europeu, apontou, na entrevista ao IHU, que a crise internacional está apenas começando, porque ela extrapola a crise financeira que teve início no ano passado, uma vez que a crise instalada é, em primeiro lugar, social e ecológica.
Na análise de outra francesa, a socióloga Dominique Meda, a crise revela a natureza do desenvolvimento da sociedade neoliberal, centrado na busca exclusiva de lucro em curto prazo, “sem nenhuma consideração das externalidades ou da maneira pela qual o processo aumentava as desigualdades ou suprimia o capital natural”.
Ela recomendou, na entrevista ao IHU, que a humanidade leve absolutamente a sério as regras ambientais e pense num tipo de desenvolvimento possível. “É preciso mudar o raciocínio, inverter a perspectiva, compartilhar os objetivos de nossas sociedades: não se preocupar tanto com um grande PIB, mas deixar para os nossos filhos um mundo habitável”, aconselhou Meda.
Fonte: www.alcnoticias.org
Leia o livro
• Deus e o Mundo dos Negócios, R. Paul Stevens
A perspectiva é do professor Dari Krein, docente do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), destacando, em entrevista ao Instituto Humanistas (IHU) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), que “o enfrentamento da crise abre a possibilidade de defesa de políticas que até há pouco tempo não eram nem ouvidas”.
A crise, analisou, pode significar a superação do fim de um padrão de funcionamento da economia mundial e o esgotamento de um modelo de desenvolvimento e de globalização neoliberal. “É necessário construir alternativas concretas frente a este modelo baseado na especulação financeira e na destruição de empregos e renda”, disse.
O economista e professor da Universidade de Campinas, Waldir Quadros, frisou que tanto por razões ambientais como sociais a crise da “bolha financeira” abre a possibilidade histórica para a redefinição das bases do padrão capitalista de desenvolvimento.
Na avaliação do responsável pelo Departamento de Condições de Trabalho e Relações Profissionais (Dares), Thomas Coutrot, da França, a crise global deixou óbvio o que os economistas críticos, seja de vertente marxista ou keynesianos, vinham dizendo há anos: “a globalização financeira favoreceu uma transferência maciça de riquezas em detrimento da classe trabalhadora e em prol das classes rentistas”.
A crise é resultado de um endividamento dos consumidores, para tornar possível o aumento do consumo e a manutenção do crescimento econômico. O crescimento desigual e a geração de empregos precários, que foram as marcas registradas da época neoliberal, agora se acabaram, “comprovando o que já sabíamos: a longo prazo não se gera emprego sem distribuição equitativa de renda”, disse Coutrot ao IHU.
Agora é momento dos movimentos sociais serem criativos, mostrando outras maneiras de se fazer economia, como é o caso das conquistas da economia solidária.
O economista francês Alain Lipietz, do Partido Verde e deputado europeu, apontou, na entrevista ao IHU, que a crise internacional está apenas começando, porque ela extrapola a crise financeira que teve início no ano passado, uma vez que a crise instalada é, em primeiro lugar, social e ecológica.
Na análise de outra francesa, a socióloga Dominique Meda, a crise revela a natureza do desenvolvimento da sociedade neoliberal, centrado na busca exclusiva de lucro em curto prazo, “sem nenhuma consideração das externalidades ou da maneira pela qual o processo aumentava as desigualdades ou suprimia o capital natural”.
Ela recomendou, na entrevista ao IHU, que a humanidade leve absolutamente a sério as regras ambientais e pense num tipo de desenvolvimento possível. “É preciso mudar o raciocínio, inverter a perspectiva, compartilhar os objetivos de nossas sociedades: não se preocupar tanto com um grande PIB, mas deixar para os nossos filhos um mundo habitável”, aconselhou Meda.
Fonte: www.alcnoticias.org
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