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- 28 de maio de 2021
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Uma história de transformação de duas comunidades na Amazônia
Por Eduardo Magrin
(Edição: Phelipe Reis)
Em dezembro de 2020, um grupo de missionários da MEAP e do DOM inaugurou um espaço multifuncional em Kacuri, uma comunidade ribeirinha localizada no alto rio Purus na região de Pauiní, no sul do Amazonas. O propósito do espaço é servir como igreja, para cultos, reuniões de ensino etc, e também servir para outras atividades durante toda a semana para a comunidade. De acordo com o missionário Eduardo Magrin, o espaço será usado para ações de saúde, alfabetização de adultos, aulas de violão, reforço escolar e abrigo missionário.
A estrutura do espaço multifuncional consiste num salão grande, duas salas, banheiro e cozinha. A maior parte da obra com trabalho voluntário dos próprios moradores locais. Há outros espaços como este sendo construídos em quatro comunidades na região do rio Purus. A obra na comunidade Vila Dedé está em andamento, mas precisa de ajuda para ser concluída. Para isso, foi criada uma “vaquinha virtual” para receber doações. Clique aqui e veja como ajudar.
A comunidade Kacuri e a Vila Dedé possuem uma história muito especial de transformação pelo evangelho. O missionário Eduardo Magrin nos conta essa história.
O primeiro contato que tivemos com as duas comunidades, Vila Dedé e Kacuri, foi em novembro de 2016. Buscávamos compreender os desafios socioeconômicos e evangelísticos das comunidades da região do Purus, no sul do estado do Amazonas. Naquele momento, ouvimos das lideranças que, apesar de alguns pregadores itinerantes terem passado por lá, não havia evangélicos.
A realidade era de precariedade na educação, na saúde e em outras áreas. A maioria dos homens de Kacuri e Vila tinha problemas sérios com o consumo excessivo de álcool. Em Kacuri, eram muitos casos de violência familiar e brigas generalizadas. Essas brigas não se limitavam a aldeia. Em uma das inúmeras confusões, um homem de Kacuri assassinou um senhor da comunidade vizinha, Vila Dedé.
O episódio fez com que as relações entre as comunidades piorassem. O nível de indisposição entre eles era tão grande que, apesar de Kacuri ter apenas aulas para alunos até o quinto ano, essas crianças passaram anos sem poder dar continuidade aos estudos, o que só era possível em Vila Dedé. Os moradores não visitavam as comunidades vizinhas após o incidente.
Em março de 2017, nos mudamos para morar na região. No começo, apenas visitávamos Vila Dedé, só depois decidimos iniciar visitações à Kacuri. Nesse período, fomos aconselhados por moradores da região a não visitar Kacuri por causa da violência da localidade. Com o tempo, conseguimos estabelecer relacionamento com os moradores das duas comunidades.
No começo foi difícil, inventaram muitas histórias sobre nós. Falava-se que éramos a “besta-fera”, ladrões de terra, traficantes etc. Contudo, a graça de Deus ao passar do tempo foi minimizando essas acusações.
Em maio de 2018, num evento em comemoração ao Dia das Mães, em Kacuri, com a nossa presença, do casal Jaime e Cilane, e de alguns missionários de Asas de Socorro, aconteceram as primeiras manifestações públicas de pessoas que decidiram entregar suas vidas a Cristo.
Nesse período, houve também as primeiras decisões por Cristo em Vila Dedé. Depois disso, aconteceram conversões em todas as famílias da aldeia, assim como muitas outras famílias em Vila Dedé. Os moradores das duas comunidades se reuniram e selaram a paz. Os alunos de Kacuri puderam continuar o ensino fundamental. Uma das pessoas com maior problema com álcool da comunidade se tornou um dos líderes da igreja e por seu bom testemunho foi eleito o cacique da aldeia.
Cerca de quinze moradores de Vila Dedé ajudaram na construção do centro de treinamento em Kacuri e um número semelhante de moradores de Kacuri tem ajudado na construção do centro em Vila Dedé.
Hoje, todos os moradores das comunidades da região comentam sobre as mudanças que aconteceram nessas comunidades. Tanto pela violência quanto pela aversão a evangélicos que essas comunidades apresentavam. De fato, hoje as pessoas que têm prazer em conhecê-los, pois testemunham da mansidão e do carinho desse povo, que tem demonstrado desejo de aprender mais sobre a Palavra e pregar o evangelho. Já são cerca de dez obreiros nativos em formação nessas duas comunidades.
(Edição: Phelipe Reis)
Em dezembro de 2020, um grupo de missionários da MEAP e do DOM inaugurou um espaço multifuncional em Kacuri, uma comunidade ribeirinha localizada no alto rio Purus na região de Pauiní, no sul do Amazonas. O propósito do espaço é servir como igreja, para cultos, reuniões de ensino etc, e também servir para outras atividades durante toda a semana para a comunidade. De acordo com o missionário Eduardo Magrin, o espaço será usado para ações de saúde, alfabetização de adultos, aulas de violão, reforço escolar e abrigo missionário.
A estrutura do espaço multifuncional consiste num salão grande, duas salas, banheiro e cozinha. A maior parte da obra com trabalho voluntário dos próprios moradores locais. Há outros espaços como este sendo construídos em quatro comunidades na região do rio Purus. A obra na comunidade Vila Dedé está em andamento, mas precisa de ajuda para ser concluída. Para isso, foi criada uma “vaquinha virtual” para receber doações. Clique aqui e veja como ajudar.
A comunidade Kacuri e a Vila Dedé possuem uma história muito especial de transformação pelo evangelho. O missionário Eduardo Magrin nos conta essa história.
O primeiro contato que tivemos com as duas comunidades, Vila Dedé e Kacuri, foi em novembro de 2016. Buscávamos compreender os desafios socioeconômicos e evangelísticos das comunidades da região do Purus, no sul do estado do Amazonas. Naquele momento, ouvimos das lideranças que, apesar de alguns pregadores itinerantes terem passado por lá, não havia evangélicos.
A realidade era de precariedade na educação, na saúde e em outras áreas. A maioria dos homens de Kacuri e Vila tinha problemas sérios com o consumo excessivo de álcool. Em Kacuri, eram muitos casos de violência familiar e brigas generalizadas. Essas brigas não se limitavam a aldeia. Em uma das inúmeras confusões, um homem de Kacuri assassinou um senhor da comunidade vizinha, Vila Dedé.
O episódio fez com que as relações entre as comunidades piorassem. O nível de indisposição entre eles era tão grande que, apesar de Kacuri ter apenas aulas para alunos até o quinto ano, essas crianças passaram anos sem poder dar continuidade aos estudos, o que só era possível em Vila Dedé. Os moradores não visitavam as comunidades vizinhas após o incidente.
Em março de 2017, nos mudamos para morar na região. No começo, apenas visitávamos Vila Dedé, só depois decidimos iniciar visitações à Kacuri. Nesse período, fomos aconselhados por moradores da região a não visitar Kacuri por causa da violência da localidade. Com o tempo, conseguimos estabelecer relacionamento com os moradores das duas comunidades.
No começo foi difícil, inventaram muitas histórias sobre nós. Falava-se que éramos a “besta-fera”, ladrões de terra, traficantes etc. Contudo, a graça de Deus ao passar do tempo foi minimizando essas acusações.
Em maio de 2018, num evento em comemoração ao Dia das Mães, em Kacuri, com a nossa presença, do casal Jaime e Cilane, e de alguns missionários de Asas de Socorro, aconteceram as primeiras manifestações públicas de pessoas que decidiram entregar suas vidas a Cristo.
Nesse período, houve também as primeiras decisões por Cristo em Vila Dedé. Depois disso, aconteceram conversões em todas as famílias da aldeia, assim como muitas outras famílias em Vila Dedé. Os moradores das duas comunidades se reuniram e selaram a paz. Os alunos de Kacuri puderam continuar o ensino fundamental. Uma das pessoas com maior problema com álcool da comunidade se tornou um dos líderes da igreja e por seu bom testemunho foi eleito o cacique da aldeia.
Cerca de quinze moradores de Vila Dedé ajudaram na construção do centro de treinamento em Kacuri e um número semelhante de moradores de Kacuri tem ajudado na construção do centro em Vila Dedé.
Hoje, todos os moradores das comunidades da região comentam sobre as mudanças que aconteceram nessas comunidades. Tanto pela violência quanto pela aversão a evangélicos que essas comunidades apresentavam. De fato, hoje as pessoas que têm prazer em conhecê-los, pois testemunham da mansidão e do carinho desse povo, que tem demonstrado desejo de aprender mais sobre a Palavra e pregar o evangelho. Já são cerca de dez obreiros nativos em formação nessas duas comunidades.
É natural do Amazonas, casado com Luíze e pai da Elis e do Joaquim. Graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e mestre em Missiologia no Centro Evangélico de Missões (CEM). É missionário e colaborador do Portal Ultimato.
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