“A unidade da igreja não é opcional”

Episódio 01 de Diálogos de Esperança destaca ênfases do Congresso Lausanne 4

Por Lissânder Dias

A partir da experiência no 4° Congresso Lausanne de Evangelização Mundial, realizado de 22 a 28 de setembro, em Seul, Coreia do Sul, o Diálogos de Esperança conversou com Sabrina Lujic e Cassiano Luz – ambos estiveram no evento – sobre os destaques de Lausanne 4 sobre a presença da Igreja e seu papel de transformar realidades.

O que destacar de Lausanne 4?
Entre as ênfases, os entrevistados destacaram a importância de a Igreja buscar a unidade como uma atitude necessária para o cumprimento da missão. “No Congresso Lausanne 4 parecia haver um desejo explícito por parte da igreja global em trabalhar em cooperação”, lembra Cassiano. “Para mim foi uma experiência intensa e única, porque eu estava trabalhando nos bastidores do evento. Eu vi a beleza da igreja global agindo unida para o evento acontecer. O staff era de várias partes do mundo, inclusive, muitos brasileiros”, conta Sabrina.

Sabrina destaca ainda o esforço pelos povos não-alcançados, a necessidade de arrependimento e a vivacidade da esperança como aspectos presentes em Lausanne 4. Já Cassiano se surpreendeu com o tamanho da representatividade da igreja. “A unidade da Igreja não é opcional; faz parte da nossa natureza existencial. Considerando a presença de líderes-chaves e estratégicos, a representatividade foi tremenda. Isso mostra a força e a relevância da igreja no mundo. Agora o desafio é transformar isso em ações concretas”. Segundo dados da organização do evento, cerca de 5.200 pessoas de 200 países e territórios estavam presentes (além de 2 mil pessoas que acompanharam na modalidade virtual).

Unidade da igreja e o papel da igreja brasileira
Cassiano relatou ainda o papel simbólico de uma igreja reunida. “Num encontro como este, as lideranças das igrejas podem reconhecer que a Igreja é una, que ela tem uma missão. Isso nos traz encorajamento e esperança”.

Sobre a responsabilidade da igreja brasileira, Sabrina lembra da alegria e do desejo de servir dos brasileiros demostrados durante o evento. Cassiano destaca o crescimento das igrejas em nosso país e o esforço de décadas de alguns líderes para que a igreja assuma seu papel missionário até os confins da terra. Ao mesmo tempo, ele demonstra preocupação com alguns aspectos. “O COMIBAM (Cooperação Missionária Íbero-americana) publicou recentemente o resultado de uma pesquisa que aponta a força brasileira como uma das piores no sentido da interculturalidade, ou seja, de como nos relacionamos com outras culturas, de como nos posicionamos com uma cultura distinta da nossa”.

Encontro de Jovens Líderes será no Brasil em 2026
Sabrina e Cassiano também falaram sobre a importância do fato de que o próximo Encontro de Jovens Líderes de Lausanne será realizado no Brasil em 2026. “É um privilégio muito grande para o Brasil hospedar este encontro. E este tema das novas gerações é um interesse real do Movimento Lausanne. Então acho que será muito bom”, conclui Cassiano. “Eu acredito que seja uma oportunidade que temos de servir à igreja global. Eu oro para que possamos abraçá-la em oração, em hospitalidade e com humildade”, diz Sabrina.

Serviço
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