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- 04 de agosto de 2023
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Com Jesus no barco tudo vai bem
Por Aleff Oliveira
Com Jesus no barco tudo vai bem. Era uma frase frequentemente dita pela minha avó quando respondia, com extrema convicção, àqueles que lhe perguntavam como estava. Essa e tantas outras frases, ditados e lições cristãs fizeram parte de toda minha infância.
Cresci em um lar pentecostal, com pais e avós envolvidos em vários ministérios na igreja local. Sempre fui “rato de igreja”: eu cantava, frequentava as EBDs, EBFs, os cultos, o grupo de crianças e adolescentes. Isso fazia de mim um crente? Claro que não. Embora privilegiado por ter pais e avós cristãos, não deveria presumir de mim mesmo: tenho por pai a Abraão. Isso não é suficiente. Aqui, devo me compadecer dos meus semelhantes por, nascerem em um lar cristão, não conseguir dizer exatamente quando ocorreu a conversão. Normalmente, não há um evento grandioso, não há um culto em que você se levanta e “aceita a Jesus” mostrando à toda congregação que agora você faz parte do corpo de Cristo, não há uma luz que brilha no céu que o cerca e o faz cair em arrependimento. Também, não foi assim comigo.
Segui crescendo e sendo instruído no caminho, até que completei a maioridade e saí de casa para fazer faculdade, e, lentamente, fui percebendo que o mundo é um tanto diferente do ideal sonhador de um adolescente. O mundo é mau. Fora de casa, fui desafiado a permanecer naquilo que aprendera e fui inteirado. Eu não tinha mais os meus pais para me proteger de todo o terror que, dia após dia, assola os filhos de Deus. A “vida lá fora” me convidava a pôr à prova tudo aquilo que eu acreditava. E, então, fui percebendo que muito daquilo que eu acreditava estar convicto era um tanto frágil. Durante muito tempo, estive envolvido em experiências meramente emocionais, que pouco ou nada sustentavam as minhas crenças. Eu precisava de algo mais sólido, mas a igreja nem sempre estava preparada para responder todas as minhas questões. No meio de muitos, eu parecia estar sozinho.
O drama, um tanto doloroso, era o amadurecimento e uma transição da fé meramente herdada dos pais para a própria fé. Em uma comunidade saudável encontrada logo depois foi onde consegui perceber, tal como um sábio há algum tempo atrás, que nem sempre Deus responde nossas perguntas; o próprio Criador é a resposta. ”Diante do seu rosto as perguntas desaparecem. Que outra resposta seria suficiente?”.1
Uma nova experiência, agora muito mais sólida, começava a fazer parte da minha vida cristã. A convicção muito real de que o Cristo ressurreto estava ao meu lado. O horror do “mundo lá fora”, ainda agora, continua e as inevitáveis incertezas da vida sempre vem ao meu encontro ao fim do dia como águas turbulentas. Mas, por que isso haveria de me abalar? Pois, sim, eu sei. Com Jesus no barco tudo vai bem!
Notas
1. Até Que Tenhamos Rostos, C. S. Lewis
Notas
1. Até Que Tenhamos Rostos, C. S. Lewis
- Aleff Oliveira, 28 anos, é auxiliar de comunicação da Editora Ultimato. É estudante de Matemática e gosta de ler bons livros.
REVISTA ULTIMATO | MAMOM VERSUS DEUS
Ao todo, Jesus contou 38 parábolas. Mais de um terço delas trata de assuntos ligados a posses e riquezas. Há cerca de quinhentos versículos sobre oração na Bíblia. Sobre dinheiro e posses são mais de 2.300.
As Escrituras se ocupam desse assunto porque ele é crucial para a fé. Trata-se de onde colocamos nossos afetos e a quem seguimos. Jesus adverte: “Onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração” (Mt 6.21).
Saiba mais:
» Surpreendido pela Alegria, de C.S. Lewis
» Discurso Divino, de Nicholas Wolterstorff
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