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- 24 de maio de 2007
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Casas de cristãos são destruídas em ataque no Cairo
(Portas Abertas) A comunidade cristã sofreu um ataque brutal em Bamha, uma vila ao sul do Cairo, no último dia 11 de maio. Em apenas uma hora, 51 casas foram invadidas, diversas lojas foram saqueadas e incendiadas. Dez pessoas ficaram feridas. A polícia prendeu 59 pessoas e pela primeira vez tanto o governo quanto a mídia local identificaram os responsáveis pelo ataque: muçulmanos extremistas.
Durante séculos cristãos e muçulmanos conviveram pacificamente em Bamha. A vila tem cinco mesquitas, mas nenhuma igreja. Ao longo dos anos, os cristãos fizeram seus cultos em suas próprias casas, mas recentemente começaram a sentir a necessidade de ter um lugar próprio para as reuniões. Existem atualmente cerca de 200 cristãos na vila.
Por isso eles compraram um terreno de 400 metros quadrados, às margens da vila. Os líderes locais, incluindo o prefeito e o oficial de segurança, até sugeriram que os cristãos trocassem a nova propriedade com dois vizinhos muçulmanos que tinham terras no mesmo lugar onde a pequena igreja se reunia para que construíssem a igreja e um centro de serviços comunitários no local. O acordo foi assinado em papel pelas duas autoridades.
Guerra santa
Na manhã do dia 11 de abril, o imã (líder religioso) da mesquita e dois de seus servos redigiram um comunicado convocando os muçulmanos a uma jihad (guerra santa). O imã disse durante as orações de sexta-feira que os cristãos planejavam construir uma igreja na vila.
Uma multidão com cerca de 500 pessoas foi dispensada mais cedo das orações e instruída a se munir de machados, facões, porretes, gasolina e fogo. Pequenos grupos foram formados e as pessoas orientadas a atacar casas e lojas de cristãos.
Um dos cristãos que teve a casa incendiada disse: "Poucos dias antes eu ajudei a levar para o hospital um vizinho muçulmano de idade e na sexta-feira me surpreendi ao ver o mesmo senhor invadindo a minha casa com outros extremistas e ateando fogo!".
A polícia chegou depois de duas horas e prendeu 59 pessoas. Foi a primeira vez que o governo e a mídia local admitiram que os extremistas muçulmanos tinham ido longe demais e os responsabilizaram pelo ataque.
Um cristão questionou: "Por que os muçulmanos se sentiram ofendidos com a possibilidade de termos um lugar de culto? Eles têm o seu próprio lugar. Por que não temos o mesmo direito? Eles são egípcios, e nós, não?".
Outro cristão disse: "Onde está a guerra santa se eles queimaram as nossas casas e atacaram mulheres e crianças sem nenhum motivo?".
Cinco dias antes do ocorrido, uma reunião de reconciliação havia sido organizada entre muçulmanos - que estavam contra a construção da igreja - e cristãos - que insistiam em levar o projeto adiante e ameaçavam levar o caso a juízo.
Os muçulmanos ofereceram uma compensação financeira, mas um padre ortodoxo local se recusou a trocar o dinheiro pela permissão de construir a igreja e o centro comunitário.
Durante séculos cristãos e muçulmanos conviveram pacificamente em Bamha. A vila tem cinco mesquitas, mas nenhuma igreja. Ao longo dos anos, os cristãos fizeram seus cultos em suas próprias casas, mas recentemente começaram a sentir a necessidade de ter um lugar próprio para as reuniões. Existem atualmente cerca de 200 cristãos na vila.
Por isso eles compraram um terreno de 400 metros quadrados, às margens da vila. Os líderes locais, incluindo o prefeito e o oficial de segurança, até sugeriram que os cristãos trocassem a nova propriedade com dois vizinhos muçulmanos que tinham terras no mesmo lugar onde a pequena igreja se reunia para que construíssem a igreja e um centro de serviços comunitários no local. O acordo foi assinado em papel pelas duas autoridades.
Guerra santa
Na manhã do dia 11 de abril, o imã (líder religioso) da mesquita e dois de seus servos redigiram um comunicado convocando os muçulmanos a uma jihad (guerra santa). O imã disse durante as orações de sexta-feira que os cristãos planejavam construir uma igreja na vila.
Uma multidão com cerca de 500 pessoas foi dispensada mais cedo das orações e instruída a se munir de machados, facões, porretes, gasolina e fogo. Pequenos grupos foram formados e as pessoas orientadas a atacar casas e lojas de cristãos.
Um dos cristãos que teve a casa incendiada disse: "Poucos dias antes eu ajudei a levar para o hospital um vizinho muçulmano de idade e na sexta-feira me surpreendi ao ver o mesmo senhor invadindo a minha casa com outros extremistas e ateando fogo!".
A polícia chegou depois de duas horas e prendeu 59 pessoas. Foi a primeira vez que o governo e a mídia local admitiram que os extremistas muçulmanos tinham ido longe demais e os responsabilizaram pelo ataque.
Um cristão questionou: "Por que os muçulmanos se sentiram ofendidos com a possibilidade de termos um lugar de culto? Eles têm o seu próprio lugar. Por que não temos o mesmo direito? Eles são egípcios, e nós, não?".
Outro cristão disse: "Onde está a guerra santa se eles queimaram as nossas casas e atacaram mulheres e crianças sem nenhum motivo?".
Cinco dias antes do ocorrido, uma reunião de reconciliação havia sido organizada entre muçulmanos - que estavam contra a construção da igreja - e cristãos - que insistiam em levar o projeto adiante e ameaçavam levar o caso a juízo.
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