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- 11 de janeiro de 2008
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Ano-Novo às avessas
Embora escrito há 10 anos, o texto de Allinges Lenz César Mafra, "Ano Novo às avessas" (ed. 250 -- jan. 1998), ainda é atual. Infelizmente encaixa-se perfeitamente na nossa realidade. Leia abaixo alguns trechos do artigo:
"Passou o Natal, chegou o Ano Novo... No entanto, desatinada, a violência continua! (...)
Estamos cada dia mais solitários, e em nossa solidão, ou monologamos, caindo na exasperação, ou escolhemos o anonimato, o mutismo. (...) Os eternos comentários sobre novela, futebol, jogos e entretenimentos superficiais, improdutivos. (...)
Passou o Natal -- cheio de promessas, presentes e boas intenções... Mas continuamos pensando e agindo do mesmo jeito: o presente mais caro para o mais rico, o mais famoso, aquele que nos renderá mais créditos... E esquecemos que o melhor presente é amor; é troca de amor. (...)
Que amor é diálogo, mesmo insípido, com os velhinhos repetitivos. (...)
Esquecemos que amar é chorar com os que choram, é rir com os que riem, sonhar com os que sonham, ouvir mais as pessoas!
É amar melhor as crianças, conversar mais com elas (...) Pois elas já nasceram com ilusões, mas estão hoje tão desiludidas, tão rebeldes, tão envelhecidas!
Por nossa causa -- nós, os adultos, que só temos reprimendas, castigos impulsivos, indiferença, gritos, queixas, palavras ásperas, mau exemplo (...) Nós que não temos tempo sequer para inventar-lhes um bom programa, sair com elas, propiciar-lhes alegres férias; ou ler-lhes algo interessante, voltando ao meigo tempo dos contadores de história.
Menino Jesus, perdoa a violência, perdoa o egoísmo e o desamor! (...) Inverte este tempo! Dá-nos um outro ano -- às avessas --, sem correrias, sem pressa.
Com silêncio, com amor, muito amor!"
Para receber a revista Ultimato em sua casa, assine aqui.
"Passou o Natal, chegou o Ano Novo... No entanto, desatinada, a violência continua! (...)
Estamos cada dia mais solitários, e em nossa solidão, ou monologamos, caindo na exasperação, ou escolhemos o anonimato, o mutismo. (...) Os eternos comentários sobre novela, futebol, jogos e entretenimentos superficiais, improdutivos. (...)
Passou o Natal -- cheio de promessas, presentes e boas intenções... Mas continuamos pensando e agindo do mesmo jeito: o presente mais caro para o mais rico, o mais famoso, aquele que nos renderá mais créditos... E esquecemos que o melhor presente é amor; é troca de amor. (...)
Que amor é diálogo, mesmo insípido, com os velhinhos repetitivos. (...)
Esquecemos que amar é chorar com os que choram, é rir com os que riem, sonhar com os que sonham, ouvir mais as pessoas!
É amar melhor as crianças, conversar mais com elas (...) Pois elas já nasceram com ilusões, mas estão hoje tão desiludidas, tão rebeldes, tão envelhecidas!
Por nossa causa -- nós, os adultos, que só temos reprimendas, castigos impulsivos, indiferença, gritos, queixas, palavras ásperas, mau exemplo (...) Nós que não temos tempo sequer para inventar-lhes um bom programa, sair com elas, propiciar-lhes alegres férias; ou ler-lhes algo interessante, voltando ao meigo tempo dos contadores de história.
Menino Jesus, perdoa a violência, perdoa o egoísmo e o desamor! (...) Inverte este tempo! Dá-nos um outro ano -- às avessas --, sem correrias, sem pressa.
Com silêncio, com amor, muito amor!"
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É jornalista e assistente editorial da Ultimato.
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