Opinião
- 29 de maio de 2020
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Aprendendo a linguagem de Deus
Por Francis Collins
Ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, Institutos Nacionais de Saúde, Bethesda, Maryland
E se pudermos desvendar o conteúdo de todo o livro de instruções do DNA que existe em cada uma de nossas células e que controla o desenvolvimento e o funcionamento de nossos corpos? Essa é a pergunta que Francis Collins fez a si mesmo como diretor dos National Institutes of Health (NHI) no Projeto do Genoma Humano – um gigantesco esforço internacional que envolveu mais de 2 mil pesquisadores. Em 2000 e depois de dez anos de trabalho duro, o primeiro esboço do “genoma” de DNA foi concluído. A declaração oficial da Casa Branca foi: “Estamos cada vez mais admirados pela complexidade, beleza e maravilha do mais divino e sagrado dom de Deus”. Isso não foi jogada política para Collins, mas realmente refletia sua própria experiência.
Eu cresci em uma pequena fazenda sem encanamento e fui educado em casa, por minha mãe e por meu pai, até os 10 anos. Recebi deles uma grande dádiva: o dom de aprender a amar o aprendizado e a descoberta de que novas experiências poderiam se incluir entre as coisas mais emocionantes a me acontecer. Isso me deu um senso de curiosidade que me conduziu, por meio da matemática, da química e da física, até a biologia e a medicina, e finalmente à exploração desse maravilhoso registro denominado de genoma do DNA humano.
Meu pai era professor de drama e minha mãe era dramaturga. Vivíamos em um ambiente bastante rústico, cuidando de uma fazenda sem maquinário algum, o que rapidamente levou meus pais à conclusão de que não seria possível viver daquele jeito. O trabalho em tempo integral de meu pai era sua forma de colocar o pão na mesa. Meus pais eram totalmente imersos no universo teatral e claramente isso era o que se esperava de todos os seus quatro filhos. Com 4 anos, eu já estava no palco e amava cada minuto que passava ali.
A ciência não era algo que realmente fazia parte da minha experiência familiar. Ela se tornou real para mim por meio das mãos de um carismático professor de química em uma escola pública da Virgínia. Ele conseguia escrever a mesma informação, no quadro-negro, com as duas mãos ao mesmo tempo! Mas, acima de tudo, ele nos ensinava as alegrias de ser capaz de empregar as ferramentas da ciência para descobrir coisas que ainda não sabíamos. Eu peguei essa febre e ainda sofro dela.
Em casa, não se falava muito sobre a fé. Eu não fui educado com cosmovisão espiritual específica alguma. Meus pais não eram críticos da fé, mas também não a consideravam particularmente relevante ou importante. Eu não via qualquer sinal de inclinações, por parte deles, para essa área, embora meu pai finalmente tivesse se tornado cristão. Fui enviado para aprender música na Igreja Episcopal, onde o regente e o organista eram maravilhosos. Meu pai deixou claro que não era tão importante prestar atenção nos sermões, de modo que aprendi bastante sobre música, mas quase nada sobre teologia.
Com 16 anos, fui estudar química na Universidade da Virgínia, visto que minha educação em casa deixou-me dois anos à frente no segundo grau. Quando as discussões sobre religião começaram a acontecer no dormitório, eu era cético sobre o que os cristãos diziam, com base em sua formação individual, quanto à realidade de sua fé. Alguns dos meus vizinhos eram fortemente ateístas e me pareciam eficientes em seus argumentos. Acabei me identificando com os céticos e com os ateístas, pois não tinha razão particular para atribuir valor a um sistema de fé. Como um jovem cheio de tentações, também era muito conveniente rejeitar a ideia de que eu seria responsável diante de qualquer um ou de qualquer coisa além de mim mesmo. E escorreguei para algo que seria essencialmente um agnosticismo – a ideia de que não podemos saber ao certo se há ou não um Deus –, embora eu não conhecesse o termo na época.
Como estudante de PhD e pesquisador de mecânica quântica,1 minha paixão era a matemática e a possibilidade de, por meio de equações matemáticas, descrever a colisão de átomos e de moléculas. Eu acreditava que tudo o que acontece no mundo poderia ser explicado pela redução a esse nível e, ainda, que todos os nossos pensamentos e ações seriam determinados por essas leis e equações. Eu me sentia confortável em ter todas as crenças religiosas como superstições, sendo esse o tipo de coisa que devemos abandonar quando adquirimos mais conhecimento sobre como o universo funciona. Eu não tinha tempo para as pessoas que tentavam argumentar que haveria algo além do mundo físico que fosse valioso e verdadeiro. E assumia que quaisquer sentimentos religiosos que alguém tivesse seriam necessariamente originados de alguma experiência emocional – algo em que eu não confiava – ou baseados em alguma doutrinação infantil que eu me sentia alegre por ter perdido.
Na pós-graduação, eu decidi ampliar um pouco meus horizontes e ingressei em um curso de bioquímica e biologia molecular (o estudo do DNA). Até então, eu não havia sentido interesse algum por biologia ou medicina. No segundo grau, eu achava a biologia algo chato, devido à impressão de que ela tratava basicamente de discutir fatos sem reflexão. Eu a tinha como algo turvo, lamacento e que jamais faria sentido.
No entanto, a ideia de que haveria essa molécula de informação chamada “DNA” e de que, por meio dela, todas as formas vivas poderiam direcionar seus processos materiais era muito excitante. Eu tive a impressão de que esse campo estava abrindo uma vanguarda e que isso certamente geraria consequências para o ser humano, em termos da nossa habilidade de compreender e de talvez tratar doenças. Juntamente com os meus temores de que as descobertas mais excitantes, em mecânica quântica, já haviam sido feitas cinquenta anos antes, isso começou a emergir em minha mente como uma carreira alternativa.
Mudando a direção de um modo bastante drástico (a essa altura eu já era casado e tinha filhos), decidi estudar medicina. Assim, descobri um amor pelo aprendizado sobre o corpo humano e todos os seus componentes. Em particular, pela genética: o DNA era matemático, de certo modo. Mais tarde, em meu treinamento médico, no entanto, eu me vi sentado à beira da cama de pacientes que possuíam doenças graves. Agora se tratava não apenas do estudo abstrato de moléculas e sistemas de órgãos, mas também de pessoas reais. Logo percebi que os métodos médicos disponíveis eram imperfeitos para ajudar muitas dessas pessoas e que não as salvariam da morte. Várias delas tinham câncer; outras, doenças do coração: uma variedade de enfermidades incuráveis. Poderíamos mantê-las confortáveis e talvez desacelerar a doença um pouquinho, mas, no final, elas perderiam a batalha.
Até então, a ideia de vida e de morte havia sido abstrata para mim, mas agora era real. Eu me sentia intrigado ao constatar que as pessoas nesse hospital, em sua maioria, não estavam revoltadas com a sua condição. Eu achava que elas deveriam estar. Antes, elas pareciam estar em paz, compreendendo que suas vidas estavam chegando ao fim. Muitas delas falavam até mesmo sobre como sua fé lhes dava conforto: essa era a rocha sobre a qual se apoiavam e não tinham medo. Desse modo, eu percebi que em sua posição eu estaria com medo. Não sabia o que havia do outro lado e suspeitava que não houvesse nada.
Numa tarde, eu estava com um de meus pacientes para o qual não tínhamos alternativas. Tratava-se de uma maravilhosa mulher de idade que tinha uma grave doença de coração e que tinha sofrido muito com isso. Ela teve um episódio particularmente ruim de dor no peito, enquanto eu estava com ela. Depois de passar por isso, ela me explicou como sua fé a ajudou nessa situação. Ela compreendeu que os médicos em torno dela não estavam ajudando muito, mas que a sua fé estava. Depois de concluir sua própria descrição pessoal sobre sua fé, ela se voltou para mim (em havia permanecido em silêncio), me olhou interrogativamente e disse: “Eu acabei de compartilhar minha fé pessoal em Cristo com você, doutor, e pensei que você ia dizer alguma coisa, enfim, mas você não disse nada. Em quê você acredita?”. Ninguém jamais me fizera essa pergunta tão diretamente e com um espírito tão generoso e sincero. Senti o rosto mudando de cor e um intenso desconforto simplesmente por estar ali naquela hora. Murmurei alguma coisa sobre não ter muita certeza e caí fora do quarto o mais rápido que pude.
Mais tarde, fiquei intrigado com o acontecimento e o porquê de ele ter sido tão perturbador. Em última instância, tive de admitir para mim mesmo que a pergunta da mulher buscava uma resposta para a mais importante questão encarada por nós, seres humanos: existe um Deus? Eu havia chegado à resposta negativa sem nunca ter considerado realmente a evidência – eu, que era supostamente um cientista! Se há uma coisa que os cientistas alegam, é que chegam às suas conclusões com base em evidências e eu não tinha corrido o risco de fazê-lo. Eu estava bastante seguro de que não havia evidência para Deus, mas precisei admitir que não sabia. Também precisei admitir que alguns dos meus professores da escola de medicina eram cristãos e que eles não pareciam ser o tipo de pessoa que se agarra a alguma coisa só porque a ouviu quando era criança. Eu já havia me interrogado sobre isso, sem nunca checar o que eles descreveriam como sendo a base da sua fé. Quem sabe não era o tempo de aprender algo sobre isso? E se tudo fosse mais do que superstição? Quem sabe não haveria algo ali que merecia ser compreendido?
Há um sem-número de formas pelas quais alguém pode ser levado a enfrentar a questão da existência de Deus, mas uma forma particularmente interessante é sentar-se à beira da cama de alguém que está encarando a morte e imaginar-se na mesma situação. Eu não pude deixar de pensar: “Eu não quero estar nessa posição e não tenho uma resposta melhor”. Quando você é jovem, pode imaginar por muito tempo que é imortal, mas como estudante de medicina, encarando a morte diariamente nos corredores, era difícil. Isso foi o que me ocorreu naquela tarde: uma combinação entre a consciência de que eu não fizera o trabalho duro que era necessário para responder a uma questão tão importante e a percepção de que a minha vida não duraria para sempre. Refletindo sobre isso, com meus 26 anos, sentado com aquela mulher maravilhosa, gentil e espiritual, compreendi que não podia jogar isso fora.
Nesse dia, ao lado de minha paciente, uma jornada começou para mim; uma jornada que eu relutava em iniciar, mas que sentia ser necessária; uma jornada que fortaleceria o meu ateísmo, conforme eu pensava àquela altura. Primeiro foi preciso compreender as questões em que as pessoas religiosas acreditavam e tive um tempo difícil investigando os princípios básicos dos credos mundiais. Fiquei muito confuso com as crenças que elas sustentavam.
Procurei um pastor metodista que morava na mesma rua que eu e o questionei sobre tudo isso. Ele me deu um exemplar do livro Cristianismo Puro e Simples, de C. S. Lewis, e me contou que o autor era um erudito de Oxford, uma mente prodigiosamente desenvolvida que viajara pelo mesmo caminho que eu. Lewis tinha sido ateísta e, intrigado pelo que os amigos cristãos diziam, decidiu refutar todos eles. Porém, descobriu que a evidência levava a outra direção, tornando-se uma das mais convincentes vozes cristãs do século 20. Por meio daquelas páginas, eu percebi, pela primeira vez, que alguém pode vir a crer com uma base racional e que o ateísmo era provavelmente a menos racional de todas as escolhas.
Levei três ou quatro meses para ler o livro todo, porque era muito inquietante ver os fundamentos do meu ateísmo desabando página após página e me deixando na posição de ter de aceitar a ideia da existência de Deus – algo para o qual eu não estava preparado. Percebi que o ateísmo reivindica uma “negativa universal” (não há Deus de forma alguma), o que é uma coisa muito difícil de provar em qualquer circunstância. Percebi que era ainda mais difícil fazê-lo diante dos muitos indicadores de Deus no universo: seu começo e seu fino ajuste em termos do modo como todas as constantes físicas, que determinam o comportamento da matéria e da energia, pareciam ter sido estabelecidas dentro de um intervalo muito preciso, a fim de tornar possível a vida.
E havia muitas outras coisas, incluindo minha paixão: a matemática, com sua então inexplicável capacidade de descrever o universo, algo que leva a pensar que o Criador deve ter sido um matemático. Todas essas coisas me pareciam convincentes, mas me conduziam apenas até o ponto de reconhecer a plausibilidade da crença em um tipo deísta2 de Criador, um Deus distante.
O argumento de Lewis sobre a lei moral, que seria o conhecimento do que é certo e do que é errado – o qual nos distingue de todas as outras espécies – foi o que considerei mais convincente até hoje. Trata-se de uma lei moral que quebramos regularmente, mas que sabemos estar presente. Frequentemente, ela faz pouco sentido em termos naturalistas, porque nos convoca, às vezes, a agir com um autossacrifício radical, o qual claramente não é bom para a transmissão do nosso DNA, que é tudo o que importa para a seleção natural.
Essa parte do argumento levou-me a reconhecer que, se Deus existe, então ele se preocupa com as pessoas. Por qual outra razão essa lei moral seria algo que as pessoas, incluindo eu, experimentam? Então comecei a entender que talvez Deus estivesse me chamando por meio de uma linguagem com a qual eu vivera toda a minha vida sem apreciar sua fonte. Se isso era verdade, significava também que Deus era bom e santo e que estava me chamando para ser como ele. Dadas todas as vezes em que a lei moral me ordenou a fazer uma coisa e eu fiz outra, eu estava e estou desesperadamente aquém desse padrão.
A descoberta de que poderia haver um Deus que se importava comigo foi uma profunda revelação, mas com ela veio uma crescente preocupação. Eu estava começando a descobrir Deus, porém o caráter desse Deus santo estava muito além do que eu era capaz de alcançar com todas as minhas falhas. Essa angústia foi abençoadamente respondida quando comecei a compreender a pessoa de Jesus Cristo.
Eu pensava que Cristo era mais mito que história, mas depois de ler sobre ele percebi que se tratava de uma figura histórica. Há bastante evidência da existência de Jesus e de seus ensinos, além de bases ainda mais fortes para sua literal ressurreição dentre os mortos. Embora isso tenha me parecido inacreditável no início, começou a fazer o mais perfeito sentido posteriormente. Entendi que eu seria eternamente separado de Deus se não houvesse algum tipo de ponte para me tornar justo, dadas as minhas imperfeições e a santidade de Deus. E compreendi que a ponte perfeita era o próprio Jesus. Isso foi uma revelação alegre e também assustadora. À medida que tudo se encaixava, percebi que tinha ido longe demais nessa estrada e que seria muito difícil voltar atrás.
Confuso com tudo isso, numa bela tarde – um daqueles momentos raros em que, como médico residente, eu tinha uma pequena folga –, fui caminhar nas montanhas Cascade, no noroeste dos Estados Unidos. Era um dia ensolarado, o céu estava perfeitamente azul e eu tive aquela experiência, que ocasionalmente nos é dada, de ser aliviado de todas as distrações que, de outro modo, bloqueariam o caminho da reflexão sobre o que realmente importa. Eu havia acabado de deixar o carro para andar em uma trilha de caminhada. Não fazia ideia de onde estava e é de surpreender que eu não tenha me perdido. Enquanto avançava pela trilha, virei em uma esquina e ali estava a enorme parede de um penhasco bem na minha frente, no topo do qual deve ter existido um pequeno gotejamento de água. À medida que o fluxo descia pelo penhasco, ele congelou e assim estava, cintilando sob o sol, essa queda d’água que descia em três cascatas. Eu nunca vira algo parecido antes. Ver essa beleza natural tiraria o fôlego de qualquer pessoa, fosse ela espiritual ou não.
Contudo, essa visão me capturou em um momento no qual reconheci uma oportunidade de fazer a pergunta que todos nós teremos de nos fazer um dia: “Eu creio em Deus? Estou pronto para dizer sim a essa questão?”. E descobri que toda a minha resistência havia ido embora. Não de um modo que eu poderia explicar com precisão, dizendo apenas: “Sim, eu segui este argumento lógico e aquele teorema”. Não; o que tive foi apenas um sentimento de que “estou pronto para me entregar ao amor que Deus representa e que me alcançou. Estou pronto para colocar minha resistência de lado e me tornar o cristão que entendo que Deus quer que eu seja”. Eu caí sobre os joelhos e disse: “Eu quero isso. Cristo, venha e seja o meu Salvador, mude a minha vida. Eu não posso fazer isso por mim mesmo e talvez amanhã eu pense que fiquei louco, mas hoje isso é real. Isso é a coisa mais real que já me aconteceu”.
Eu não fiquei calado sobre a minha nova fé. Como um jovem cristão cheio de entusiasmo, eu queria compartilhá-la com todo mundo. Meus colegas foram geralmente simpáticos, ainda que tenham ficado bastante intrigados. Poucos deles, sabendo que eu já estava no caminho de enfraquecer minha carreira profissional no campo da genética, sugeriram que eu estava em uma rota de colisão e que meu cérebro corria o risco de explodir, caso eu permitisse que a minha fé em Jesus e a exploração de genética e evolução entrassem em contato. A incompatibilidade entre essas visões viria à tona, e eu terminaria entrando em crise e caindo em um estado miserável.
Logo depois de me tornar cristão, entretanto, eu constatei que não havia um conflito real entre a crença em um Deus Criador e o uso da ciência para compreender como Deus fez essa criação. Como foi bem documentado por uma pesquisa recente, cerca de 40% dos cientistas, nos Estados Unidos, acredita em um Deus pessoal. Não consigo imaginar como essa ciência, que mal nos permite examinar a criação de Deus, o ameaçaria de algum modo. O que de fato temos é a oportunidade de compreender Deus melhor e ficar mais maravilhados com a sua criação.
Tenho sido mais franco que muitos cientistas ao falar sobre ciência e fé. Não havia muita coisa escrita sobre como reunir essas duas cosmovisões, de modo que decidi falar e escrever mais abertamente sobre isso. No geral, minha experiência ao fazê-lo foi realmente estimulante e resultou na chance de falar, a milhares de pessoas, sobre um tópico que muitas vezes não é discutido, bem como em um modo de encorajar as pessoas a refletirem sobre esse tema, em vez de empurrá-lo para o lado. Não é fácil para um cientista, no entanto, falar sobre isso. Em círculos acadêmicos, há um certo tabu quanto a conversas sobre fé e, sendo assim, o tema esvaziaria um auditório mais rapidamente que qualquer outro que eu conheço. Acredita-se que isso não é assunto da ciência e que deveria ser deixado para conversas em casa ou na igreja. Eu compreendo as razões desse desconforto, mas considero uma infelicidade que essa visão tenha levado tanta gente a acreditar que ciência e fé são incompatíveis.
Você pode ler a Bíblia ou ler o livro da natureza e encontrará verdade nos dois. É preciso ser cuidadoso, naturalmente, sobre o tipo de questão a fazer e sobre quais ferramentas são necessárias para cada questão. Parece-me que colocar de lado um desses tipos de investigação e dizer que ele seria “inapropriado ou perigoso” é empobrecer a oportunidade de tocar as questões mais importantes da vida. A nós é dado apenas um breve tempo neste planeta maravilhoso, então por que deveríamos nos limitar? Precisamos buscar a verdade em todas as direções.
Notas
Notas
1. Diz respeito à matemática dos átomos e das moléculas e, também, às partículas que compõem os átomos, tais como elétrons, prótons, quarks e glúons.
2. O deísmo é a crença de que Deus criou o universo, mas desde então não se envolveu mais com ele.
> Texto originalmente publicado no livro O Teste da Fé (Editora Ultimato, 2013).
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