Opinião
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A quarta temporada de The Boys e o apelo por um segundo Iluminismo
“Pensai por vós próprios”. Em outras palavras: pensar e exercer um mínimo de senso crítico, sem engolir mentiras totalmente fora da realidade
Por Carlos Caldas
A série The Boys, veiculada no canal de streaming Amazon Prime, já está em sua quarta temporada. Já escrevi a respeito da série por ocasião da primeira temporada, há quatros anos Esta é a primeira vez que escrevo duas vezes sobre o mesmo tema nesta coluna. Siga com a leitura, e você entenderá a razão pela qual retomo esta série tão estranha.
Talvez seja arriscado falar sobre a temporada de uma série que ainda não acabou – a cada semana, um episódio é lançado, e na semana em que este texto está sendo escrito, o sétimo episódio foi disponibilizado. A narrativa dá indícios de caminhar para seu clímax, mas com certeza muitas surpresas e reviravoltas ainda vão acontecer.
A quarta temporada mantém algumas características das anteriores, tais como o uso exaustivo de uma estética gore, que explora os limites do corpo humano, mostrando o tempo todo corpos sendo despedaçados com cérebros e entranhas espalhadas pelo chão (nojento, repugnante e assustador), sexualidades (muito) bizarras e o que mais me incomoda: turning points (viradas no enredo) nas quais o lado do mal consegue se recuperar de ataques sofridos e virar o jogo contra os que querem detê-lo. Não li os quadrinhos que inspiram a série, mas ouvi falar que são muito mais pesados, em todos os sentidos, que a adaptação televisiva. The Boys é roteirizada pelo quadrinista norte-irlandês Garth Ennis, que é muito experiente, com passagens na Marvel e na DC, as gigantes estadunidenses do ramo das histórias em quadrinhos. Uma espécie de marca registrada dos trabalhos de Ennis é seu niilismo – suas obras mostram uma desesperança muito grande, pois para ele, não há transcendente ou algo pelo qual valha a pena viver ou morrer. A visão da vida e do mundo que Ennis tem só permite espaço para uma realidade: o mal. Mas os que lutam contra o mal não são “bons”, antes, são pessoas que têm um mal menor do que os absolutamente perversos.1
Tenho muita dificuldade com roteiros niilistas. Fazem-me muito mal. São deprimentes. Sendo assim, por que então escrever de novo a respeito desta série? A razão é simples: a quarta temporada, usando um humor esquisito, critica uma onda avassaladora que infelizmente está a causar estragos em países tão diferentes um do outro como a Alemanha, os Estados Unidos e o Brasil, a saber, a onda da “retórica do ódio e dissonância cognitiva coletiva”. A expressão está entre aspas porque é de autoria de João Cezar de Castro Rocha, um dos mais destacados nomes da cena acadêmica brasileira hoje.2 Castro Rocha é professor titular de Literatura Comparada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), grande conhecedor de Machado de Assis e de Shakespeare. Eis aí algo, no mínimo, curioso, certamente inesperado: um especialista em teoria literária que pesquisa o momento político brasileiro contemporâneo (a surpresa vem do fato que ele não é sociólogo e nem cientista político). E o faz com o máximo de competência, recheando análises argutas com citações de trechos de Lima Barreto e de letras da música popular brasileira, versos de Drummond além de, claro, Machado e Shakespeare. Pois bem, conforme o professor Castro Rocha, a retórica do ódio, como o próprio nome indica e sugere, é um discurso que quer convencer seus ouvintes a odiar – isto mesmo, senhoras e senhores – odiar – o diferente, que não pertence ao mesmo grupo ou que não tem as mesmas convicções políticas e ideológicas que o “odiador” tem. Tal se dá, diz o professor João Cezar, pela “midiosfera extremista”: redes sociais, como vídeos de TikTok, canais de YouTube, correntes de WhatsApp, postagens em Facebook e Instagram que criam uma realidade paralela, que só existe na mente dos que se informam apenas por estas mídias digitais, que despejam mentiras, como se diz em inglês, “24/7” (vinte e quatro horas por dia, de domingo a domingo), e sem o menor constrangimento. Este processo produz, ainda conforme o professor Castro Rocha, a “pedagogia da desumanização do outro” – toda e qualquer menção a este “outro” é feita com insultos, xingamentos, ofensas, muitas vezes com palavras de baixo calão. É um discurso no qual o “outro” é apresentado como se fosse menos do que humano. Se é menos que humano, pode ser eliminado.
Mas o que a quarta temporada de The Boys tem a ver com isso? Retomando o raciocínio há pouco iniciado: na série há uma megacorporação multibilionária chamada Vought, que administra o grupo conhecido como “Os Sete”, os sete humanos modificados geneticamente para assim ter superpoderes. A Vought tem programas televisivos, como noticiários, nos quais as mentiras mais sem lógica, sem sentido, sem noção, sem qualquer base na realidade são apresentadas. Mas sempre há quem acredita nelas. Alguns exemplos: uma rede de satélites construídos por uma empresa judaica estaria emitindo uma radiação que converteria pessoas ao judaísmo. O grupo que é abertamente opositor aos “Sete” e ao conglomerado Vought manteria uma rede oculta de tráfico de crianças para fins de prostituição infantil. Quando o âncora do telejornal da Vought foi assassinado e precisou ser substituído às pressas, informou-se que a morte tinha sido por um AVC provocado por ter tomado vacina contra a gripe. A Vought divulga estas mentiras, não importa quão absurdas sejam, porque sabe que não falta quem acredite nelas.
Com tristeza e preocupação temos visto no Brasil contemporâneo pelo menos desde 2018 a midiosfera extremista derramando mentiras como se fosse as Cataratas do Iguaçu. E isso provoca, para citar mais uma vez João Cezar de Castro Rocha, “dissonância cognitiva coletiva”. As pessoas que acreditam nestas mentiras sem lógica simplesmente param de pensar, por si, limitando-se a repetir feito papagaios o que ouviram alguém dizer. Alguns exemplos:
A pedagogia da desumanização leva pessoas a, sem a menor crise na consciência, chamar quem não compartilha de suas convicções ideológicas de verme, nojento, maldito, esgoto, além de palavras impublicáveis, e, ainda pior, a dizer abertamente que estas pessoas precisam ser eliminadas. Um discurso de morte é qualquer coisa, menos política.
Mas tem algo ainda pior: pessoas que fazem parte de igrejas cristãs compartilhando dessa onda de ódio. Parece que tudo que um dia aprenderam da ética de Jesus (se é que aprenderam alguma coisa) foi apagado de suas mentes. Valores da ética do Novo Testamento como o amor ao próximo foram completamente esquecidos. Será que algum dia foram aprendidos?
Esta situação faz lembrar do Iluminismo, o movimento filosófico e intelectual do século 18 que apregoava a supremacia da razão como critério absoluto de aferição da realidade. “Pensai por vós próprios” – esta é uma frase de Voltaire, um dos grandes iluministas franceses. Em outras palavras: não seguir acriticamente o que outras pessoas disseram, mas parar para pensar e exercer um mínimo de senso crítico, sem engolir mentiras totalmente fora da realidade. Os que divulgam tais mentiras o fazem de maneira deliberada e consciente, porque sabem que, não importa quão absurdo e sem sentido seja o que falarem, sempre vai ter que alguém que vai acreditar.
Garth Ennis, mesmo com todo seu niilismo e desesperança, criticou esta onda de cegueira que infelizmente está a causar tantos estragos em toda parte. Com seu humor estranho, Ennis faz lembrar que precisamos, como queria Voltaire, pensar por nós mesmos, e não simplesmente repetir acriticamente o que algum “líder” disse.
Notas
1. Devo esta observação ao meu amigo Prof. Diego Klautau, que a compartilhou comigo em uma das nossas sempre proveitosas prosas.
2. João Cezar de Castro Rocha. Guerra cultural e retórica do ódio: crônicas de um Brasil pós-político. Goiânia: Caminhos, 2021. Bolsonarismo. Da guerra cultural ao terrorismo doméstico. Retórica do ódio e dissonância cognitiva coletiva. Belo Horizonte: Autêntica, 2023.
REVISTA ULTIMATO | PARA QUE SERVE A TEOLOGIA?
A resposta à pergunta “Para que serve a teologia?” revela que ela serve a Deus, exaltando-o como Senhor. Serve a igreja, ajudando-a a conhecer e a adorar seu Deus. Serve o mundo, revelando a verdadeira fonte de sabedoria, beleza, sentido e salvação.
A teologia é resultado de esforço acadêmico e também do convívio singular entre cristãos; envolve profundo estudo, mas também ocorre na singela e comprometida leitura das Escrituras. Depende do Espírito, por isso implica humildade. Ajuda a conhecer a Deus e a amá-lo.
É disso que trata a matéria de capa da edição 408 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» O Evangelho Em Uma Sociedade Pluralista, Lesslie Newbigin
» O Mundo – Uma missão a cumprir, John Stott e Tim Chester
» Cristianismo Antigo para Tempos Novos – Amor à Bíblia, Vida Intelectual e Fé Pública, Paul Freston
Por Carlos Caldas
A série The Boys, veiculada no canal de streaming Amazon Prime, já está em sua quarta temporada. Já escrevi a respeito da série por ocasião da primeira temporada, há quatros anos Esta é a primeira vez que escrevo duas vezes sobre o mesmo tema nesta coluna. Siga com a leitura, e você entenderá a razão pela qual retomo esta série tão estranha.
Talvez seja arriscado falar sobre a temporada de uma série que ainda não acabou – a cada semana, um episódio é lançado, e na semana em que este texto está sendo escrito, o sétimo episódio foi disponibilizado. A narrativa dá indícios de caminhar para seu clímax, mas com certeza muitas surpresas e reviravoltas ainda vão acontecer.
A quarta temporada mantém algumas características das anteriores, tais como o uso exaustivo de uma estética gore, que explora os limites do corpo humano, mostrando o tempo todo corpos sendo despedaçados com cérebros e entranhas espalhadas pelo chão (nojento, repugnante e assustador), sexualidades (muito) bizarras e o que mais me incomoda: turning points (viradas no enredo) nas quais o lado do mal consegue se recuperar de ataques sofridos e virar o jogo contra os que querem detê-lo. Não li os quadrinhos que inspiram a série, mas ouvi falar que são muito mais pesados, em todos os sentidos, que a adaptação televisiva. The Boys é roteirizada pelo quadrinista norte-irlandês Garth Ennis, que é muito experiente, com passagens na Marvel e na DC, as gigantes estadunidenses do ramo das histórias em quadrinhos. Uma espécie de marca registrada dos trabalhos de Ennis é seu niilismo – suas obras mostram uma desesperança muito grande, pois para ele, não há transcendente ou algo pelo qual valha a pena viver ou morrer. A visão da vida e do mundo que Ennis tem só permite espaço para uma realidade: o mal. Mas os que lutam contra o mal não são “bons”, antes, são pessoas que têm um mal menor do que os absolutamente perversos.1
Tenho muita dificuldade com roteiros niilistas. Fazem-me muito mal. São deprimentes. Sendo assim, por que então escrever de novo a respeito desta série? A razão é simples: a quarta temporada, usando um humor esquisito, critica uma onda avassaladora que infelizmente está a causar estragos em países tão diferentes um do outro como a Alemanha, os Estados Unidos e o Brasil, a saber, a onda da “retórica do ódio e dissonância cognitiva coletiva”. A expressão está entre aspas porque é de autoria de João Cezar de Castro Rocha, um dos mais destacados nomes da cena acadêmica brasileira hoje.2 Castro Rocha é professor titular de Literatura Comparada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), grande conhecedor de Machado de Assis e de Shakespeare. Eis aí algo, no mínimo, curioso, certamente inesperado: um especialista em teoria literária que pesquisa o momento político brasileiro contemporâneo (a surpresa vem do fato que ele não é sociólogo e nem cientista político). E o faz com o máximo de competência, recheando análises argutas com citações de trechos de Lima Barreto e de letras da música popular brasileira, versos de Drummond além de, claro, Machado e Shakespeare. Pois bem, conforme o professor Castro Rocha, a retórica do ódio, como o próprio nome indica e sugere, é um discurso que quer convencer seus ouvintes a odiar – isto mesmo, senhoras e senhores – odiar – o diferente, que não pertence ao mesmo grupo ou que não tem as mesmas convicções políticas e ideológicas que o “odiador” tem. Tal se dá, diz o professor João Cezar, pela “midiosfera extremista”: redes sociais, como vídeos de TikTok, canais de YouTube, correntes de WhatsApp, postagens em Facebook e Instagram que criam uma realidade paralela, que só existe na mente dos que se informam apenas por estas mídias digitais, que despejam mentiras, como se diz em inglês, “24/7” (vinte e quatro horas por dia, de domingo a domingo), e sem o menor constrangimento. Este processo produz, ainda conforme o professor Castro Rocha, a “pedagogia da desumanização do outro” – toda e qualquer menção a este “outro” é feita com insultos, xingamentos, ofensas, muitas vezes com palavras de baixo calão. É um discurso no qual o “outro” é apresentado como se fosse menos do que humano. Se é menos que humano, pode ser eliminado.
Mas o que a quarta temporada de The Boys tem a ver com isso? Retomando o raciocínio há pouco iniciado: na série há uma megacorporação multibilionária chamada Vought, que administra o grupo conhecido como “Os Sete”, os sete humanos modificados geneticamente para assim ter superpoderes. A Vought tem programas televisivos, como noticiários, nos quais as mentiras mais sem lógica, sem sentido, sem noção, sem qualquer base na realidade são apresentadas. Mas sempre há quem acredita nelas. Alguns exemplos: uma rede de satélites construídos por uma empresa judaica estaria emitindo uma radiação que converteria pessoas ao judaísmo. O grupo que é abertamente opositor aos “Sete” e ao conglomerado Vought manteria uma rede oculta de tráfico de crianças para fins de prostituição infantil. Quando o âncora do telejornal da Vought foi assassinado e precisou ser substituído às pressas, informou-se que a morte tinha sido por um AVC provocado por ter tomado vacina contra a gripe. A Vought divulga estas mentiras, não importa quão absurdas sejam, porque sabe que não falta quem acredite nelas.
Com tristeza e preocupação temos visto no Brasil contemporâneo pelo menos desde 2018 a midiosfera extremista derramando mentiras como se fosse as Cataratas do Iguaçu. E isso provoca, para citar mais uma vez João Cezar de Castro Rocha, “dissonância cognitiva coletiva”. As pessoas que acreditam nestas mentiras sem lógica simplesmente param de pensar, por si, limitando-se a repetir feito papagaios o que ouviram alguém dizer. Alguns exemplos:
- As urnas eletrônicas são passíveis de fraude (não são – quem reclamou disso foi eleito muitas vezes por este mesmo sistema e nunca disse nada);
- Se um governo com tendência esquerdista ganhar a eleição igrejas serão fechadas (nenhuma igreja, evangélica ou católica, foi fechada no país, e nem vai ser);
- Vacina contra Covid-19 faz a pessoa virar jacaré, pegar HIV e faz mulher ter barba (são mentiras tão absurdas que não merecem sequer ser comentadas);
- Não existe liberdade de expressão no Brasil (existe sim – o que estas pessoas chamam de “liberdade de expressão” é o “direito” torto de falar mentiras, ofender e insultar quem pensa diferente);
- Não existe democracia no Brasil (claro que existe – a ironia terrível é que os que divulgam este discurso querem é justamente acabar com a ordem democrática que temos em nosso país).
A pedagogia da desumanização leva pessoas a, sem a menor crise na consciência, chamar quem não compartilha de suas convicções ideológicas de verme, nojento, maldito, esgoto, além de palavras impublicáveis, e, ainda pior, a dizer abertamente que estas pessoas precisam ser eliminadas. Um discurso de morte é qualquer coisa, menos política.
Mas tem algo ainda pior: pessoas que fazem parte de igrejas cristãs compartilhando dessa onda de ódio. Parece que tudo que um dia aprenderam da ética de Jesus (se é que aprenderam alguma coisa) foi apagado de suas mentes. Valores da ética do Novo Testamento como o amor ao próximo foram completamente esquecidos. Será que algum dia foram aprendidos?
Esta situação faz lembrar do Iluminismo, o movimento filosófico e intelectual do século 18 que apregoava a supremacia da razão como critério absoluto de aferição da realidade. “Pensai por vós próprios” – esta é uma frase de Voltaire, um dos grandes iluministas franceses. Em outras palavras: não seguir acriticamente o que outras pessoas disseram, mas parar para pensar e exercer um mínimo de senso crítico, sem engolir mentiras totalmente fora da realidade. Os que divulgam tais mentiras o fazem de maneira deliberada e consciente, porque sabem que, não importa quão absurdo e sem sentido seja o que falarem, sempre vai ter que alguém que vai acreditar.
Garth Ennis, mesmo com todo seu niilismo e desesperança, criticou esta onda de cegueira que infelizmente está a causar tantos estragos em toda parte. Com seu humor estranho, Ennis faz lembrar que precisamos, como queria Voltaire, pensar por nós mesmos, e não simplesmente repetir acriticamente o que algum “líder” disse.
Notas
1. Devo esta observação ao meu amigo Prof. Diego Klautau, que a compartilhou comigo em uma das nossas sempre proveitosas prosas.
2. João Cezar de Castro Rocha. Guerra cultural e retórica do ódio: crônicas de um Brasil pós-político. Goiânia: Caminhos, 2021. Bolsonarismo. Da guerra cultural ao terrorismo doméstico. Retórica do ódio e dissonância cognitiva coletiva. Belo Horizonte: Autêntica, 2023.
REVISTA ULTIMATO | PARA QUE SERVE A TEOLOGIA?
A resposta à pergunta “Para que serve a teologia?” revela que ela serve a Deus, exaltando-o como Senhor. Serve a igreja, ajudando-a a conhecer e a adorar seu Deus. Serve o mundo, revelando a verdadeira fonte de sabedoria, beleza, sentido e salvação.
A teologia é resultado de esforço acadêmico e também do convívio singular entre cristãos; envolve profundo estudo, mas também ocorre na singela e comprometida leitura das Escrituras. Depende do Espírito, por isso implica humildade. Ajuda a conhecer a Deus e a amá-lo.
É disso que trata a matéria de capa da edição 408 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» O Evangelho Em Uma Sociedade Pluralista, Lesslie Newbigin
» O Mundo – Uma missão a cumprir, John Stott e Tim Chester
» Cristianismo Antigo para Tempos Novos – Amor à Bíblia, Vida Intelectual e Fé Pública, Paul Freston
É professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC Minas, onde coordena o GPRA – Grupo de Pesquisa Religião e Arte.
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