Opinião
- 04 de agosto de 2008
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Células-tronco embrionárias e estudo bíblico
Karl Heinz Kienitz
Recentemente o debate (que resultou em decisão) sobre a pesquisa com células-tronco embrionárias eclipsou aquele sobre o aborto. Paralelamente temos sido confrontados com a discussão de legislação que autoritariamente cerceia a liberdade (das manifestações) de opinião sobre práticas homossexuais.
Os três episódios têm várias similaridades. Em todos os casos trata-se de claras violações de princípios da ética e moral cristã. Também se optou pela difusão de um discurso “politicamente correto” como estratégia para alavancar respaldo público para novas disposições, arbitrariamente rotuladas, “progressistas”. A fim de defender os “avanços” ainda foram usados, além de mentiras inteiras e meias verdades, argumentos “científicos”, à revelia da noção fundamental e elementar de que padrões éticos são implementados na atividade científica e não derivados dela. Finalmente, alguns defensores emocionados das posições “progressistas” autodenominaram-se “esclarecidos” e definiram seus opositores de “retrógrados”.
Evidentemente a batalha é ideológica. Uma escolha a priori de padrões éticos e morais é necessária e o utilitarismo nos três casos forneceu os padrões convenientes ao hedonismo ocidental. Qualquer “avanço” pode ser justificado com uma ética utilitarista, bastando impingir à sociedade a função de utilidade escolhida. De forma semelhante, pode-se justificar o uso dos meios necessários a conseguir disposições necessárias para implementar os “avanços”.
Uma análise criteriosa da evidência histórica indica que uma ética utilitarista não produz frutos perenes (lembremo-nos das grandes utopias e revoluções dos últimos dois séculos), ao contrário da opção bíblica. Esta é certamente a opção mais interessante também do ponto de vista de consistência, por tratar do bem-estar humano em termos absolutos e não com base em “consensos” manipulados.
Para infelicidade geral, a motivação e as bases de uma ética e moral cristã são atualmente desconhecidas por muitos formadores de opinião e tomadores de decisão. Muitos se limitam a não violar preceitos de legalidade ao enfrentar decisões eticamente cada vez mais complexas valendo-se (com muito boa vontade, é verdade) apenas do bom senso.
O remédio para a situação parece ser um só: retomar o estudo da Bíblia. Amargo?
• Karl Heinz Kienitz é doutor em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica Federal de Zurique, Suíça, em 1990, e professor da Divisão de Engenharia Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. (www.freewebs.com/kienitz)
Recentemente o debate (que resultou em decisão) sobre a pesquisa com células-tronco embrionárias eclipsou aquele sobre o aborto. Paralelamente temos sido confrontados com a discussão de legislação que autoritariamente cerceia a liberdade (das manifestações) de opinião sobre práticas homossexuais.
Os três episódios têm várias similaridades. Em todos os casos trata-se de claras violações de princípios da ética e moral cristã. Também se optou pela difusão de um discurso “politicamente correto” como estratégia para alavancar respaldo público para novas disposições, arbitrariamente rotuladas, “progressistas”. A fim de defender os “avanços” ainda foram usados, além de mentiras inteiras e meias verdades, argumentos “científicos”, à revelia da noção fundamental e elementar de que padrões éticos são implementados na atividade científica e não derivados dela. Finalmente, alguns defensores emocionados das posições “progressistas” autodenominaram-se “esclarecidos” e definiram seus opositores de “retrógrados”.
Evidentemente a batalha é ideológica. Uma escolha a priori de padrões éticos e morais é necessária e o utilitarismo nos três casos forneceu os padrões convenientes ao hedonismo ocidental. Qualquer “avanço” pode ser justificado com uma ética utilitarista, bastando impingir à sociedade a função de utilidade escolhida. De forma semelhante, pode-se justificar o uso dos meios necessários a conseguir disposições necessárias para implementar os “avanços”.
Uma análise criteriosa da evidência histórica indica que uma ética utilitarista não produz frutos perenes (lembremo-nos das grandes utopias e revoluções dos últimos dois séculos), ao contrário da opção bíblica. Esta é certamente a opção mais interessante também do ponto de vista de consistência, por tratar do bem-estar humano em termos absolutos e não com base em “consensos” manipulados.
Para infelicidade geral, a motivação e as bases de uma ética e moral cristã são atualmente desconhecidas por muitos formadores de opinião e tomadores de decisão. Muitos se limitam a não violar preceitos de legalidade ao enfrentar decisões eticamente cada vez mais complexas valendo-se (com muito boa vontade, é verdade) apenas do bom senso.
O remédio para a situação parece ser um só: retomar o estudo da Bíblia. Amargo?
• Karl Heinz Kienitz é doutor em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica Federal de Zurique, Suíça, em 1990, e professor da Divisão de Engenharia Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. (www.freewebs.com/kienitz)
Tem doutorado em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica Federal de Zurique, Suíça. É professor de engenharia em São José dos Campos (SP). É editor do blog Fé e Ciência.
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Site: http://www.freewebs.com/kienitz/
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