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Notícias

Brasileiros se preparam para o IV Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial

Delegação de quase 200 brasileiros se prepara para participar do maior encontro mundial sobre evangelização, que acontece de 22 a 28 de setembro, em Seul, Coreia do Sul

Por Phelipe Reis

No período de 22 a 28 de setembro de 2024, acontece em Seul, Coreia do Sul, a quarta edição do maior evento mundial sobre evangelização, o Congresso Lausanne. Com o tema, “Que a igreja anuncie e demonstre Cristo, unida”, o evento marca os 50 anos do Movimento Lausanne e espera reunir, presencialmente, cerca de 5 mil pessoas, dentre elas, cerca de 180 brasileiros.

A delegação brasileira é composta por missionários, pastores, teólogos, missiólogos, líderes em geral e profissionais de diferentes áreas de atuação, residentes e atuantes dentro e fora do Brasil. A diversidade de participantes do congresso se deve a um dos princípios do Movimento Lausanne que acredita que os desafios contemporâneos colocam diante da Igreja de Cristo a necessidade de uma obra missionária global abrangente, coordenada e colaborativa.

Rodrigo Silva, diretor executivo da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), participa pela primeira vez e comenta o que espera do congresso: “Minha expectativa é ver iniciativas concretas para prover acesso ao evangelho aos mais de 7 mil povos não alcançados no Mundo”. A psicóloga e teóloga, Karen Bomilcar, também descreve sua expectativa: “Espero que seja um tempo de boas interações e conexões que possam gerar frutos sistemáticos de aprofundamento relacional sobre o evangelho e sua relação com as diferentes esferas e desafios da sociedade”.

Cada participante passou por um processo de indicação e seleção que iniciou em 2023. Todos são encorajados a fazerem leituras prévias e participarem de discussões virtuais, para melhor aproveitamento das mesas colaborativas e reflexões do encontro, que acontecerá em formato híbrido, possibilitando participação presencial e online, para alcançar um número representativo das diferentes regiões do globo.

A programação do congresso conta com exposições bíblicas sobre o livro de Atos, plenárias, encontros baseados em interesses comuns, sessões colaborativas, detalhando vinte e cinco lacunas da Grande Comissão, e lições da Igreja Global, abordando temas, como justiça, sexualidade, meio ambiente, perseguição, política, conflito, deslocamento, entre outros. O encontro em Seul é parte de um processo colaborativo que iniciou há meses e se estenderá após o evento por meio dos grupos de trabalho.

O Movimento Lausanne e sua influência na igreja evangélica brasileira
O primeiro Congresso Lausanne, realizado em julho de 1974, em Lausanne, Suíça, foi convocado por Billy Graham e John Stott e foi considerado pela revista Time como “possivelmente o maior e mais abrangente encontro de cristãos já realizado”. As reflexões do evento e o documento tiveram significativos desdobramentos no movimento missionário global. No Brasil, o surgimento de escolas de formação missionária, agências de envio e alguns eventos, receberam forte influência do movimento Lausanne.

Valdir Steuernagel, pastor luterano e colaborador de Ultimato, participou da organização de Lausanne III (2010), em Cidade do Cabo, África do Sul, e faz parte da delegação brasileira que se prepara para Lausanne IV. Ele conversou conosco sobre a sua relação com o Movimento Lausanne, a influência do movimento na igreja evangélica brasileira e suas expectativas para o encontro.

Você já participou de outras edições do Congresso Lausanne? Como foi a experiência?
Valdir – Pode ser estranho, mas a minha primeira experiência ativa com Lausanne aconteceu em Curitiba, PR, em 1976, por ocasião do pioneiro Congresso Missionário, organizado pela Aliança Bíblica Universitária. Este Congresso evocou o lema de Lausanne 74 – “Que o mundo ouça a voz de Deus” –, dizendo “Que o mundo estudantil ouça a voz de Deus” e, em sintonia com o Pacto de Lausanne, produziu o Pacto de Curitiba, além de ter o privilégio de ter Samuel Escobar e René Padilla como conferencistas, como também havia acontecido com Lausanne 74.

Seria possível continuar nesta vertente, destacando que a próxima experiência se deu por ocasião do II Congresso Latino-Americano de Evangelização, realizado em Lima, Peru, em 1979, e que teve como lema “Que a América Latina ouça a voz de Deus”.

Seria necessário mais espaço para ir ampliando o círculo da minha experiência com o movimento de Lausanne, para culminar com minha participação na organização de Lausanne III, na Cidade do Cabo, em 2010. Mas o que gostaria de destacar é que o “espírito de Lausanne”, numa expressão cunhada por John Stott, tem ido bem além dos eventos organizados pelo movimento de Lausanne e isto tem se constituído numa verdadeira dádiva do Espírito para a igreja universal, com destaque para a evangélica.

Qual a sua percepção sobre a influência de Lausanne na igreja evangélica brasileira?
Ainda que sob o risco da simplificação, seria possível dizer que o foco, a intenção e o propósito do movimento de Lausanne é promover a missão em espírito de unidade, intensidade e integridade. E foi esta ênfase que pôde ser percebida também na igreja evangélica brasileira, sendo através do movimento missionário transcultural que nasceu e cresceu entre nós, nas últimas décadas, numa ampla diversificação ministerial que entendeu a necessidade de estender a vivência missional para todas as áreas profissionais e vitais, num movimento que insiste no estabelecimento de igrejas que sejam relevantes em nossa sociedade e nas forças ministeriais que buscam expressar uma missão que queira e consiga integrar as mais diferentes dimensões do evangelho numa vivência eclesial que seja marcada pela adoração, compaixão e justiça.


É verdade que esta “influência” não é necessariamente direta, pois Lausanne nunca quis ser uma organização, sua marca nem é muito conhecida entre nós e há vários setores da nossa igreja evangélica brasileira que tem dificuldades de sintonizar com as ênfases de Lausanne como indicadas acima.

Você participará do congresso em Seul? Qual a sua expectativa?
Devo participar de Lausanne IV e desta vez devo fazê-lo como representante de uma “velha geração”, pois a minha primeira participação internacional num evento organizado especificamente por Lausanne se deu em 1980, na Tailândia, por ocasião do COWE (Consultation for World Evangelization). Com a caminhada acumulada é difícil focalizar expectativas que, ainda assim, eu expressaria em três:
  • Que Lausanne continue sendo um movimento e não se transforme numa organização. Um movimento no qual haja lugar para todos e todas, insistindo em fugir daqueles universos onde há mais dinheiro, mais tecnologia e maiores organizações.
  • Que haja um lugar preferencial para as novas gerações. Gerações que consigam entender e se comunicar com a complexidade do mundo global em termos religiosos, tecnológicos e virtuais, climáticos e econômicos, diante de um quadro de crescente e transfronteiriça desigualdade entre ricos e pobres.
  • Que a vivência e a compreensão da missão continuem a buscar as marcas já expressas no Pacto de Lausanne, focadas na ênfase na contínua evangelização de cada geração, no exercício de uma missão sem fronteiras, numa vivência do evangelho que consiga sincronizar a relevância com a simplicidade e com a integridade, como se espera e pelo que se ora nas diferentes e múltiplas comunidades de fé.



Confira os comentários de outros brasileiros que participarão do IV Congresso Lausanne

Soube do Congresso em Seul através de e-mail da Global Integrity Network onde Lausanne se juntou à WEA com a missão de “capacitar o povo de Deus para defender o valor e a prática da integridade e uma campanha anticorrupção eficaz”. O Brasil está em grave risco, pois organizações que fazem narcotráfico são fornecedoras de prefeituras e querem gerir a saúde pública através de OSS. Minha esperança é através do Congresso encontrar mais interessados em integridade e anticorrupção.
Elda Mariza V. Fim, Cuiabá, MT, membro da Igreja Presbiteriana Independente, auditora federal aposentada e atua como voluntária em várias frentes, como o projeto Fé Cidadã

Será a primeira vez no Congresso de Lausanne. Já apoio e acompanho o movimento por alguns anos, por representatividade nas ações da comunidade de fé. Ele tem inspirado a visão missiológica da igreja e se desdobrado em projetos locais. Curiosamente, já fui a Lausanne, na Suíça, o que foi oportuno à memória e conhecimento histórico do cristianismo, na ação dos reformadores. Sobre expectativas, busco integrar a visão cristocêntrica da ação da igreja, que tanto edifica o corpo quanto anuncia as boas novas de salvação. Espero poder contribuir nas lacunas da missão global, seja atuando na área da educação, da formação para a integridade e anticorrupção, apoiando no desenvolvimento do caráter da liderança e sobre a influência do cristianismo na sociedade e contexto. E, em tudo, para a glorificação do nome de Jesus.
Lilian Regina N. Barbosa, Belo Horizonte, MG, atua na área da educação há mais de 33 anos como palestrante e formadora de gestores e educadores, preside o Instituto Educativa e colabora no ministério de ensino da Igreja Batista da Redenção

Do congresso geral é a primeira vez, mas já participei do Lausanne Jovem na Indonésia em 2016. Minha relação se deu com Lausanne Jovem e, desde então, tenho atuado na equipe executiva de Lausanne no Brasil. Minha expectativa é ver iniciativas concretas para prover acesso ao evangelho aos mais de 7 mil povos não alcançados no Mundo.
Rodrigo da S. Gomes, Rio de Janeiro,RJ, diretor executivo da AMTB e da Team Brasil

Sim, será a minha primeira vez no Congresso de Lausanne! Conheço o Movimento Lausanne desde a época que estudava no seminário. Sempre admirei o Movimento pelo seu tamanho alcance, não somente no que tange à representatividade global da igreja, mas também devido à abrangência holística do conceito e vivência da Missão em suas diversas aplicações em âmbitos e contextos variados. Tenho grandes expectativas em me conectar com outros tantos líderes e missionários ao redor do mundo a fim de aprender com suas experiências, bem como poder partilhar o que Deus tem feito aqui no nordeste brasileiro a partir da nossa vivência ministerial, adquirindo mais maturidade, experiências e parcerias para alcançar o objetivo central: tornar o nome de Deus e Seu Evangelho conhecidos, até os confins da terra.
Thyago N. Silveira, Campina Grande, PB, compositor, cordelista, professor do SETEBRAE, mobilizador da ONG ACEV Social e líder de missões

Já participei do YLG2016, GWF2019, L4NY2022, Regional América Latina 2023. Faço parte da geração de líderes jovens 2016 e
sou catalisadora da rede de saúde para todas as nações do movimento. Espero que seja um tempo de boas interações e conexões que possam gerar frutos sistemáticos de aprofundamento relacional sobre o evangelho e sua relação com as diferentes esferas e desafios da sociedade.
Karen Bomilcar
, São Paulo, SP, psicóloga e teóloga, atua em Saúde Pública e Educação Teológica

Será a primeira vez que eu participo do congresso de Lausanne, que, para mim, é uma referência de no movimento missionário global. Minha expectativa é observar as principais tendências missiológicas e estratégias missionárias da atualidade.
Cácio E. da Silva, São Paulo, SP, missionário executivo operacional da APMT e missionário associado consultor da WEC



Saiba mais:
» O Compromisso da Cidade do Cabo – Uma declaração de fé e uma chamado para agir, Movimento Lausanne
» Cristo, Nosso Reconciliador – Evangelho, Igreja, Mundo, Terceiro Congresso Lausanne
» Movimento Lausanne: quatro décadas em missão, por Samuel Escobar
» Lausanne III: o viés da verdade, por Flávio Conrado
» Um cristianismo sem Cristo nunca vai mudar nada, por Lissânder Dias
» O movimento Lausanne e a missão integral, por Valdir Steuernagel
É natural do Amazonas, casado com Luíze e pai da Elis e do Joaquim. Graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e mestre em Missiologia no Centro Evangélico de Missões (CEM). É missionário e colaborador do Portal Ultimato.
  • Textos publicados: 188 [ver]

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