Opinião
- 03 de outubro de 2024
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A visão bíblica sobre a velhice
Alguns chamam a velhice de bênção. Outros a consideram um castigo. Para alguns os idosos têm uma missão a cumprir, para outros, é apenas o declínio da vida. Como você vê a velhice?
Por Erní Walter Seibert
Na mitologia grega, contava-se que na cidade de Tebas havia uma esfinge (personagem com cabeça humana e corpo de animal) que desafiava os que ali passavam com um enigma. Se a pessoa não soubesse a resposta, ela era devorada. O enigma perguntava: “Quem, de manhã, anda com quatro pernas, de tarde, anda com duas, e, de noite, anda com três?” Ninguém havia conseguido responder, até que chegou Édipo. Esse herói mitológico, com uma história muito complicada, respondeu que era o ser humano. O homem, no amanhecer da vida engatinha com quatro pernas. Na idade adulta, anda com duas pernas. E, no entardecer da vida, usa bengala, andando com três pernas. Diante dessa resposta, a esfinge se atirou no despenhadeiro e morreu. Nessa visão mitológica, a velhice é o fim da vida, com certas limitações, mas pode trazer também certas possibilidades.
A visão que temos da velhice irá nos orientar sobre como encará-la e sobre como viver este tempo tão especial. Existem muitas maneiras de ver a velhice. Muitas visões parecem contraditórias. Mas elas podem coexistir, como num paradoxo. Vejamos algumas dessas visões. Alguns chamam a velhice de bênção. Outros a consideram um castigo. Alguns pensam que na velhice a pessoa tem mais sabedoria. Outros veem os velhos como ultrapassados. Para alguns a velhice atrapalha, para outros, ela ajuda. Para alguns os idosos têm uma missão a cumprir, para outros, é apenas o declínio da vida. Como você vê a velhice?
A visão determina o comportamento
A visão que temos da velhice tem vários componentes. Um primeiro aspecto que precisamos considerar é que a nossa visão é moldada por nossa experiência e o nosso aprendizado. Cada pessoa tem experiências únicas. As experiências da pessoa começam com a sua criação, família, passam pela escola, igreja, sociedade, leituras, amizades e tudo o mais que constrói a vida de alguém. Mas, além das experiências pessoais, há outros aspectos importantes para a construção da visão.
A sociedade e a cultura nas quais a pessoa cresce transmitem valores que são absorvidos e assimilados. Essa absorção nem sempre é consciente. Por exemplo, se entra um idoso num ônibus e rapidamente mais de uma pessoa lhe oferece um lugar para sentar-se, isso ensina a todos uma lição da cultura local. Da mesma forma, se ninguém oferece um lugar ao idoso, isso ensina outra lição.
De uma maneira bem especial, a leitura e o estudo da Bíblia Sagrada formatam a visão que as pessoas têm sobre a velhice. A Bíblia é um livro que a maioria dos leitores considera relevante para suas vidas. Mas, nem sempre, o que a Bíblia ensina é o mesmo que a sabedoria popular ensina. Por exemplo, possivelmente a sabedoria popular concorda com a afirmação de que com os velhos está a sabedoria. Mas a Bíblia não diz isso. Em Jó 12.12-13 diz: “Está a sabedoria com os idosos? Será que a longevidade traz o entendimento? Com Deus estão a sabedoria e a força; ele tem conselho e entendimento.” A sabedoria não está com o ser humano só por ele ser velho. A sabedoria sempre está com Deus.
Para termos uma visão bíblica da velhice, precisamos ver o que o texto bíblico diz. Vejamos a seguir alguns exemplos.
Viver uma vida longa seria o normal para o ser humano. Deuteronômio 5.16: — “Honre o seu pai e a sua mãe, como o Senhor, seu Deus, lhe ordenou, para que você tenha uma longa vida e para que tudo vá bem com você na terra que o Senhor, seu Deus, lhe dá”.
O idoso deve ser respeitado e Deus deve ser honrado. Levítico 19.32: — “Fiquem de pé na presença das pessoas idosas e as tratem com todo o respeito; e honrem a mim, o Deus de vocês. Eu sou o Senhor”.
O respeito ao idoso deve ser uma prática de vida. 1Timóteo 5.1-2: “Não repreenda um homem mais velho; pelo contrário, exorte-o como você faria com o seu pai. Trate os mais jovens como irmãos, as mulheres mais velhas, como mães, e as mais jovens, como irmãs, com toda a pureza”.
O idoso é diferente, não menos ou mais que pessoas de outras idades. Provérbios 20.29: “A glória dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos são os seus cabelos brancos”. Provérbios 16.31: “Os cabelos brancos são uma coroa de honra que é encontrada no caminho da justiça”.
Os idosos podem contribuir para a igreja e a sociedade. Salmos 92.13-15: “Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto”.
Questões sobre a velhice
A Bíblia também trata algumas questões que estão presentes na vida dos idosos. É evidente que os tempos bíblicos eram diferentes dos dias de hoje. Mas a palavra bíblica nos leva a repensar práticas de nosso tempo. Vejamos alguns pontos.
Aposentadoria. Nos tempos bíblicos não havia a prática da aposentadoria como atualmente. A organização do trabalho era diferente do que as leis trabalhistas promovem em nosso país. Um texto que fala dos levitas nos leva a pensar no que poderia ser a aposentadoria em nossos dias. O texto bíblico diz: Números 8.24-26: “— Isto é o que diz respeito aos levitas: da idade de vinte e cinco anos para cima entrarão, para fazerem o seu serviço na tenda do encontro; mas a partir da idade de cinquenta anos deixarão de estar a serviço e não mais servirão; porém ajudarão os seus irmãos na tenda do encontro, no que diz respeito ao cargo deles; não terão mais serviço. Assim você fará com os levitas quanto aos seus deveres”.
O texto não diz que ao final da vida a pessoa não deve fazer nada. Ele ensina que o idoso pode continuar ajudando, mas com uma carga de trabalho menor. É uma visão diferente do que a de aposentadoria que temos no nosso país.
Ser útil e produtivo para a sociedade. Enquanto as forças permitirem, os idosos podem ajudar o próximo com o seu trabalho. Eclesiastes 9.10: “Tudo o que vier às suas mãos para fazer, faça-o conforme as suas forças, porque na sepultura, que é para onde você vai, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”.
Moderação. O consumo exagerado de bebidas alcoólicas é um problema comum entre idosos na nossa sociedade e já acontecia nos tempos do Novo Testamento. Outra questão que o texto bíblico menciona é a da fofoca. Os velhos podem usar melhor o seu tempo ensinando coisas boas aos jovens. O conselho bíblico ainda é válido hoje. Tito 2.2-5: “Quanto aos homens idosos, que sejam moderados, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na perseverança. Do mesmo modo, quanto às mulheres idosas, que tenham conduta reverente, não sejam caluniadoras, nem escravizadas a muito vinho. Que sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amar o marido e os filhos, a serem sensatas, puras, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada”.
Exemplos de idosos
A Bíblia também ensina sobre idosos contando detalhes da vida de alguns deles. Por vezes, a Bíblia revela poucas coisas sobre a vida dessas pessoas. Mesmo nesses casos, ela dá uma lição positiva sobre elas. Contudo, em outros casos, ela conta coisas boas e más que essas pessoas fizeram na vida. Mas mostra como foi importante essas pessoas sempre se voltarem para Deus e terminarem os seus dias confiando em Deus. Vale muito como a pessoa termina a sua vida. Destacamos quatro personagens.
Ana. A Bíblia tem apenas alguns versículos sobre a vida dessa personagem. Mas eles são ricos em ensinamentos. Lucas 2.36-38: “Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era bem idosa, tendo vivido com o marido sete anos desde que tinha se casado. Agora era viúva de oitenta e quatro anos. Ela não deixava o templo, mas adorava noite e dia, com jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”.
Simeão. Sobre esse personagem também sabemos pouco. Ele esperava a vinda do Messias. E, quando toma o menino Jesus nos seus braços, ele faz uma oração que até hoje é lembrada de cor por muitos cristãos. Lucas 2.29-32: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel”.
Davi. O grande rei de Israel teve muitas histórias que mostram um grande pecador. Mas ele ensinou por sua vida a importância do arrependimento e de sempre voltar para Deus. Ao final de sua vida, o autor do livro de Crônicas assim resumiu a biografia do rei Davi: 1 Crônicas 29.26-28: “Assim, Davi, filho de Jessé, reinou sobre todo o Israel. Ele reinou sobre Israel durante quarenta anos: sete anos em Hebrom e trinta e três em Jerusalém. Morreu em boa velhice, cheio de dias, riquezas e glória; e Salomão, seu filho, reinou em seu lugar”.
Abraão. Esse personagem é o pai de todos os que creem. Em sua vida também teve altos e baixos, mas sempre reconheceu seus pecados e se voltou para Deus. Tal como o rei Davi, teve o seu reconhecimento registrado no primeiro livro da Bíblia. Gênesis 25.7-8: “Abraão viveu cento e setenta e cinco anos. Ele morreu bem velho e foi reunir-se com os seus antepassados no mundo dos mortos”.
Dois salmos sobre a velhice
Vários Salmos falam sobre a velhice. Destaco dois que ensinam muito sobre o tema. Se trata do Salmo 90 e do Salmo 71. Sugiro que você os leia em forma de oração, em sua Bíblia.
Depois desse rápido estudo sobre o que a Bíblia ensina sobre a velhice, certamente podemos concluir que:
Deus nos conhece
Deus é bom
Deus nos ajuda
Deus nos abençoa
Somos gratos a Deus pela velhice.
REVISTA ULTIMATO – AS BEM-AVENTURANÇAS – MARCAS DE UM NOVO MUNDO
Ultimato quer mostrar a beleza e a atualidade das bem-aventuranças, resgatando seu sentido bíblico e refletindo sobre seu impacto na vida do cristão, da igreja e do mundo.
Este é o desafio: voltar a ler as bem-aventuranças como quem lê a mensagem pela primeira vez, com reverência – para perceber e memorizar as exigências do seguimento – e alegre expectativa.
É disso que trata a matéria de capa da edição 409 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Aprender a Envelhecer, Paul Tournier
» Fui Moço, Agora Sou Velho. E daí?..., Kléos M. Lenz César
» Envelhecemos – a arte de continuar. Edição 404 de Ultimato
» Série de Estudos Bíblicos "Conversando sobre o futuro"
Por Erní Walter Seibert
Na mitologia grega, contava-se que na cidade de Tebas havia uma esfinge (personagem com cabeça humana e corpo de animal) que desafiava os que ali passavam com um enigma. Se a pessoa não soubesse a resposta, ela era devorada. O enigma perguntava: “Quem, de manhã, anda com quatro pernas, de tarde, anda com duas, e, de noite, anda com três?” Ninguém havia conseguido responder, até que chegou Édipo. Esse herói mitológico, com uma história muito complicada, respondeu que era o ser humano. O homem, no amanhecer da vida engatinha com quatro pernas. Na idade adulta, anda com duas pernas. E, no entardecer da vida, usa bengala, andando com três pernas. Diante dessa resposta, a esfinge se atirou no despenhadeiro e morreu. Nessa visão mitológica, a velhice é o fim da vida, com certas limitações, mas pode trazer também certas possibilidades.
A visão que temos da velhice irá nos orientar sobre como encará-la e sobre como viver este tempo tão especial. Existem muitas maneiras de ver a velhice. Muitas visões parecem contraditórias. Mas elas podem coexistir, como num paradoxo. Vejamos algumas dessas visões. Alguns chamam a velhice de bênção. Outros a consideram um castigo. Alguns pensam que na velhice a pessoa tem mais sabedoria. Outros veem os velhos como ultrapassados. Para alguns a velhice atrapalha, para outros, ela ajuda. Para alguns os idosos têm uma missão a cumprir, para outros, é apenas o declínio da vida. Como você vê a velhice?
A visão determina o comportamento
A visão que temos da velhice tem vários componentes. Um primeiro aspecto que precisamos considerar é que a nossa visão é moldada por nossa experiência e o nosso aprendizado. Cada pessoa tem experiências únicas. As experiências da pessoa começam com a sua criação, família, passam pela escola, igreja, sociedade, leituras, amizades e tudo o mais que constrói a vida de alguém. Mas, além das experiências pessoais, há outros aspectos importantes para a construção da visão.
A sociedade e a cultura nas quais a pessoa cresce transmitem valores que são absorvidos e assimilados. Essa absorção nem sempre é consciente. Por exemplo, se entra um idoso num ônibus e rapidamente mais de uma pessoa lhe oferece um lugar para sentar-se, isso ensina a todos uma lição da cultura local. Da mesma forma, se ninguém oferece um lugar ao idoso, isso ensina outra lição.
De uma maneira bem especial, a leitura e o estudo da Bíblia Sagrada formatam a visão que as pessoas têm sobre a velhice. A Bíblia é um livro que a maioria dos leitores considera relevante para suas vidas. Mas, nem sempre, o que a Bíblia ensina é o mesmo que a sabedoria popular ensina. Por exemplo, possivelmente a sabedoria popular concorda com a afirmação de que com os velhos está a sabedoria. Mas a Bíblia não diz isso. Em Jó 12.12-13 diz: “Está a sabedoria com os idosos? Será que a longevidade traz o entendimento? Com Deus estão a sabedoria e a força; ele tem conselho e entendimento.” A sabedoria não está com o ser humano só por ele ser velho. A sabedoria sempre está com Deus.
Para termos uma visão bíblica da velhice, precisamos ver o que o texto bíblico diz. Vejamos a seguir alguns exemplos.
Viver uma vida longa seria o normal para o ser humano. Deuteronômio 5.16: — “Honre o seu pai e a sua mãe, como o Senhor, seu Deus, lhe ordenou, para que você tenha uma longa vida e para que tudo vá bem com você na terra que o Senhor, seu Deus, lhe dá”.
O idoso deve ser respeitado e Deus deve ser honrado. Levítico 19.32: — “Fiquem de pé na presença das pessoas idosas e as tratem com todo o respeito; e honrem a mim, o Deus de vocês. Eu sou o Senhor”.
O respeito ao idoso deve ser uma prática de vida. 1Timóteo 5.1-2: “Não repreenda um homem mais velho; pelo contrário, exorte-o como você faria com o seu pai. Trate os mais jovens como irmãos, as mulheres mais velhas, como mães, e as mais jovens, como irmãs, com toda a pureza”.
O idoso é diferente, não menos ou mais que pessoas de outras idades. Provérbios 20.29: “A glória dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos são os seus cabelos brancos”. Provérbios 16.31: “Os cabelos brancos são uma coroa de honra que é encontrada no caminho da justiça”.
Os idosos podem contribuir para a igreja e a sociedade. Salmos 92.13-15: “Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto”.
Questões sobre a velhice
A Bíblia também trata algumas questões que estão presentes na vida dos idosos. É evidente que os tempos bíblicos eram diferentes dos dias de hoje. Mas a palavra bíblica nos leva a repensar práticas de nosso tempo. Vejamos alguns pontos.
Aposentadoria. Nos tempos bíblicos não havia a prática da aposentadoria como atualmente. A organização do trabalho era diferente do que as leis trabalhistas promovem em nosso país. Um texto que fala dos levitas nos leva a pensar no que poderia ser a aposentadoria em nossos dias. O texto bíblico diz: Números 8.24-26: “— Isto é o que diz respeito aos levitas: da idade de vinte e cinco anos para cima entrarão, para fazerem o seu serviço na tenda do encontro; mas a partir da idade de cinquenta anos deixarão de estar a serviço e não mais servirão; porém ajudarão os seus irmãos na tenda do encontro, no que diz respeito ao cargo deles; não terão mais serviço. Assim você fará com os levitas quanto aos seus deveres”.
O texto não diz que ao final da vida a pessoa não deve fazer nada. Ele ensina que o idoso pode continuar ajudando, mas com uma carga de trabalho menor. É uma visão diferente do que a de aposentadoria que temos no nosso país.
Ser útil e produtivo para a sociedade. Enquanto as forças permitirem, os idosos podem ajudar o próximo com o seu trabalho. Eclesiastes 9.10: “Tudo o que vier às suas mãos para fazer, faça-o conforme as suas forças, porque na sepultura, que é para onde você vai, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”.
Moderação. O consumo exagerado de bebidas alcoólicas é um problema comum entre idosos na nossa sociedade e já acontecia nos tempos do Novo Testamento. Outra questão que o texto bíblico menciona é a da fofoca. Os velhos podem usar melhor o seu tempo ensinando coisas boas aos jovens. O conselho bíblico ainda é válido hoje. Tito 2.2-5: “Quanto aos homens idosos, que sejam moderados, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na perseverança. Do mesmo modo, quanto às mulheres idosas, que tenham conduta reverente, não sejam caluniadoras, nem escravizadas a muito vinho. Que sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amar o marido e os filhos, a serem sensatas, puras, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada”.
Exemplos de idosos
A Bíblia também ensina sobre idosos contando detalhes da vida de alguns deles. Por vezes, a Bíblia revela poucas coisas sobre a vida dessas pessoas. Mesmo nesses casos, ela dá uma lição positiva sobre elas. Contudo, em outros casos, ela conta coisas boas e más que essas pessoas fizeram na vida. Mas mostra como foi importante essas pessoas sempre se voltarem para Deus e terminarem os seus dias confiando em Deus. Vale muito como a pessoa termina a sua vida. Destacamos quatro personagens.
Ana. A Bíblia tem apenas alguns versículos sobre a vida dessa personagem. Mas eles são ricos em ensinamentos. Lucas 2.36-38: “Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era bem idosa, tendo vivido com o marido sete anos desde que tinha se casado. Agora era viúva de oitenta e quatro anos. Ela não deixava o templo, mas adorava noite e dia, com jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”.
Simeão. Sobre esse personagem também sabemos pouco. Ele esperava a vinda do Messias. E, quando toma o menino Jesus nos seus braços, ele faz uma oração que até hoje é lembrada de cor por muitos cristãos. Lucas 2.29-32: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel”.
Davi. O grande rei de Israel teve muitas histórias que mostram um grande pecador. Mas ele ensinou por sua vida a importância do arrependimento e de sempre voltar para Deus. Ao final de sua vida, o autor do livro de Crônicas assim resumiu a biografia do rei Davi: 1 Crônicas 29.26-28: “Assim, Davi, filho de Jessé, reinou sobre todo o Israel. Ele reinou sobre Israel durante quarenta anos: sete anos em Hebrom e trinta e três em Jerusalém. Morreu em boa velhice, cheio de dias, riquezas e glória; e Salomão, seu filho, reinou em seu lugar”.
Abraão. Esse personagem é o pai de todos os que creem. Em sua vida também teve altos e baixos, mas sempre reconheceu seus pecados e se voltou para Deus. Tal como o rei Davi, teve o seu reconhecimento registrado no primeiro livro da Bíblia. Gênesis 25.7-8: “Abraão viveu cento e setenta e cinco anos. Ele morreu bem velho e foi reunir-se com os seus antepassados no mundo dos mortos”.
Dois salmos sobre a velhice
Vários Salmos falam sobre a velhice. Destaco dois que ensinam muito sobre o tema. Se trata do Salmo 90 e do Salmo 71. Sugiro que você os leia em forma de oração, em sua Bíblia.
Depois desse rápido estudo sobre o que a Bíblia ensina sobre a velhice, certamente podemos concluir que:
Deus nos conhece
Deus é bom
Deus nos ajuda
Deus nos abençoa
Somos gratos a Deus pela velhice.
- Erní Walter Seibert, diretor executivo da Sociedade Bíblica do Brasil e Vice-Presidente das Sociedades Bíblicas Unidas.
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Este é o desafio: voltar a ler as bem-aventuranças como quem lê a mensagem pela primeira vez, com reverência – para perceber e memorizar as exigências do seguimento – e alegre expectativa.
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