Calvino na primeira pessoa

O pastor e redator da revista Ultimato, Elben César, lança mais um livro de biografia. Bem ao seu estilo, a leitura é de fácil compreensão e o formato escolhido é de perguntas e respostas. O entrevistado fictício é ninguém menos que João Calvino, o grande reformador francês que viveu em Genebra, Suíça. Com isso, a Editora Ultimato antecipa as comemorações pelos 500 anos da Reforma Protestante (1617-2017).

Sou Eu, Calvino: conversas com o reformador – uma biografia é uma espécie de “talk-show”, que coloca na boca do reformador palavras que ele mesmo escreveu e outras que refletem o seu pensamento. Fácil de ler, a obra torna viva e relevante a grande contribuição do autor de “As Institutas”, bem como responde a mais de uma centena de perguntas que muitos cristãos gostariam de fazer sobre a Bíblia, a teologia, a igreja, enfim, sobre a vida cristã.

Se o livro foi escrito por um pastor brasileiro em pleno século 21, bem poderia ter sido escrito pelo próprio Calvino. Isso por causa do estilo editorial bem pessoal e de muitas informações sobre a vida do famoso teólogo. A começar pelo título: Sou Eu, Calvino. Como explica Elben César:


Uma curiosidade é a capa de Sou Eu, Calvino. O capista encontrou manuscritos do reformador e criou uma letra, preservando muito dos traços. Parece até que a capa foi desenhada com o próprio punho de Calvino.

Vídeo
O pastor Elben César explica como surgiu a ideia de escrever Sou Eu, Calvino:



Ficha técnica
Título: Sou Eu, Calvino: conversas com o reformador – uma biografia
Autor: Elben Magalhães Lenz César
Formato: 14x21. Páginas: 176. Preço: R$ 34,70
Edição: Setembro 2014. Editora Ultimato.

O livro em frases

A reforma mexe com as estruturas, com os dogmas, com a liturgia, com as tradições, com a moralização, com a pregação, com os princípios e com a história e a vocação da igreja. É algo operado por Deus mesmo de modo soberano e eficaz.
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Já temos Jesus em nossa mesa e estamos “jantando” com ele e convidando o mundo inteiro para vir comer conosco!
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Gostaria que a doutrina de Deus fosse proclamada com eficácia e poder, de modo a produzir seu fruto, levando totalmente a cabo uma notável e completa reforma da igreja.
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Toda disciplina deve ser feita com tal moderação que não haja rigor pelo qual alguém possa ser magoado, pois mesmo as correções são apenas remédios para se trazer pecadores de volta a nosso Senhor.
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As boas obras não causam a salvação, mas devem ser a causa dela.
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A doutrina do ‘sola gratia’ santifica as obras, pois arranca delas a chaga da barganha e as torna uma expressão da gratidão e louvor a Deus.
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A extravagância é sinal de egoísmo e, portanto, pecado, e pecado grave.
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Quando as riquezas dominam o homem, Deus é despojado de sua dominação.
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Sofrer perseguição não significa ser abandonado por Deus. Os tormentos são uma provação e os tiranos não podem sobre nós mais do que Deus lhes permite.
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A desgraça da Queda ajuda a entender a glória da salvação.
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Precisamos adquirir a consciência não só da grande comissão, mas também de que a igreja é uma antecipação do reino de Cristo em sua vinda.