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- 08 de abril de 2014
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Aliança Evangélica Mundial diz que conflitos em República Centro-Africana não são de origem religiosa
A Aliança Evangélica Mundial (WEA na sigla original) está profundamente preocupada com o crescimento em larga escala de sofrimento humano na República Centro-Africana (RCA) com milhares de pessoas sendo mortas, cerca de 1 milhão de desabrigadas e metade da população necessitando de ajuda humanitária. Segundo a WEA, a mídia do país e a internacional têm interpretado incorretamente a raiz da crise na República como um conflito religioso entre cristãos e muçulmanos, atiçando, assim, as tensões religiosas no país.
“O conflito na República Centro-Africana não é um conflito motivado pela religião,” afirmou o Dr. Geoff Tunnicliffe, Secretário Geral da WEA. “A Aliança está profundamente perturbada pelo fato de que alguns envolvidos nos conflitos, agora, utilizam sua religião para justificar seus crimes hediondos, dividindo, dessa forma, o país em linhas religiosas.”
A WEA apoia e dá destaque à Declaração de Bangui II que foi produzida em 4 de fevereiro por líderes de igrejas que representam mais de 80% da população centro-africana. Ela declara que uma crise político-militar tem rompido a estrutura social do país, e tem causado dor, sofrimento, e aflição inimagináveis ao povo. A desordem sócio-política levou um número de centro-africanos a entrarem em rebeliões armadas contra o Estado.
A Declaração segue explicando quão importante é não interpretar de maneira equivocada as partes envolvidas no conflito como estando fundamentadas em suas respectivas religiões. Acerca do que declara: “Nós não aceitamos o estigma que diz que os anti-Balaka são milícia ‘cristã’. Certamente os anti-Balaka são a expressão de exasperação, com as contínuas atrocidades, de uma parte da população – principalmente vocês, homens – que testemunharam múltiplos abusos cometidos pelos rebeldes Seleka. Entretanto, nós reiteramos que nem todos anti-Balaka são cristãos e nem todos cristãos são anti-Balaka. O mesmo vale para ex-Selekas e muçulmanos. A incorreta terminologia que rotula anti-Balaka de ‘milícias cristãs’ deve ser corrigida. Essa amálgama propagada pela mídia nacional e internacional tem dado uma conotação religiosa à crise que é, em sua essência, política e militar”.
A Aliança das Igrejas Evangélicas na RCA, o corpo nacional de membros da WEA, juntamente com representantes da Igreja Católica Romana e a Associação Islâmica do país têm trabalhado em conjunto para conter a violência, diminuir a tensão, e reconciliar as comunidades locais.
“Nós estamos encorajados pela destemida posição da Igreja na República Centro-Africana, claramente se distanciando das facções envolvidas no conflito. Ao invés de atiçar o conflito, os líderes religiosos da RCA clamam pelo estancamento, pela paz e reconciliação, através de seus exemplos” diz o Dr. Tunnicliffe, referindo-se aos exemplos dos muçulmanos que encontram abrigo em igrejas, encontros públicos envolvendo tanto cristãos quanto muçulmanos para trazer mensagens de perdão e reconciliação, e outras iniciativas de reconciliação conjunta.
A WEA convoca a todos para orarem pela República Centro-Africana, pela Igreja e seus esforços para chegar à reconciliação e pela construção da paz, pelo fim do sofrimento das pessoas na RCA, para que elas possam viver lado a lado sem medo ou discriminação, e comecem a reconstruir seu amado país.
Nota:
Notícia publicada em 14 de março. Tradução: Maisa Haddad.
Leia mais
Leia no site da ONU mais informações sobre a crise na República Centro-Africana.
Legenda da foto:
Um homem e seu filho caminham por um local lotado de pessoas deslocadas internamente na capital da República Centro-Africana, Bangui, onde muitas pessoas permanecem em risco. Foto: ACNUR/S. Phelps
“O conflito na República Centro-Africana não é um conflito motivado pela religião,” afirmou o Dr. Geoff Tunnicliffe, Secretário Geral da WEA. “A Aliança está profundamente perturbada pelo fato de que alguns envolvidos nos conflitos, agora, utilizam sua religião para justificar seus crimes hediondos, dividindo, dessa forma, o país em linhas religiosas.”
A WEA apoia e dá destaque à Declaração de Bangui II que foi produzida em 4 de fevereiro por líderes de igrejas que representam mais de 80% da população centro-africana. Ela declara que uma crise político-militar tem rompido a estrutura social do país, e tem causado dor, sofrimento, e aflição inimagináveis ao povo. A desordem sócio-política levou um número de centro-africanos a entrarem em rebeliões armadas contra o Estado.
A Declaração segue explicando quão importante é não interpretar de maneira equivocada as partes envolvidas no conflito como estando fundamentadas em suas respectivas religiões. Acerca do que declara: “Nós não aceitamos o estigma que diz que os anti-Balaka são milícia ‘cristã’. Certamente os anti-Balaka são a expressão de exasperação, com as contínuas atrocidades, de uma parte da população – principalmente vocês, homens – que testemunharam múltiplos abusos cometidos pelos rebeldes Seleka. Entretanto, nós reiteramos que nem todos anti-Balaka são cristãos e nem todos cristãos são anti-Balaka. O mesmo vale para ex-Selekas e muçulmanos. A incorreta terminologia que rotula anti-Balaka de ‘milícias cristãs’ deve ser corrigida. Essa amálgama propagada pela mídia nacional e internacional tem dado uma conotação religiosa à crise que é, em sua essência, política e militar”.
A Aliança das Igrejas Evangélicas na RCA, o corpo nacional de membros da WEA, juntamente com representantes da Igreja Católica Romana e a Associação Islâmica do país têm trabalhado em conjunto para conter a violência, diminuir a tensão, e reconciliar as comunidades locais.
“Nós estamos encorajados pela destemida posição da Igreja na República Centro-Africana, claramente se distanciando das facções envolvidas no conflito. Ao invés de atiçar o conflito, os líderes religiosos da RCA clamam pelo estancamento, pela paz e reconciliação, através de seus exemplos” diz o Dr. Tunnicliffe, referindo-se aos exemplos dos muçulmanos que encontram abrigo em igrejas, encontros públicos envolvendo tanto cristãos quanto muçulmanos para trazer mensagens de perdão e reconciliação, e outras iniciativas de reconciliação conjunta.
A WEA convoca a todos para orarem pela República Centro-Africana, pela Igreja e seus esforços para chegar à reconciliação e pela construção da paz, pelo fim do sofrimento das pessoas na RCA, para que elas possam viver lado a lado sem medo ou discriminação, e comecem a reconstruir seu amado país.
Nota:
Notícia publicada em 14 de março. Tradução: Maisa Haddad.
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Um homem e seu filho caminham por um local lotado de pessoas deslocadas internamente na capital da República Centro-Africana, Bangui, onde muitas pessoas permanecem em risco. Foto: ACNUR/S. Phelps
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