Opinião
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Abraçando uma teologia de "unidade na diversidade": Lições da história da igreja no norte da África
Por Mons Gunnar Selstø e Frank-Ole Thoresen
A história de como a igreja primitiva se expandiu pela Ásia Menor e encontrou uma base na Europa é bastante conhecida. No entanto, a história da expansão para o outro lado do Mediterrâneo, ao longo do norte da África, não é tão conhecida assim. Houve um tempo em que as maiores cidades do Império Romano eram, além de Roma, Alexandria, no Egito, e Cartago, na atual Turquia.
Essas cidades também se tornaram um reduto para a igreja cristã. Pensadores cristãos primitivos, como Tertuliano, Cipriano e Agostinho, nasceram no norte da África e serviram em Cartago. Com uma história tão rica, pode ser intrigante a expansão árabe pela região que ocorreu a partir do século VII. Muitos eruditos já debateram os motivos por que a igreja não conseguiu resistir aos novos dominadores.
Vários fatores podem contribuir para uma parte da resposta. No entanto, destacamos duas razões que podem ensinar algo para nós, hoje:
Contextualização ou unidade?
O movimento Donatista, que ganhou apoio entre os berberes, surgiu depois que o cristianismo se tornou a religião romana oficial. A Igreja Católica permaneceu política e culturalmente fiel ao Império Romano, enquanto a Igreja Donatista representava um movimento eclesiástico mais nacionalista, moldado pela comunidade berbere nativa. A Igreja Donatista adotou uma postura dogmática conservadora, mas incorporou uma forma de expressão mais carismática. Eles se orgulhavam de sua herança africana, de sua identidade como uma igreja de mártires e do ensino de Tertuliano sobre o discipulado radical e a pureza da vida cristã.
A Igreja Católica, por outro lado, enfatizava a universalidade da igreja, os ensinos de Tertuliano sobre unidade e o serviço da igreja à sociedade, trabalhando arduamente para se adaptar ao seu novo status de igreja oficial do Império Romano.
O conflito entre as igrejas Católica e Donatista pode então representar a tensão entre a igreja como entidade global e como entidade local – os Donatistas eram considerados uma ameaça à unidade da igreja.[1] Alguns dos fatores eram:
Devemos também prestar mais atenção à história da Igreja Donatista quando falamos da igreja no norte da África, no mínimo porque a Igreja Donatista resistiu diante da expansão muçulmana, enquanto a Igreja Católica fugiu. Além disso, somos tentados a pensar como L. R. Holme:
"Se a igreja tivesse conseguido acesso à grande quantidade de tribos berbere, se tivesse conseguido unir sob a bandeira de Cristo todo o entusiasmo que mais tarde apoiou a causa islâmica, poderia ter evitado que os Sarracenos esmagassem o cristianismo africano após a conquista da província, e poderia ter evitado até mesmo a conquista da província. Acontece que o ensino que atraiu fortemente a mente berbere foi condenado pela igreja como imperfeito, e aqueles que o ensinavam e criam nele estavam sujeitos a banimento por parte das autoridades eclesiásticas e seculares." (tradução livre).[3]
Pode ser doloroso para os envolvidos em missões quando uma igreja nativa busca separação e independência ou estabelece práticas que são pouco familiares ou desconhecidas. Apesar disso, missionários de hoje devem se perguntar se isso não é simplesmente resultado do amadurecimento da igreja.
A igreja entre o centro e a periferia cultural
Os berberes eram tradicionalmente nômades e permaneceram predominantemente rurais. Eles nunca foram tentados pela cultura das cidades, que era fortemente influenciada e dominada pelos imigrantes romanos e sua herança cultural. As sociedades berberes se organizavam em estruturas tribais, opondo-se naturalmente ao estado centralizado e controlado por Roma.
Ao longo dos séculos, as cidades no norte da África tornaram-se cada vez mais centros administrativos, povoados pela elite política, financeira, militar e religiosa. A Igreja Católica, o latim e a forma de vida romana eram dominantes em todos os aspectos. Assim, os berberes, apesar de representarem a população nativa e constituírem a maioria étnica, permaneceram culturalmente marginais, sem influência nem representação política, financeira e cultural.
Diversos estudos demonstraram como a conversão religiosa e o desenvolvimento religioso de vários grupos se inter-relacionam com as dinâmicas sociopolíticas e etnopolíticas, e, da mesma forma, devem ser interpretados a partir dessas estruturas.[4] As experiências de marginalização étnica e cultural podem ter um papel significativo no fortalecimento da identidade cultural de um grupo, em oposição ao grupo dominante.
A história da população berbere no Norte da África segue um padrão reconhecível nesse sentido. Quando o poder de ocupação romano desencorajou e perseguiu os cristãos durante os primeiros três séculos, surpreendentemente, o Cristianismo encontrou uma posição segura e prosperou entre a população berbere. Mais tarde, depois que a Igreja Católica se tornou a religião do Estado a partir do ano 380 d.C., os berberes se converteram da Igreja Católica para o Donatismo, e a perseguição continuou. Assim, o seguimento religioso e a identidade religiosa continuaram a constituir um elemento de oposição aos governantes estrangeiros na região durante esse considerável período de tempo.
Um padrão semelhante foi identificado em vários outros contextos, inclusive nos tempos modernos. Um dos exemplos é a história do desenvolvimento religioso em partes da África Oriental. Diversos estudos têm demonstrado como a oposição ao cristianismo ortodoxo do povo Amhara, grupo historicamente dominante, teve um papel significativo na formação da estrutura religiosa da Etiópia atual[5]:
Isso também pode ser uma indicação de que Deus está trabalhando em condições variáveis, e que Deus se relaciona conosco como pessoas em suas culturas e sociedades. Assim, é interessante observar que uma dinâmica semelhante pode estar ocorrendo agora no norte da África:
Todo missionário transcultural traz consigo uma herança teológica e cultural. Ambas podem ser difíceis de identificar, uma vez que a religião também integra a cultura. Da mesma forma, nenhum missionário é culturalmente neutro. Nossa mensagem do evangelho tende a carregar pressupostos culturais. Não existe diferença nesse aspecto, se nossa herança teológica e cultural for coreana, nigeriana ou norueguesa. Uma simples reprodução de nossa herança religiosa em outras culturas pode perfeitamente tornar-se um “imperialismo eclesiástico”, em que nós, talvez de forma involuntária, impomos nossa tradição sobre outros. Devemos nos perguntar qual parte de nossa mensagem é indispensável e qual não é.
Missionários transculturais também precisam considerar os aspectos da representação política, financeira e de poder. Sendo forasteiros culturais, não existe um “espaço neutro”. Nós sempre representamos alguma coisa. Apesar de não podermos remover tal representação, o missionário deve estar atento a isso e procurar contrabalancear a influência de tais elementos. Caso contrário, podemos contribuir para que a igreja fique alienada de seu contexto.
O pioneiro da missiologia no século XX, Paul Hiebert, defendeu a importância da “auto teologia”.[8]
Toda nova igreja precisa desenvolver uma teologia contextual, uma que faça sentido em sua cultura e que responda a questões de relevância cultural. Os missionários devem encorajar esse desenvolvimento, ainda que os líderes locais não tenham as mesmas conclusões que o missionário. O processo pode ser doloroso, como a história da igreja berbere enfatizou. No entanto, também pode ser um processo de crescimento para o missionário, já que nossa herança eclesiástica é assim desafiada e podemos aprofundar o diálogo com novas perspectivas.
Igrejas de todo o mundo podem se beneficiar ao abraçar a “unidade na diversidade”. No mundo ocidental contemporâneo, este desafio é igualmente válido no que diz respeito às novas igrejas de imigrantes. As “igrejas majoritárias” do Ocidente devem considerar um relacionamento com as novas igrejas de imigrantes de forma a que o fluxo de cristãos do hemisfério sul contribua de forma positiva na revitalização e na reinterpretação do cristianismo no Ocidente.[9]
Notas finais
1. Chris J. Botha, “The Extinction of the Church in North Africa,” in Journal of Theology for Southern Afrika 57 (December 1986): 24-31. ↑
2. Harding Meyer, That All May Be One: Perceptions and Models of Ecumenicity (Grand Rapids: Eerdmans, 1999), 93. ↑
3. L. R. Holme, The Extinction of the Christian Churches in North Africa, 1st Edition 1898 (Leopold Classic Library, 2016), 253. ↑
4. Øyvind M. Eide, Revolution and Religion in Ethiopia. The Growth and Persecution of the Mekane Yesus Church 1974-1985 (Oxford: James Currey Ltd, 2000), 15-22, 85-93. ↑
5. Hassen Mohammed, The Oromo of Ethiopia. A History 1570-1860 (Cambridge, 1990), 77. Arne Tolo, Sidama and Ethiopian. The Emergence of the Mekane Yesus Church in Sidama. Studia Missionalia Upsaliensia (LXIX. Uppsala, 1998), 279-82. ↑
6. Bruce Maddy-Weitzman, “The Berber Awakening” in The American Interest, Volume 6, Number 5 (1 May 2011), and similarly David Garrison, A Wind in the House of Islam: How God is Drawing Muslims Around the World to Faith in Jesus Christ (Colorado: Wigtake Resources, 2014), 81-98. ↑
7. Ibid., 93-94. ↑
8. Paul G. Hiebert, O Evangelho e a Diversidade das Culturas (São Paulo: Edições Vida Nova, 2004), 193-225. ↑
9. Nota do editor: Consulte o artigo de Sam George intitulado “Será que Deus está renovando a Europa através dos refugiados?”, na edição de maio de 2017 da Análise Global de Lausanne ↑
*Texto originalmente publicado por Análise Global de Lausanne. Reproduzido com permissão.
Leia mais
» Por que a graça não chega para alcançar muçulmanos?
» O Que é Igreja Missional – Modelo e Vocação da Igreja no Novo Testamento
» Venha o Teu Reino – Uma Igreja para Hoje
A história de como a igreja primitiva se expandiu pela Ásia Menor e encontrou uma base na Europa é bastante conhecida. No entanto, a história da expansão para o outro lado do Mediterrâneo, ao longo do norte da África, não é tão conhecida assim. Houve um tempo em que as maiores cidades do Império Romano eram, além de Roma, Alexandria, no Egito, e Cartago, na atual Turquia.
Essas cidades também se tornaram um reduto para a igreja cristã. Pensadores cristãos primitivos, como Tertuliano, Cipriano e Agostinho, nasceram no norte da África e serviram em Cartago. Com uma história tão rica, pode ser intrigante a expansão árabe pela região que ocorreu a partir do século VII. Muitos eruditos já debateram os motivos por que a igreja não conseguiu resistir aos novos dominadores.
Vários fatores podem contribuir para uma parte da resposta. No entanto, destacamos duas razões que podem ensinar algo para nós, hoje:
- Pode ser um equívoco falar de uma igreja única. Durante os 300 anos anteriores à expansão árabe na região, foram estabelecidas duas igrejas paralelas, e a divisão entre elas estava crescendo. Os esforços de unidade sempre falhavam e as igrejas rotulavam uma à outra como falsas. Essa divisão realça uma tensão importante entre a igreja como uma entidade global e uma entidade local, contextualizada.
- Ressentimento do povo nativo contra governantes estrangeiros e sua respectiva identidade religiosa. A população berbere aparentemente escolheu uma “religião diferencial”: a filiação à igreja alternativa contribuiu para a identidade berbere e para a oposição política.
Contextualização ou unidade?
O movimento Donatista, que ganhou apoio entre os berberes, surgiu depois que o cristianismo se tornou a religião romana oficial. A Igreja Católica permaneceu política e culturalmente fiel ao Império Romano, enquanto a Igreja Donatista representava um movimento eclesiástico mais nacionalista, moldado pela comunidade berbere nativa. A Igreja Donatista adotou uma postura dogmática conservadora, mas incorporou uma forma de expressão mais carismática. Eles se orgulhavam de sua herança africana, de sua identidade como uma igreja de mártires e do ensino de Tertuliano sobre o discipulado radical e a pureza da vida cristã.
A Igreja Católica, por outro lado, enfatizava a universalidade da igreja, os ensinos de Tertuliano sobre unidade e o serviço da igreja à sociedade, trabalhando arduamente para se adaptar ao seu novo status de igreja oficial do Império Romano.
O conflito entre as igrejas Católica e Donatista pode então representar a tensão entre a igreja como entidade global e como entidade local – os Donatistas eram considerados uma ameaça à unidade da igreja.[1] Alguns dos fatores eram:
- uma tensão político-religiosa entre a igreja “global” romanizada e a igreja como uma fé integrada de forma contextualizada; e,
- uma tensão entre a uniformidade de linguagem e expressão e a necessidade de manter uma identidade cristã local.
Devemos também prestar mais atenção à história da Igreja Donatista quando falamos da igreja no norte da África, no mínimo porque a Igreja Donatista resistiu diante da expansão muçulmana, enquanto a Igreja Católica fugiu. Além disso, somos tentados a pensar como L. R. Holme:
"Se a igreja tivesse conseguido acesso à grande quantidade de tribos berbere, se tivesse conseguido unir sob a bandeira de Cristo todo o entusiasmo que mais tarde apoiou a causa islâmica, poderia ter evitado que os Sarracenos esmagassem o cristianismo africano após a conquista da província, e poderia ter evitado até mesmo a conquista da província. Acontece que o ensino que atraiu fortemente a mente berbere foi condenado pela igreja como imperfeito, e aqueles que o ensinavam e criam nele estavam sujeitos a banimento por parte das autoridades eclesiásticas e seculares." (tradução livre).[3]
Pode ser doloroso para os envolvidos em missões quando uma igreja nativa busca separação e independência ou estabelece práticas que são pouco familiares ou desconhecidas. Apesar disso, missionários de hoje devem se perguntar se isso não é simplesmente resultado do amadurecimento da igreja.
A igreja entre o centro e a periferia cultural
Os berberes eram tradicionalmente nômades e permaneceram predominantemente rurais. Eles nunca foram tentados pela cultura das cidades, que era fortemente influenciada e dominada pelos imigrantes romanos e sua herança cultural. As sociedades berberes se organizavam em estruturas tribais, opondo-se naturalmente ao estado centralizado e controlado por Roma.
Ao longo dos séculos, as cidades no norte da África tornaram-se cada vez mais centros administrativos, povoados pela elite política, financeira, militar e religiosa. A Igreja Católica, o latim e a forma de vida romana eram dominantes em todos os aspectos. Assim, os berberes, apesar de representarem a população nativa e constituírem a maioria étnica, permaneceram culturalmente marginais, sem influência nem representação política, financeira e cultural.
Diversos estudos demonstraram como a conversão religiosa e o desenvolvimento religioso de vários grupos se inter-relacionam com as dinâmicas sociopolíticas e etnopolíticas, e, da mesma forma, devem ser interpretados a partir dessas estruturas.[4] As experiências de marginalização étnica e cultural podem ter um papel significativo no fortalecimento da identidade cultural de um grupo, em oposição ao grupo dominante.
A história da população berbere no Norte da África segue um padrão reconhecível nesse sentido. Quando o poder de ocupação romano desencorajou e perseguiu os cristãos durante os primeiros três séculos, surpreendentemente, o Cristianismo encontrou uma posição segura e prosperou entre a população berbere. Mais tarde, depois que a Igreja Católica se tornou a religião do Estado a partir do ano 380 d.C., os berberes se converteram da Igreja Católica para o Donatismo, e a perseguição continuou. Assim, o seguimento religioso e a identidade religiosa continuaram a constituir um elemento de oposição aos governantes estrangeiros na região durante esse considerável período de tempo.
Um padrão semelhante foi identificado em vários outros contextos, inclusive nos tempos modernos. Um dos exemplos é a história do desenvolvimento religioso em partes da África Oriental. Diversos estudos têm demonstrado como a oposição ao cristianismo ortodoxo do povo Amhara, grupo historicamente dominante, teve um papel significativo na formação da estrutura religiosa da Etiópia atual[5]:
- Com a colonização das áreas a sul e oeste do país por parte dos Amhara, a composição religiosa dessas áreas mudou.
- No entanto, grupos mais étnicos não abraçaram o cristianismo ortodoxo. Eles preferiram adotar interpretações alternativas da religião dos colonizadores.
- A igreja evangélica etíope Mekane Yesus, numericamente forte e espiritualmente vibrante, por exemplo, é formada majoritariamente pela população da etnia Oromo, que experimentou uma marginalização cultural persistente pelos governantes Amhara.
Isso também pode ser uma indicação de que Deus está trabalhando em condições variáveis, e que Deus se relaciona conosco como pessoas em suas culturas e sociedades. Assim, é interessante observar que uma dinâmica semelhante pode estar ocorrendo agora no norte da África:
- O número de cristãos árabes é pequeno.
- No entanto, por vários anos, há relatos rotineiros de que alguns berberes estão se convertendo ao cristianismo no norte da África.[6]
- É digno de atenção que David Garrison enfatize, por exemplo, o impacto de usar o idioma berbere entre cristãos, ao contrário do programa oficial de arabização e repressão da cultura tradicional berbere.[7]
Todo missionário transcultural traz consigo uma herança teológica e cultural. Ambas podem ser difíceis de identificar, uma vez que a religião também integra a cultura. Da mesma forma, nenhum missionário é culturalmente neutro. Nossa mensagem do evangelho tende a carregar pressupostos culturais. Não existe diferença nesse aspecto, se nossa herança teológica e cultural for coreana, nigeriana ou norueguesa. Uma simples reprodução de nossa herança religiosa em outras culturas pode perfeitamente tornar-se um “imperialismo eclesiástico”, em que nós, talvez de forma involuntária, impomos nossa tradição sobre outros. Devemos nos perguntar qual parte de nossa mensagem é indispensável e qual não é.
Missionários transculturais também precisam considerar os aspectos da representação política, financeira e de poder. Sendo forasteiros culturais, não existe um “espaço neutro”. Nós sempre representamos alguma coisa. Apesar de não podermos remover tal representação, o missionário deve estar atento a isso e procurar contrabalancear a influência de tais elementos. Caso contrário, podemos contribuir para que a igreja fique alienada de seu contexto.
O pioneiro da missiologia no século XX, Paul Hiebert, defendeu a importância da “auto teologia”.[8]
Toda nova igreja precisa desenvolver uma teologia contextual, uma que faça sentido em sua cultura e que responda a questões de relevância cultural. Os missionários devem encorajar esse desenvolvimento, ainda que os líderes locais não tenham as mesmas conclusões que o missionário. O processo pode ser doloroso, como a história da igreja berbere enfatizou. No entanto, também pode ser um processo de crescimento para o missionário, já que nossa herança eclesiástica é assim desafiada e podemos aprofundar o diálogo com novas perspectivas.
Igrejas de todo o mundo podem se beneficiar ao abraçar a “unidade na diversidade”. No mundo ocidental contemporâneo, este desafio é igualmente válido no que diz respeito às novas igrejas de imigrantes. As “igrejas majoritárias” do Ocidente devem considerar um relacionamento com as novas igrejas de imigrantes de forma a que o fluxo de cristãos do hemisfério sul contribua de forma positiva na revitalização e na reinterpretação do cristianismo no Ocidente.[9]
Notas finais
1. Chris J. Botha, “The Extinction of the Church in North Africa,” in Journal of Theology for Southern Afrika 57 (December 1986): 24-31. ↑
2. Harding Meyer, That All May Be One: Perceptions and Models of Ecumenicity (Grand Rapids: Eerdmans, 1999), 93. ↑
3. L. R. Holme, The Extinction of the Christian Churches in North Africa, 1st Edition 1898 (Leopold Classic Library, 2016), 253. ↑
4. Øyvind M. Eide, Revolution and Religion in Ethiopia. The Growth and Persecution of the Mekane Yesus Church 1974-1985 (Oxford: James Currey Ltd, 2000), 15-22, 85-93. ↑
5. Hassen Mohammed, The Oromo of Ethiopia. A History 1570-1860 (Cambridge, 1990), 77. Arne Tolo, Sidama and Ethiopian. The Emergence of the Mekane Yesus Church in Sidama. Studia Missionalia Upsaliensia (LXIX. Uppsala, 1998), 279-82. ↑
6. Bruce Maddy-Weitzman, “The Berber Awakening” in The American Interest, Volume 6, Number 5 (1 May 2011), and similarly David Garrison, A Wind in the House of Islam: How God is Drawing Muslims Around the World to Faith in Jesus Christ (Colorado: Wigtake Resources, 2014), 81-98. ↑
7. Ibid., 93-94. ↑
8. Paul G. Hiebert, O Evangelho e a Diversidade das Culturas (São Paulo: Edições Vida Nova, 2004), 193-225. ↑
9. Nota do editor: Consulte o artigo de Sam George intitulado “Será que Deus está renovando a Europa através dos refugiados?”, na edição de maio de 2017 da Análise Global de Lausanne ↑
*Texto originalmente publicado por Análise Global de Lausanne. Reproduzido com permissão.
Leia mais
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