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- 29 de abril de 2011
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Coisa de rico
A cidade de Arimateia ficava entre Jerusalém e Tel Aviv. Lá morava um homem muito rico e importante, chamado José, mais conhecido como José de Arimateia. Ele era membro do Sinédrio, a suprema corte de justiça do povo judeu. Tinha entrada fácil no palácio de Pôncio Pilatos, o quinto governador romano da Judeia (de 26 a 36 d.C).
Embora fosse de Arimateia, José mandou escavar um sepulcro familiar na rocha no jardim de sua casa em Jerusalém. Era coisa de rico, pois o sepulcro tinha por volta de dois metros de pé direito e uma área não muito pequena. Parecia uma sala, na qual as pessoas podiam entrar sem se encurvar. Uma grande e pesada pedra circular era rodada para vedar a entrada de animais ou de qualquer pessoa estranha (era uma espécie de porta de correr).
Foi nesse sepulcro que José de Arimateia e Nicodemos colocaram o corpo morto de Jesus na sexta-feira Santa, tomando todo cuidado para rolar a pedra e fechar a entrada. Jesus não teve berço de ouro para nascer, não tinha onde reclinar a cabeça (enquanto as aves do céu tinham os seus ninhos e as raposas, os seus covis), não teve dinheiro para pagar o imposto do templo (duas dracmas) e suas necessidades materiais eram supridas pelos bens das mulheres da Galileia. Contudo foi sepultado num sofisticado sepulcro de gente rica, como preanunciava o profeta Isaías: “Com o rico esteve em sua morte” (Isaías 53.9). Não era necessário tanto luxo, porque no domingo antes do sol nascer, Jesus ia sair de lá.
É um equívoco pensar que o anjo rolou a pedra em sentido contrário para Jesus sair do sepulcro de José de Arimateia. A pedra foi rolada para que algumas mulheres da Galileia pudessem entrar lá dentro e ver a sala mortuária vazia (Marcos 16.5). Também para, logo depois, Pedro e João fazerem o mesmo (João 20.4-8). Em certo momento, dentro do sepulcro, havia pelo menos cinco pessoas (os dois anjos, Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago). José de Arimateia era de fato extravagante.
Talvez a prova mais palpável e mais demorada da ressurreição de Jesus tenha sido a certeza, o ânimo, a coragem, a paixão e até a nova fisionomia estampada no rosto dos discípulos. Eles não falavam em outra coisa senão no sepulcro vazio. Pedro, por exemplo, se dirige à multidão e anuncia: “Vocês mataram o Autor da vida, mas Deus o ressuscitou, e nós somos testemunhas disso! (Atos 3.15).
Embora fosse de Arimateia, José mandou escavar um sepulcro familiar na rocha no jardim de sua casa em Jerusalém. Era coisa de rico, pois o sepulcro tinha por volta de dois metros de pé direito e uma área não muito pequena. Parecia uma sala, na qual as pessoas podiam entrar sem se encurvar. Uma grande e pesada pedra circular era rodada para vedar a entrada de animais ou de qualquer pessoa estranha (era uma espécie de porta de correr).
Foi nesse sepulcro que José de Arimateia e Nicodemos colocaram o corpo morto de Jesus na sexta-feira Santa, tomando todo cuidado para rolar a pedra e fechar a entrada. Jesus não teve berço de ouro para nascer, não tinha onde reclinar a cabeça (enquanto as aves do céu tinham os seus ninhos e as raposas, os seus covis), não teve dinheiro para pagar o imposto do templo (duas dracmas) e suas necessidades materiais eram supridas pelos bens das mulheres da Galileia. Contudo foi sepultado num sofisticado sepulcro de gente rica, como preanunciava o profeta Isaías: “Com o rico esteve em sua morte” (Isaías 53.9). Não era necessário tanto luxo, porque no domingo antes do sol nascer, Jesus ia sair de lá.
É um equívoco pensar que o anjo rolou a pedra em sentido contrário para Jesus sair do sepulcro de José de Arimateia. A pedra foi rolada para que algumas mulheres da Galileia pudessem entrar lá dentro e ver a sala mortuária vazia (Marcos 16.5). Também para, logo depois, Pedro e João fazerem o mesmo (João 20.4-8). Em certo momento, dentro do sepulcro, havia pelo menos cinco pessoas (os dois anjos, Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago). José de Arimateia era de fato extravagante.
Talvez a prova mais palpável e mais demorada da ressurreição de Jesus tenha sido a certeza, o ânimo, a coragem, a paixão e até a nova fisionomia estampada no rosto dos discípulos. Eles não falavam em outra coisa senão no sepulcro vazio. Pedro, por exemplo, se dirige à multidão e anuncia: “Vocês mataram o Autor da vida, mas Deus o ressuscitou, e nós somos testemunhas disso! (Atos 3.15).
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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