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- 21 de novembro de 2017
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Aliança Evangélica reúne 120 líderes em encontro nacional e aprova planos e metas para o triênio
Por Lissânder Dias
Sob o teto da histórica Catedral Metodista, no coração da cidade São Paulo, 120 pastores e líderes reuniram-se no feriado de Proclamação da República (15/11) para o Encontro e a Assembleia Trienal da Aliança Cristã Evangélica Brasileira. O evento começou às 9h da manhã e terminou antes das 18h.
Foi um tempo rico de olhar para trás e constatar a “boa mão” do Senhor na caminhada de sete anos da Aliança. Avanços, dificuldades e desafios em prol da unidade da igreja, sem perder o compromisso com a missão de Deus. Este foi o desejo demonstrado nas conversas e reflexões dos integrantes da Aliança.
Orações pelo Brasil
A Assembleia começou com um momento de oração, dirigido pela missionária e professora Durvalina Bezerra, do Seminário Betel Brasileiro. Ela convidou os presentes a orarem pela unidade da Igreja. Em seguida, o Pr. Tércio Freire, do Vale da Benção, levantou um clamor pelo nosso país. Durvalina pediu então para que todos orassem em duplas ou trios pela educação e pela segurança no Brasil. As lembranças da situação crítica pela qual o Brasil vive, especialmente nestas duas áreas, gerou um tempo comovente de intercessões. E, por fim, Durvalina, lembrando a oração de Jesus em João 17.21 (“para que todos sejam um... para que o mundo creia que tu me enviaste”), orou para que os brasileiros creiam em Cristo. “Para que o mundo creia, a igreja precisa estar unida. A salvação da nação virá pelo poder do Evangelho. Salva o Brasil, ó Senhor! Levanta uma igreja forte e unida que quebre barreiras denominacionais!”, intercedeu.
Igreja versus cultura?
Após um breve período de cânticos dirigido pela equipe da Catedral Metodista, o Pr. Estevam Fernandes, da Primeira Igreja Batista de João Pessoa (PB) e integrante do Conselho de Referência da Aliança, discorreu sobre o primeiro tema do dia: “A crise brasileira e a vocação da igreja”. Ele iniciou afirmando que muito da crise brasileira também é global, porque, na verdade, o mundo todo vive em “tempos difíceis”, citando a palavra do apóstolo Paulo a Timóteo: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobreviverão tempos difíceis” (2 Tm 3.1). Estevam destacou que estas dificuldades estão evidentes na tensão entre a igreja e a cultura, e que se agrava mais rapidamente com o avanço tecnológico. Ele fez uma leitura histórica a partir disso:
“Nos anos 70 havia na igreja a tensão entre ditadura militar e liberdade de expressão. Enquanto havia cultos cívico-militares cheios de verdes-olivas, pastores eram denunciados aos militares como subversivos. No campo da cultura, discutíamos se era permitido ter bateria na igreja, e se os barbudos do VPC poderiam cantar. Naquela época, ser crente era ser inimigo da cultura. Nos anos 80, a nossa tensão era entre os tradicionais e os renovados (‘carismáticos’). Foi quando eu me tornei pastor: de um lado a minissaia, de outro a ‘paz do Senhor’. Não falávamos nada sobre sexualidade. Hoje é mais difícil, com as tensões ligadas à cultura que nos cerca. Nenhum pastor hoje terá um ministério relevante se não souber fazer uma leitura da cultura de hoje, se não tiver uma cosmovisão cristã”.
Fernandes ainda citou algumas características da cultura que chamou “retrato do nosso tempo”:
- Autonomia da cultura
- Hedonismo como razão de vida
- Relativismo radical
- Narcisismo crônico
- Cultura da imagem e do espetáculo
“Vivemos mundo do faz de conta, uma superficialidade crônica. Faz de conta que estamos juntos. A verdade é que vivemos um processo inconsciente e desorientador”, avalia ele.
Por fim, o pastor batista lançou alguns desafios que ele considera fundamentais para a igreja e para a Aliança. “A Aliança precisa olhar para si mesma mediante a cultura”, disse. Os desafios giram em torno da presença real do senhorio de Cristo e da soberania da Palavra de Deus no meio da cultura hoje, que devem levar a Igreja brasileira a buscar a essência. “Quem pensa em essência não se contenta com o periférico”. Fernandes ainda lembrou a importância do desenvolvimento de relacionamentos significativos em meio a um mundo gospel de “culto ao culto” e de “show no lugar do culto”. Entre os desafios ministeriais, o pastor listou: 1) a confrontação e a graça; 2) a experiência e a convivência; 3) a Palavra e a esperança; 4) os valores como princípios bíblicos.
“Sobram prédios, faltam valores. A igreja deve ser a voz da esperança neste mundo. Devemos olhar para o Brasil e sermos a esperança que falta”, concluiu Fernandes.
Após a preleção, veio o intervalo para o café e, na sequência, houve um expediente em que foram escolhidas algumas comissões para os trabalhos da assembleia, como a Comissão de Elegibilidade, para receber nome de candidatas e candidatos para integrarem o Conselho Coordenador da Aliança. Em seguida, os participantes reuniram-se em grupos com o objetivo de sugerirem ações estratégicas e darem suas opiniões sobre o que a Aliança deve fazer para apoiar a igreja evangélica no Brasil, face à missão de Deus, fortalecer o seu testemunho e para fortalecer a representatividade da própria Aliança. O resultado deste trabalho em grupo será compartilhado em breve pela equipe de comunicação.
O desafio pastoral de acolher homoafetivos
À tarde, o Encontro teve o painel “Desafios pastorais frente à ideologia/teoria de gênero”, com os psicólogos Ageu Heringer Lisboa e Fátima Fontes, e moderação do teólogo Valdir Steuernagel. Diante de um tema complexo e polêmico, os palestrantes focaram mais o âmbito pastoral do que a discussão política. Eles enfatizaram a necessidade de aprendermos a acolher as pessoas que experimentam os dramas da homoafetividade. “A população LGBTI é um povo não-alcançado”, disse um deles. Ambos criticaram posturas beligerantes por parte de segmentos evangélicos.
Ageu Lisboa foi o primeiro a falar. Ele mencionou 45 tipos de gêneros atualmente catalogados e assim ilustrou a complexidade e a confusão que a questão gera na identidade das pessoas. “Ela não será resolvida só com citações bíblicas. Os grupos estão ‘saindo do armário’ e a igreja está entrando no subterrâneo. Jesus é a chave hermenêutica. Como Jesus caminhou?”, perguntou Ageu. Ele também alertou para a necessidade de estabelecimento de protocolos mais sérios diante das falhas de diagnósticos e do debate sobre os limites da bioética.
A doutora em psicologia Fátima Fontes, lembrou que “há muito sofrimento envolto e que não temos tido coragem para mergulhar nesta realidade”. Ela comparou a igreja com um barco, que representa a salvação para quem está no mar à deriva. “Quando colocamos as pessoas para fora do barco, na verdade, estamos levando-as à morte”, disse.
Ageu e Fátima ressaltaram que não há motivo para ter medo no acolhimento ao homoafetivo que pedir ajuda. “Não se preocupem. Nunca haverá criminalização de acolhimento. A regulamentação jurídica diz respeito apenas à participação em processos públicos onde houver promessa de cura homoafetiva”, disse um deles.
>>> Homofobia ou ágape? <<<
>>> A missão da igreja frente à homossexualidade <<<
Fátima falou um pouco mais sobre o que significa acolher:
“Acolher é uma experiência extremamente difícil. Temos que atravessar a repulsa pelo diferente, aprender a aguentá-lo, a viver com ele. O homoafetivo é uma pessoa, não apenas seu desejo”. Ela disse que o tratamento vai até onde é possível. Mas o que é possível? “Uma reorganização da própria vida. O caminho é longo, precisamos reconhecer que é difícil”.
No final, Valdir Steuernagel lembrou que pecado continua sendo pecado e que precisamos tomar uma atitude pastoral. “Estamos diante de um cenário parecido com o de Jesus. Ele olhou para as pessoas e teve compaixão delas. Estamos atrapalhados. Não dá mais para fechar os olhos. Precisamos olhar com compaixão”. Valdir ainda falou que o assunto de gênero também diz respeito ao feminino. “Vivemos uma desvalorização do feminino”, disse ele.
Olhando para trás e para frente
A parte final do dia foi dedicada à Assembleia Trienal, com aprovação dos relatórios e planos para os próximos três anos. “A Aliança deve ser protagonista para este tempo”, lembrou Elias Fahur, ao apresentar os planos e metas.
Na ocasião também foi eleita a composição do Conselho Gestor para o triênio 2018-2020, dentre os 15 membros do Conselho Coordenador. São estes os cinco que assumem a função da diretoria estatutária:
- Presidente: Silas Tostes
- Vice-presidente: Áureo Rodrigues de Oliveira
- Segundo Vice-presidente: Olgálvaro Bastos
- Secretário: Jorge Henrique Barro
- Tesoureiro: Roberto Costa de Oliveira
O Pr. Ariovaldo Ramos foi convidado a orar pelo Conselho eleito e também por todos os integrantes das comissões específicas e pela equipe executiva. Em sua oração, ele rogou ao Pai que a Aliança caminhe junto com o Espírito Santo na missão da igreja para este tempo.
Wilson Costa, diretor executivo da Aliança, leu a declaração final do encontro intitulada No Caminho do Reino de Deus.
A programação foi encerrada com a celebração da Ceia do Senhor por todos os presentes, tendo como celebrantes os Bispos Stanley da Silva Moraes e José Carlos Peres, representantes da Igreja Metodista, a qual recebeu a Aliança em sua Catedral, em São Paulo. Eles lembraram que Jesus foi feito carne e sangue por nós.
Após o término da programação, com os participantes ainda em plenária, Morgana Boostel, Secretária de Engajamento Missionário da ABUB, pediu a palavra para levantar a questão da morte de jovens negros no Brasil e sugeriu que a Aliança escrevesse uma declaração de lamento sobre isso a ser publicado no Dia da Consciência Negra (20 de novembro). “A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil”, disse. A liderança aprovou a proposição e solicitou que Welinton Pereira, diretor interino da Visão Mundial e da assessoria temática de direitos humanos e advocacy da Aliança, providenciasse o referido texto. Welinton convidou a própria Morgana para ajudá-lo na redação.
“Tivemos vários pontos positivos na assembleia, mas a comunhão no Senhor num grupo tão heterogêneo nos fazia não apenas falar sobre aliança, mas nós mesmos sermos, de fato, uma aliança. Havia alegria e gratidão no ar. Ao Senhor seja a honra e a glória! Agradeço a todos que nos ajudam nesse complexo processo”, conclui Silas Tostes, presidente reeleito do Conselho Gestor.
*Publicado originalmente no site da Aliança.
Sob o teto da histórica Catedral Metodista, no coração da cidade São Paulo, 120 pastores e líderes reuniram-se no feriado de Proclamação da República (15/11) para o Encontro e a Assembleia Trienal da Aliança Cristã Evangélica Brasileira. O evento começou às 9h da manhã e terminou antes das 18h.
Foi um tempo rico de olhar para trás e constatar a “boa mão” do Senhor na caminhada de sete anos da Aliança. Avanços, dificuldades e desafios em prol da unidade da igreja, sem perder o compromisso com a missão de Deus. Este foi o desejo demonstrado nas conversas e reflexões dos integrantes da Aliança.
Orações pelo Brasil
A Assembleia começou com um momento de oração, dirigido pela missionária e professora Durvalina Bezerra, do Seminário Betel Brasileiro. Ela convidou os presentes a orarem pela unidade da Igreja. Em seguida, o Pr. Tércio Freire, do Vale da Benção, levantou um clamor pelo nosso país. Durvalina pediu então para que todos orassem em duplas ou trios pela educação e pela segurança no Brasil. As lembranças da situação crítica pela qual o Brasil vive, especialmente nestas duas áreas, gerou um tempo comovente de intercessões. E, por fim, Durvalina, lembrando a oração de Jesus em João 17.21 (“para que todos sejam um... para que o mundo creia que tu me enviaste”), orou para que os brasileiros creiam em Cristo. “Para que o mundo creia, a igreja precisa estar unida. A salvação da nação virá pelo poder do Evangelho. Salva o Brasil, ó Senhor! Levanta uma igreja forte e unida que quebre barreiras denominacionais!”, intercedeu.
Igreja versus cultura?
Após um breve período de cânticos dirigido pela equipe da Catedral Metodista, o Pr. Estevam Fernandes, da Primeira Igreja Batista de João Pessoa (PB) e integrante do Conselho de Referência da Aliança, discorreu sobre o primeiro tema do dia: “A crise brasileira e a vocação da igreja”. Ele iniciou afirmando que muito da crise brasileira também é global, porque, na verdade, o mundo todo vive em “tempos difíceis”, citando a palavra do apóstolo Paulo a Timóteo: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobreviverão tempos difíceis” (2 Tm 3.1). Estevam destacou que estas dificuldades estão evidentes na tensão entre a igreja e a cultura, e que se agrava mais rapidamente com o avanço tecnológico. Ele fez uma leitura histórica a partir disso:
“Nos anos 70 havia na igreja a tensão entre ditadura militar e liberdade de expressão. Enquanto havia cultos cívico-militares cheios de verdes-olivas, pastores eram denunciados aos militares como subversivos. No campo da cultura, discutíamos se era permitido ter bateria na igreja, e se os barbudos do VPC poderiam cantar. Naquela época, ser crente era ser inimigo da cultura. Nos anos 80, a nossa tensão era entre os tradicionais e os renovados (‘carismáticos’). Foi quando eu me tornei pastor: de um lado a minissaia, de outro a ‘paz do Senhor’. Não falávamos nada sobre sexualidade. Hoje é mais difícil, com as tensões ligadas à cultura que nos cerca. Nenhum pastor hoje terá um ministério relevante se não souber fazer uma leitura da cultura de hoje, se não tiver uma cosmovisão cristã”.
Fernandes ainda citou algumas características da cultura que chamou “retrato do nosso tempo”:
- Autonomia da cultura
- Hedonismo como razão de vida
- Relativismo radical
- Narcisismo crônico
- Cultura da imagem e do espetáculo
“Vivemos mundo do faz de conta, uma superficialidade crônica. Faz de conta que estamos juntos. A verdade é que vivemos um processo inconsciente e desorientador”, avalia ele.
Por fim, o pastor batista lançou alguns desafios que ele considera fundamentais para a igreja e para a Aliança. “A Aliança precisa olhar para si mesma mediante a cultura”, disse. Os desafios giram em torno da presença real do senhorio de Cristo e da soberania da Palavra de Deus no meio da cultura hoje, que devem levar a Igreja brasileira a buscar a essência. “Quem pensa em essência não se contenta com o periférico”. Fernandes ainda lembrou a importância do desenvolvimento de relacionamentos significativos em meio a um mundo gospel de “culto ao culto” e de “show no lugar do culto”. Entre os desafios ministeriais, o pastor listou: 1) a confrontação e a graça; 2) a experiência e a convivência; 3) a Palavra e a esperança; 4) os valores como princípios bíblicos.
“Sobram prédios, faltam valores. A igreja deve ser a voz da esperança neste mundo. Devemos olhar para o Brasil e sermos a esperança que falta”, concluiu Fernandes.
Após a preleção, veio o intervalo para o café e, na sequência, houve um expediente em que foram escolhidas algumas comissões para os trabalhos da assembleia, como a Comissão de Elegibilidade, para receber nome de candidatas e candidatos para integrarem o Conselho Coordenador da Aliança. Em seguida, os participantes reuniram-se em grupos com o objetivo de sugerirem ações estratégicas e darem suas opiniões sobre o que a Aliança deve fazer para apoiar a igreja evangélica no Brasil, face à missão de Deus, fortalecer o seu testemunho e para fortalecer a representatividade da própria Aliança. O resultado deste trabalho em grupo será compartilhado em breve pela equipe de comunicação.
O desafio pastoral de acolher homoafetivos
À tarde, o Encontro teve o painel “Desafios pastorais frente à ideologia/teoria de gênero”, com os psicólogos Ageu Heringer Lisboa e Fátima Fontes, e moderação do teólogo Valdir Steuernagel. Diante de um tema complexo e polêmico, os palestrantes focaram mais o âmbito pastoral do que a discussão política. Eles enfatizaram a necessidade de aprendermos a acolher as pessoas que experimentam os dramas da homoafetividade. “A população LGBTI é um povo não-alcançado”, disse um deles. Ambos criticaram posturas beligerantes por parte de segmentos evangélicos.
Ageu Lisboa foi o primeiro a falar. Ele mencionou 45 tipos de gêneros atualmente catalogados e assim ilustrou a complexidade e a confusão que a questão gera na identidade das pessoas. “Ela não será resolvida só com citações bíblicas. Os grupos estão ‘saindo do armário’ e a igreja está entrando no subterrâneo. Jesus é a chave hermenêutica. Como Jesus caminhou?”, perguntou Ageu. Ele também alertou para a necessidade de estabelecimento de protocolos mais sérios diante das falhas de diagnósticos e do debate sobre os limites da bioética.
A doutora em psicologia Fátima Fontes, lembrou que “há muito sofrimento envolto e que não temos tido coragem para mergulhar nesta realidade”. Ela comparou a igreja com um barco, que representa a salvação para quem está no mar à deriva. “Quando colocamos as pessoas para fora do barco, na verdade, estamos levando-as à morte”, disse.
Ageu e Fátima ressaltaram que não há motivo para ter medo no acolhimento ao homoafetivo que pedir ajuda. “Não se preocupem. Nunca haverá criminalização de acolhimento. A regulamentação jurídica diz respeito apenas à participação em processos públicos onde houver promessa de cura homoafetiva”, disse um deles.
>>> Homofobia ou ágape? <<<
>>> A missão da igreja frente à homossexualidade <<<
Fátima falou um pouco mais sobre o que significa acolher:
“Acolher é uma experiência extremamente difícil. Temos que atravessar a repulsa pelo diferente, aprender a aguentá-lo, a viver com ele. O homoafetivo é uma pessoa, não apenas seu desejo”. Ela disse que o tratamento vai até onde é possível. Mas o que é possível? “Uma reorganização da própria vida. O caminho é longo, precisamos reconhecer que é difícil”.
No final, Valdir Steuernagel lembrou que pecado continua sendo pecado e que precisamos tomar uma atitude pastoral. “Estamos diante de um cenário parecido com o de Jesus. Ele olhou para as pessoas e teve compaixão delas. Estamos atrapalhados. Não dá mais para fechar os olhos. Precisamos olhar com compaixão”. Valdir ainda falou que o assunto de gênero também diz respeito ao feminino. “Vivemos uma desvalorização do feminino”, disse ele.
Olhando para trás e para frente
A parte final do dia foi dedicada à Assembleia Trienal, com aprovação dos relatórios e planos para os próximos três anos. “A Aliança deve ser protagonista para este tempo”, lembrou Elias Fahur, ao apresentar os planos e metas.
Na ocasião também foi eleita a composição do Conselho Gestor para o triênio 2018-2020, dentre os 15 membros do Conselho Coordenador. São estes os cinco que assumem a função da diretoria estatutária:
- Presidente: Silas Tostes
- Vice-presidente: Áureo Rodrigues de Oliveira
- Segundo Vice-presidente: Olgálvaro Bastos
- Secretário: Jorge Henrique Barro
- Tesoureiro: Roberto Costa de Oliveira
O Pr. Ariovaldo Ramos foi convidado a orar pelo Conselho eleito e também por todos os integrantes das comissões específicas e pela equipe executiva. Em sua oração, ele rogou ao Pai que a Aliança caminhe junto com o Espírito Santo na missão da igreja para este tempo.
Wilson Costa, diretor executivo da Aliança, leu a declaração final do encontro intitulada No Caminho do Reino de Deus.
A programação foi encerrada com a celebração da Ceia do Senhor por todos os presentes, tendo como celebrantes os Bispos Stanley da Silva Moraes e José Carlos Peres, representantes da Igreja Metodista, a qual recebeu a Aliança em sua Catedral, em São Paulo. Eles lembraram que Jesus foi feito carne e sangue por nós.
Após o término da programação, com os participantes ainda em plenária, Morgana Boostel, Secretária de Engajamento Missionário da ABUB, pediu a palavra para levantar a questão da morte de jovens negros no Brasil e sugeriu que a Aliança escrevesse uma declaração de lamento sobre isso a ser publicado no Dia da Consciência Negra (20 de novembro). “A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil”, disse. A liderança aprovou a proposição e solicitou que Welinton Pereira, diretor interino da Visão Mundial e da assessoria temática de direitos humanos e advocacy da Aliança, providenciasse o referido texto. Welinton convidou a própria Morgana para ajudá-lo na redação.
“Tivemos vários pontos positivos na assembleia, mas a comunhão no Senhor num grupo tão heterogêneo nos fazia não apenas falar sobre aliança, mas nós mesmos sermos, de fato, uma aliança. Havia alegria e gratidão no ar. Ao Senhor seja a honra e a glória! Agradeço a todos que nos ajudam nesse complexo processo”, conclui Silas Tostes, presidente reeleito do Conselho Gestor.
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