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- 30 de agosto de 2007
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Cartas revelam dúvidas de fé de madre Teresa
(ALC) Uma nova faceta – as dúvidas de fé e vazio interior de uma grande benfeitora dos pobres, fundadora dos Missioneiros da Caridade, Prêmio Nobel da Paz 1979, a madre Teresa de Calcutá - conhecida até então apenas por seus confessores virá a público no próximo mês.
“Onde está em mim a fé? Procuro no mais profundo, não há nada, exceto o vazio” – escreveu madre Teresa numa de suas confidências, expressas em cartas ao longo de 60 anos de sua vida sacerdotal. No primeiro texto, de 1948, quando começou a trabalhar com os pobres, ela chegou inclusive a negar a existência de Deus.
“Se não há Deus, não existe alma, se não existe alma, Jesus tampouco é verdadeiro”, assinalou ela num de seus escritos de 1959. Quarenta cartas de madre Teresa estarão publicadas no livro “Mother Teresa: Come Be My Light” (Madre Teresa: venha ser a minha luz), que será lançado no dia 4 de setembro, um dia antes dos dez anos de sua morte, pela Doubleday, nos Estados Unidos.
O editor do livro é ninguém menos do que o padre Brian Kolodiejchuk, responsável pelo processo de canonização da missionária. “Depois de um longo debate entre os membros da ordem fundada por madre Teresa de Calcutá, decidimos publicar as cartas, porque narram sua profundidade, seu aspecto humano, sua capacidade de afrontar as situações mais difíceis”, contou Kolodiejchuk à revista Time.
As cartas recentemente descobertas “apenas demonstram a sua completa honestidade, a aceitação de algumas dúvidas humanas em diversos momentos da vida, mas não afetarão de maneira alguma o grande legado que deixou, nem o da fé de seus seguidores”, declarou o porta-voz da Conferência Episcopal Católica da Índia, Babu Joseph, ao jornal espanhol El País.
“O silêncio e o vazio são tão grandes que olho e não vejo, escuto mas não ouço, a língua se move (durante a oração) mas não fala”, disse madre Teresa numa carta dirigida a seu conselheiro espiritual Michael van der Peet, no início dos anos 80 do século passado.
Para Kolodiejchuk, as dúvidas de madre Teresa, longe de questionar sua santidade, são uma amostra da perseverança dela ao decidir não abandonar o seu trabalho em favor dos “pobres dos pobres”.
“Por favor, reze especialmente por mim, para que não estrague a obra d’Ele e que Nosso Senhor possa se mostrar, pois há uma escuridão tão terrível dentro de mim, como se tudo estivesse morto”, escreveu ela em 1953.
O legado de madre Teresa é marcante. Só na Índia há mais de 600 refúgios e a congregação que ela fundou, em 1950, está presente em 133 países. Mais de um milhão de pessoas trabalham diretamente como voluntários em centros de acolhida de pobres e desamparados.
Fonte: www.alcnoticias.org
“Onde está em mim a fé? Procuro no mais profundo, não há nada, exceto o vazio” – escreveu madre Teresa numa de suas confidências, expressas em cartas ao longo de 60 anos de sua vida sacerdotal. No primeiro texto, de 1948, quando começou a trabalhar com os pobres, ela chegou inclusive a negar a existência de Deus.
“Se não há Deus, não existe alma, se não existe alma, Jesus tampouco é verdadeiro”, assinalou ela num de seus escritos de 1959. Quarenta cartas de madre Teresa estarão publicadas no livro “Mother Teresa: Come Be My Light” (Madre Teresa: venha ser a minha luz), que será lançado no dia 4 de setembro, um dia antes dos dez anos de sua morte, pela Doubleday, nos Estados Unidos.
O editor do livro é ninguém menos do que o padre Brian Kolodiejchuk, responsável pelo processo de canonização da missionária. “Depois de um longo debate entre os membros da ordem fundada por madre Teresa de Calcutá, decidimos publicar as cartas, porque narram sua profundidade, seu aspecto humano, sua capacidade de afrontar as situações mais difíceis”, contou Kolodiejchuk à revista Time.
As cartas recentemente descobertas “apenas demonstram a sua completa honestidade, a aceitação de algumas dúvidas humanas em diversos momentos da vida, mas não afetarão de maneira alguma o grande legado que deixou, nem o da fé de seus seguidores”, declarou o porta-voz da Conferência Episcopal Católica da Índia, Babu Joseph, ao jornal espanhol El País.
“O silêncio e o vazio são tão grandes que olho e não vejo, escuto mas não ouço, a língua se move (durante a oração) mas não fala”, disse madre Teresa numa carta dirigida a seu conselheiro espiritual Michael van der Peet, no início dos anos 80 do século passado.
Para Kolodiejchuk, as dúvidas de madre Teresa, longe de questionar sua santidade, são uma amostra da perseverança dela ao decidir não abandonar o seu trabalho em favor dos “pobres dos pobres”.
“Por favor, reze especialmente por mim, para que não estrague a obra d’Ele e que Nosso Senhor possa se mostrar, pois há uma escuridão tão terrível dentro de mim, como se tudo estivesse morto”, escreveu ela em 1953.
O legado de madre Teresa é marcante. Só na Índia há mais de 600 refúgios e a congregação que ela fundou, em 1950, está presente em 133 países. Mais de um milhão de pessoas trabalham diretamente como voluntários em centros de acolhida de pobres e desamparados.
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