Opinião
- 13 de abril de 2010
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A semente do mal
Rodrigo de Lima Ferreira
Certa vez, no meio da multidão, Jesus propôs ao povo uma parábola, como era seu costume. Ele começou sua parábola assim: o reino é como um agricultor, que planta uma semente de boa qualidade no campo. Porém, quando aqueles que deveriam guardar o campo não o fazem, o inimigo vem e joga sua semente do mal, fugindo logo em seguida. Quando a plantação começa a dar frutos e a crescer, o fruto do mal, conhecido também por joio, aparece. Os empregados do fazendeiro perguntaram como aquilo aconteceu. Ele lhes disse que certamente o inimigo produziu uma coisa daquelas. “Podemos arrancar, patrão?”, perguntaram os empregados. O fazendeiro negou, afirmando que poderia acontecer algum acidente, podendo ser arrancado também o bom fruto junto com o ruim. Mas ele lhes assegurou que isso não seria assim para sempre, pois no momento certo, ou seja, no tempo da colheita, ele daria ordem aos seus empregados para que arrancassem o fruto da semente do mal e o jogassem no fogo.
Posteriormente, sem entender nada, os discípulos de Jesus lhe perguntaram o sentido daquela parábola. Pacientemente, ele lhes disse o seguinte:
- A parábola é simples. Quem joga a boa semente sou eu, que a espalho pelo mundo afora a fim de abençoar as pessoas e proclamar que o meu reino está chegando. A semente de boa qualidade representa vocês, filhos amados do reino. É a semente que morre para si mesma, que faz gerar vida e que é frutífera para abençoar vidas e alegrar o coração do Pai. O campo é o mundo, que deve urgentemente conhecer a mim, para que tenha vida, e a tenha em abundância. Já a semente do mal, ou o joio, representa os filhos do Diabo. São aqueles insubmissos, rebeldes, cheios de si, de arrogância, de presunção e de engano. São aqueles que exigem seus direitos, que só se hospedam em hotéis cinco estrelas, que importam impostores tão filhos do Diabo e fraudulentos como eles, a fim de explorar a credulidade alheia (como se a minha bênção estivesse condicionada a valores financeiros, usando mídia e outros meios para fins escusos). Aquele que jogou a semente do mal é o pai legítimo de seus frutos. O Diabo, inimigo de tudo aquilo que lembre o reino ou que o evoque, é o adversário, o divisor, o inimigo, aquele que planta confusão e dúvida no coração do homem e insufla para que sua velha natureza volte à vida, transformando a carnalidade em simulacro de autoridade espiritual. A colheita será o tempo de ajuste de contas, quando eu voltar em majestade e glória. Os empregados são os anjos, aqueles que separarão os bons frutos dos frutos da semente do mal. Eu darei ordem a eles para que joguem os filhos da semente do mal no lago de fogo, junto com seus ternos Armani, suas gravatas Hermes, seus jatinhos executivos, suas mansões, seu dinheiro, seu poder, seus mega-empreendimentos e sua empáfia. Ali serão atormentados eternamente. Porém vocês, meus filhos, frutos benditos de meu Pai, resplandecerão como o sol no reino de nosso Pai. Quem tem ouvidos, ouça.
• Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Rolim de Moura, RO. revdigao.wordpress.com
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Certa vez, no meio da multidão, Jesus propôs ao povo uma parábola, como era seu costume. Ele começou sua parábola assim: o reino é como um agricultor, que planta uma semente de boa qualidade no campo. Porém, quando aqueles que deveriam guardar o campo não o fazem, o inimigo vem e joga sua semente do mal, fugindo logo em seguida. Quando a plantação começa a dar frutos e a crescer, o fruto do mal, conhecido também por joio, aparece. Os empregados do fazendeiro perguntaram como aquilo aconteceu. Ele lhes disse que certamente o inimigo produziu uma coisa daquelas. “Podemos arrancar, patrão?”, perguntaram os empregados. O fazendeiro negou, afirmando que poderia acontecer algum acidente, podendo ser arrancado também o bom fruto junto com o ruim. Mas ele lhes assegurou que isso não seria assim para sempre, pois no momento certo, ou seja, no tempo da colheita, ele daria ordem aos seus empregados para que arrancassem o fruto da semente do mal e o jogassem no fogo.
Posteriormente, sem entender nada, os discípulos de Jesus lhe perguntaram o sentido daquela parábola. Pacientemente, ele lhes disse o seguinte:
- A parábola é simples. Quem joga a boa semente sou eu, que a espalho pelo mundo afora a fim de abençoar as pessoas e proclamar que o meu reino está chegando. A semente de boa qualidade representa vocês, filhos amados do reino. É a semente que morre para si mesma, que faz gerar vida e que é frutífera para abençoar vidas e alegrar o coração do Pai. O campo é o mundo, que deve urgentemente conhecer a mim, para que tenha vida, e a tenha em abundância. Já a semente do mal, ou o joio, representa os filhos do Diabo. São aqueles insubmissos, rebeldes, cheios de si, de arrogância, de presunção e de engano. São aqueles que exigem seus direitos, que só se hospedam em hotéis cinco estrelas, que importam impostores tão filhos do Diabo e fraudulentos como eles, a fim de explorar a credulidade alheia (como se a minha bênção estivesse condicionada a valores financeiros, usando mídia e outros meios para fins escusos). Aquele que jogou a semente do mal é o pai legítimo de seus frutos. O Diabo, inimigo de tudo aquilo que lembre o reino ou que o evoque, é o adversário, o divisor, o inimigo, aquele que planta confusão e dúvida no coração do homem e insufla para que sua velha natureza volte à vida, transformando a carnalidade em simulacro de autoridade espiritual. A colheita será o tempo de ajuste de contas, quando eu voltar em majestade e glória. Os empregados são os anjos, aqueles que separarão os bons frutos dos frutos da semente do mal. Eu darei ordem a eles para que joguem os filhos da semente do mal no lago de fogo, junto com seus ternos Armani, suas gravatas Hermes, seus jatinhos executivos, suas mansões, seu dinheiro, seu poder, seus mega-empreendimentos e sua empáfia. Ali serão atormentados eternamente. Porém vocês, meus filhos, frutos benditos de meu Pai, resplandecerão como o sol no reino de nosso Pai. Quem tem ouvidos, ouça.
• Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Rolim de Moura, RO. revdigao.wordpress.com
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Casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, é autor de "Princípios Esquecidos" (Editora AGBooks).
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