Opinião
- 29 de julho de 2011
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A ressurreição do corpo
O Senhor Jesus Cristo... transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso.
Filipenses 3.20-21
A vitória de Cristo sobre a morte indica ainda a natureza da ressurreição. Primeiramente, o Senhor ressurreto não foi um cadáver trazido de volta à vida. Não cremos que nossos corpos serão milagrosamente reconstituídos das partículas da matéria que os compõe hoje. Jesus realizou três ressurreições durante o seu ministério — a do filho da viúva de Naim, a da filha de Jairo e a de Lázaro. É compreensível a simpatia que C. S. Lewis expressou por Lázaro: “Ser trazido de volta e ter de passar pela morte de novo foi bastante difícil”. A ressurreição de Jesus, no entanto, não foi uma ressuscitação. Ele foi promovido a um novo plano de existência no qual ele não era mais mortal, mas “vivo para todo o sempre” (Ap 1.18).
Segundo, nossa esperança cristã de ressurreição não é simplesmente na sobrevivência da alma. O próprio Jesus disse após sua ressurreição: “Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho” (Lc 24.39). Logo, o Senhor ressurreto não era nem um cadáver reanimado, nem um fantasma. Ele foi ressuscitado dentre os mortos e ao mesmo tempo transformado em um novo veículo para a sua personalidade. Além disso, nosso corpo ressuscitado será como o de Jesus, que foi uma extraordinária combinação de continuidade e descontinuidade. Por um lado, havia uma clara relação entre seus dois corpos. As cicatrizes ainda estavam em suas mãos, seus pés e seu lado, e Maria Madalena reconheceu sua voz. Por outro lado, seu corpo atravessou as vestes no túmulo, a pedra selada e portas trancadas, deixando claro que tinha novos e inimagináveis poderes.
O apóstolo Paulo ilustrou essa combinação a partir da relação entre sementes e flores. A continuidade assegura que cada semente produza sua própria flor. A descontinuidade, no entanto, é mais importante, uma vez que a partir de uma pequena semente comum e até mesmo feia brotará uma flor perfumada, colorida e graciosa. “Assim será com a ressurreição dos mortos” (1Co 15.42). Para resumir, aguardamos ansiosamente não por uma ressuscitação (na qual seríamos ressuscitados, mas não transformados), nem por uma sobrevivência (na qual seríamos transformados em um fantasma, mas não ressuscitados corporalmente), mas por uma ressurreição (na qual seremos erguidos e transformados, transfigurados e glorificados simultaneamente).
Leitura recomendada
1 Coríntios 15.35-38
[Texto retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo, da Editora Ultimato]
__________
John Stott, conhecido no mundo inteiro como teólogo, escritor e evangelista,escreveu mais de quarenta livros, incluindo A Missão Cristã no Mundo Moderno, A Bíblia Toda, o Ano Todo, Por Que Sou Cristão, O discípulo radical e o campeão de vendas, Cristianismo Básico. Ele faleceu nesta quarta-feira, 27 de julho. Foi pastor emérito da All Souls Church, em Londres, e fundador do London Institute for Contemporary Christianity. Foi indicado pela revista Time como uma das cem personalidades mais influentes do mundo.
Filipenses 3.20-21
A vitória de Cristo sobre a morte indica ainda a natureza da ressurreição. Primeiramente, o Senhor ressurreto não foi um cadáver trazido de volta à vida. Não cremos que nossos corpos serão milagrosamente reconstituídos das partículas da matéria que os compõe hoje. Jesus realizou três ressurreições durante o seu ministério — a do filho da viúva de Naim, a da filha de Jairo e a de Lázaro. É compreensível a simpatia que C. S. Lewis expressou por Lázaro: “Ser trazido de volta e ter de passar pela morte de novo foi bastante difícil”. A ressurreição de Jesus, no entanto, não foi uma ressuscitação. Ele foi promovido a um novo plano de existência no qual ele não era mais mortal, mas “vivo para todo o sempre” (Ap 1.18).
Segundo, nossa esperança cristã de ressurreição não é simplesmente na sobrevivência da alma. O próprio Jesus disse após sua ressurreição: “Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho” (Lc 24.39). Logo, o Senhor ressurreto não era nem um cadáver reanimado, nem um fantasma. Ele foi ressuscitado dentre os mortos e ao mesmo tempo transformado em um novo veículo para a sua personalidade. Além disso, nosso corpo ressuscitado será como o de Jesus, que foi uma extraordinária combinação de continuidade e descontinuidade. Por um lado, havia uma clara relação entre seus dois corpos. As cicatrizes ainda estavam em suas mãos, seus pés e seu lado, e Maria Madalena reconheceu sua voz. Por outro lado, seu corpo atravessou as vestes no túmulo, a pedra selada e portas trancadas, deixando claro que tinha novos e inimagináveis poderes.
O apóstolo Paulo ilustrou essa combinação a partir da relação entre sementes e flores. A continuidade assegura que cada semente produza sua própria flor. A descontinuidade, no entanto, é mais importante, uma vez que a partir de uma pequena semente comum e até mesmo feia brotará uma flor perfumada, colorida e graciosa. “Assim será com a ressurreição dos mortos” (1Co 15.42). Para resumir, aguardamos ansiosamente não por uma ressuscitação (na qual seríamos ressuscitados, mas não transformados), nem por uma sobrevivência (na qual seríamos transformados em um fantasma, mas não ressuscitados corporalmente), mas por uma ressurreição (na qual seremos erguidos e transformados, transfigurados e glorificados simultaneamente).
Leitura recomendada
1 Coríntios 15.35-38
[Texto retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo, da Editora Ultimato]
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John Stott, conhecido no mundo inteiro como teólogo, escritor e evangelista,escreveu mais de quarenta livros, incluindo A Missão Cristã no Mundo Moderno, A Bíblia Toda, o Ano Todo, Por Que Sou Cristão, O discípulo radical e o campeão de vendas, Cristianismo Básico. Ele faleceu nesta quarta-feira, 27 de julho. Foi pastor emérito da All Souls Church, em Londres, e fundador do London Institute for Contemporary Christianity. Foi indicado pela revista Time como uma das cem personalidades mais influentes do mundo.
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