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Opinião

Ciência, poesia e fé: herança e legado

Sessenta +

Por Wolodymir (Wolô) Boruszewski
 
Desde o primeiro ano da segunda metade do século vinte até hoje, vivendo os primeiros meses do terceiro ano do meu oitavo decênio, três preciosas graças me acompanham bem de perto: a Ciência, a Poesia e a Fé. Um fio condutor entre essas se destaca como que alinhavando tudo: o sonho de voar.
 
Em criança, sobrevoava em sonhos toda a Vila São João em Guarulhos. E, curiosamente, voava em pé, não como os heróis das histórias em quadrinhos, mas como, creio, muito em breve, com os avanços da Ciência, todos poderemos voar.
 
Imaginava que eram sinais de uma vocação voltada à pilotagem. No devido tempo, apliquei-me aos estudos da Ciência humana e fui cursar engenharia aeronáutica em São José dos Campos. 
 
Findo esse curso, um voo ainda mais alto se me ofereceu: estudar meteorologia no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Pouco tempo depois, um novo salto: participar do projeto do primeiro satélite brasileiro, um recordista mundial em permanência no espaço.
 
Na esteira do pai da aviação, Santos Dumont, participei da equipe de pioneiros a lançar o Brasil no tão restrito contexto espacial.
 
Mas como a Poesia e a Fé se ajustaram nesse mundo de exatas?
 
Ah, desde as canções de ninar de Dona Tamara, do seu ensino entusiasmado das riquezas da Palavra de Deus revelada e dos poemas ucranianos recitados regularmente na Igreja Batista Ucraniana de Vila Barcelona em São Caetano do Sul, que a verdade da beleza e a beleza da verdade se instalaram em meu coração.
 
Um segundo olhar aos eventos corriqueiros, um orvalho nos olhos quando de momentos tocantes, mesmo em tempos tenebrosos, brotou daquelas sementes.
 
Imitando o bom exemplo dos pais, profetas e poetas da Bíblia, escrever poemas tornou-se um fato marcante em minha vida. Alguns deles desabrocharam em canções que fazem parte da trilha sonora da vida de vários irmãos.
 
Das leituras do meu primeiro Livro, até hoje meu livro primeiro, vislumbres do Eterno cristalizaram-se em palavras humanas e motivos divinos. Ao me lembrar do modo como Deus prova o seu amor para conosco e perceber que, antes mesmo que eu fosse alguém, ele me amara e me dissera: “Vem a mim”, um sim como resposta e uma canção com muita gratidão brotaram e permanecem até hoje clamando: “Ensina-me, Senhor, a amar-te”.
 
Esse compartilhar do bendito evangelho caminhou comigo na linha do tempo: nos idos da Igreja Batista Luz de Guarulhos, quartetos vocais; nos anos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), orações e estudos bíblicos na Aliança Bíblica Universitária (ABU); nos espaços virtuais, evangelismo até pelo Napster; nas viagens ao exterior, momentos de testemunho pessoal; no precioso convívio, desde os anos 70, na Comunidade de Jesus de São Paulo, louvor e reflexões com os irmãos. 
 
 
E o sonho de voar? 
 
Ora, além dos voos de fato, não seria o satélite duradouro um voador e tanto? E nos poemas, a imaginação e o sentimento não voam junto? E na fé, a sublimidade do nosso Senhor, sua vida, morte e ressurreição, não apontam para um voo ainda mais alto no porvir?
 
E é confiado na certeza do arrebatamento que tomo a liberdade de compartilhar, imitando a arte do Mestre de responder ao indagar, três Poemas com Ciência e Fé na veia:
 
Amor, amor, amor
Amor em cada átomo
A cada átimo
Não é ótimo?
 
Compomos?
Quando vejo aqueles domos
E seus convergentes gomos
Do que no princípio fomos
Me pergunto: – O que somos?
 
Meramente cromossomos?
Onde as flores? Onde os pomos?
E os louvores? Onde os pomos?
Temos sido bons mordomos?
 
Fidem habemus!
Pela fé, não por vista, entendemos
Quem conduz do universo os remos
E lhe estabelece os extremos
Tanto os ínfimos quanto os supremos.
 
Mas se aos céus nossos olhos erguemos
Indo além, muito além do que vemos
Do que somos e achamos que temos
Então nós, Senhor, a quem iremos?
 
Em nome de Jesus, amém.
Wolô
 
  • Wolodymir Boruszewski, mais conhecido como Wolô, nasceu em 15 de junho de 1951 em São Paulo, SP. Wolô é de origem ucraniana, poeta e compositor de música cristã desde 1964.

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