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- 27 de setembro de 2007
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Conferência de Igrejas da Ásia apóia sublevação pacífica em Mianmar
(ALC) A Conferência de Igrejas da Ásia (CCA, a sigla em inglês) expressou apoio às recentes manifestações pacíficas contra o regime militar de Mianmar, antiga Birmânia, liderada por monges budistas.
“As religiões desempenharam um papel positivo para transformar e capacitar as pessoas, a fim de que possam vencer as desumanas condições às quais têm estado submetidas por um longo tempo”, diz a carta do secretário-geral desse organismo de igrejas, Prawate Khid-arn.
Na missiva, divulgada nesta segunda-feira, 24, e dirigida ao rev. Mar Gay Gui, secretário-geral do Conselho de Igrejas de Mianmar, Khid-arn refere-se ao “admirável” papel dos monges budistas nas recentes manifestações na capital Rangún e em outras cidades de Mianmar.
“A espiritualidade libertadora do budismo e de outras religiões é uma força não violenta positiva para mudar os poderes e as forças demoníacas que se apoderaram do país nas últimas décadas”, assinala.
“Num mundo de violência, a força libertadora não deve ser violenta, mas sim um poder espiritual que diz não à violência e sim à justiça e à paz”, afirmou o secretário-geral da CCA.
Em agosto, o preço dos combustíveis dobrou, provocando protestos de rua. Num incidente, registrado na quarta-feira, 5 de setembro, vários monges budistas foram feridos por forças repressivas no povoado de Pakokku.
Diante da ausência de desculpas por parte da junta militar, os monges se mobilizaram e, desde meados de setembro, milhares deles, com seus tradicionais vestidos cor de canela ou açafrão, lideram manifestações portando bandeiras religiosas e imagens de Buda.
Segundo despacho da BBC, a junta militar - que reprimiu violentamente os protestos de rua em 1988, com um saldo estimado de três mil mortes -, finalmente rompeu o silêncio na noite da segunda-feira, 24, advertindo que está pronta para “entrar em ação” contra os monges. A junta ordenou aos monges que não se envolvam em política e acusou-os de serem manipulados pela imprensa internacional.
Um grupo chamado Aliança de Todos os Monges Budistas Birmaneses, que parece coordenar os protestos, emitiu uma declaração na qual qualifica o regime militar como “o inimigo do povo”. Na declaração, os monges prometeram que continuarão com os protestos até “varrer a ditadura militar da terra da Birmânia” e chamaram o povo a se unir nessa luta.
Mainamar atingiu a independência do colonialismo britânico em 1948. No entanto, em 1962, uma junta militar pôs fim ao regime democrático através de um golpe de Estado, e se manteve no poder desde então.
Sua população supera os 50 milhões de habitantes e tem fronteiras com Bangladesh, Índia, China, Laos e Tailândia. O budismo é a religião predominante, praticada por cerca de 90% da população.
fonte: www.alcnoticias.org
“As religiões desempenharam um papel positivo para transformar e capacitar as pessoas, a fim de que possam vencer as desumanas condições às quais têm estado submetidas por um longo tempo”, diz a carta do secretário-geral desse organismo de igrejas, Prawate Khid-arn.
Na missiva, divulgada nesta segunda-feira, 24, e dirigida ao rev. Mar Gay Gui, secretário-geral do Conselho de Igrejas de Mianmar, Khid-arn refere-se ao “admirável” papel dos monges budistas nas recentes manifestações na capital Rangún e em outras cidades de Mianmar.
“A espiritualidade libertadora do budismo e de outras religiões é uma força não violenta positiva para mudar os poderes e as forças demoníacas que se apoderaram do país nas últimas décadas”, assinala.
“Num mundo de violência, a força libertadora não deve ser violenta, mas sim um poder espiritual que diz não à violência e sim à justiça e à paz”, afirmou o secretário-geral da CCA.
Em agosto, o preço dos combustíveis dobrou, provocando protestos de rua. Num incidente, registrado na quarta-feira, 5 de setembro, vários monges budistas foram feridos por forças repressivas no povoado de Pakokku.
Diante da ausência de desculpas por parte da junta militar, os monges se mobilizaram e, desde meados de setembro, milhares deles, com seus tradicionais vestidos cor de canela ou açafrão, lideram manifestações portando bandeiras religiosas e imagens de Buda.
Segundo despacho da BBC, a junta militar - que reprimiu violentamente os protestos de rua em 1988, com um saldo estimado de três mil mortes -, finalmente rompeu o silêncio na noite da segunda-feira, 24, advertindo que está pronta para “entrar em ação” contra os monges. A junta ordenou aos monges que não se envolvam em política e acusou-os de serem manipulados pela imprensa internacional.
Um grupo chamado Aliança de Todos os Monges Budistas Birmaneses, que parece coordenar os protestos, emitiu uma declaração na qual qualifica o regime militar como “o inimigo do povo”. Na declaração, os monges prometeram que continuarão com os protestos até “varrer a ditadura militar da terra da Birmânia” e chamaram o povo a se unir nessa luta.
Mainamar atingiu a independência do colonialismo britânico em 1948. No entanto, em 1962, uma junta militar pôs fim ao regime democrático através de um golpe de Estado, e se manteve no poder desde então.
Sua população supera os 50 milhões de habitantes e tem fronteiras com Bangladesh, Índia, China, Laos e Tailândia. O budismo é a religião predominante, praticada por cerca de 90% da população.
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