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Opinião

Celebrando as histórias em quadrinhos (HQ): Tintim, Batman e Asterix

Por Carlos Caldas

Neste ano de 2019, três personagens importantíssimos no mundo da cultura pop ou nerd completam aniversários muito especiais. Eles estão presentes no imaginário de literalmente bilhões de pessoas ao redor do planeta, são divertidos, educativos e provocam reflexão sobre muitos aspectos da nossa vida. Vejamos, do mais velho ao mais jovem:

Tintim (1929) | 90 anos
 
O primeiro é Tintim, o garoto franco-belga que é um misto de detetive e aventureiro, que conquistou legiões de fãs ao longo das décadas por suas peripécias ao redor do mundo, acompanhado de seu fidelíssimo Milou, um fox terrier branco extremamente inteligente, e pelo Capitão Haddock, um velho “lobo do mar” beberrão, ranzinza e reclamador, mas bondoso e leal. Outros colaboradores do adolescente aventureiro são o Professor Girassol, um cientista surdo e distraído, e pelos policiais Dupond e Dupont, parecidíssimos, completamente atrapalhados e sem noção. Tintim foi criado em 1929, há 90 anos, pelo desenhista Georges Prosper Remi (1907-1983), conhecido como Hergé. Franco-belga como sua criação mais famosa, que o consagrou mundialmente. As aventuras de Tintim são inocentes e leves, e o garoto e sua trupe rodaram o mundo, e, bem antes de Neil Armstrong, estiveram até na Lua... Mas a despeito da leveza das histórias, Hergé foi criticado porque algumas das aventuras de Tintim teriam tom colonialista e racista. No entanto, Tintim segue amado por multidões. 

Batman (1939) | 80 anos
 
O segundo aniversário importante deste ano é de ninguém mais, ninguém menos que o legendário Homem Morcego, o Batman, criado por Bob Kane (1915-1998) em 1939, ou seja, há exatos 80 anos. O Batman é um dos personagens mais emblemáticos e icônicos dentre as centenas e centenas de heróis e super-heróis. Quem nunca ouviu falar do Batmóvel e da Batcaverna? Talvez só o Superman e o Homem-Aranha rivalizem com o Batman em termos de popularidade no imaginário popular. Por isso, não é de se admirar que haja um sem número de animações, muitas versões cinematográficas e games, além de, claro, diferentes versões e reboots em histórias em quadrinhos. Dentre estas, há de se destacar O Cavaleiro das Trevas, do genial Frank Miller, de 1986, que apresenta um Batman mais velho, amargo e sombrio, algo radicalmente diferente da versão impagável e completamente ridícula da série televisiva do fim da década de 1960. 
 
A narrativa de origem do Homem Morcego é conhecida por demais: o menino Bruce Wayne vê seus pais, Thomas e Martha, assassinados na sua frente por um bandido comum. Tornando-se herdeiro de uma fortuna astronômica, ao se tornar adulto, Bruce tem vida dupla: o playboy bon vivant, figura constante nas colunas sociais, e o combatente do crime mascarado e fantasiado, especialista em várias modalidades de combate corporal, auxiliado por uma série de traquitanas e gadgets, e contando com o apoio de seu mordomo Alfred, e de tempos em tempos, de um sidekick, isto é, um assistente, quase tão famoso quanto ele: o Robin. Ao longo dos anos houve vários Robins: Dick Grayson, o primeiro, que depois abandona seu mentor para seguir carreira solo com a identidade de Asa Noturna, Jason Todd, Tim Drake e o caçulinha da turma, Damian Wayne, filho de Bruce com Talia, filha de Ras’ Al Ghul, o líder da Liga dos Assassinos (o menino Damian tem um pedigree curioso: filho de Bruce Wayne e neto de Ras’ Al Ghul...). 

Asterix (1959) | 60 anos
 
Por fim temos o divertidíssimo Asterix, criado em 1959, há 60 anos, pela dupla de artistas franceses René Goscinny (roteiro) e Albert Uderzo (arte). Asterix, o gaulês baixinho e loiro, seu cãozinho Ideafix e seu amigo inseparável Obelix, grandalhão, obeso e ruivo, vivem em uma aldeia gaulesa que os romanos, liderados por Júlio Cesar, não conseguiram conquistar. O segredo da resistência gaulesa está na poção mágica feita pelo druida Panoramix, que confere temporariamente super força aos que a tomam. Asterix foi adaptado algumas vezes para o cinema, e desde que o personagem foi criado, os álbuns com suas aventuras têm sido traduzidos para mais de cem línguas e são constantemente reeditados. As narrativas são muitíssimo alegres, bem humoradas e leves. Mas há nesta leveza críticas sutis e muito bem feitas a mazelas de qualquer sociedade, como o excesso de burocracia em muitas instituições, corrupção governamental, ganância pelo poder, hipocrisia e falsidade nos relacionamentos, e uma exaltação do valor da amizade, da lealdade e da luta pela justiça. 
 
Parabéns Tintim! Parabéns Batman! Parabéns Asterix! Vida longa a vocês! Muito obrigado Hergé, Bob Kane, Goscinny e Uderzo por terem presenteado o mundo com “pessoas” tão especiais, que de certa forma, fazem parte da vida de tanta gente...

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Nota: imagens retiradas do site Guia dos Quadrinhos
É professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC Minas, onde coordena o GPRA – Grupo de Pesquisa Religião e Arte.
  • Textos publicados: 83 [ver]

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