Opinião
- 13 de março de 2009
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A "perspectiva de Deus" para a crise
Acredito que ele iria se referir às suas crenças, à sua fé. Aos seus valores. Ao seu propósito de vida, se é que você tem um, e se este propósito de vida está fazendo você e as pessoas que você ama serem felizes. Sobre o tempo que você investe nas coisas, e para quem você tem investido o melhor do seu tempo. Sobre o seu legado, o que você vai deixar depois que morrer e para quem vai deixar. Sobre a continuidade da sua vida e dos demais após sua breve passagem pela Terra.
Esta crise, assim como as consequências que certamente vão perdurar durante um bom tempo, vai consumir toda a sua energia se você não der aquela “parada estratégica” para repensar a sua vida. E, embora possa parecer estranho, é um excelente momento para fazer isso.
Certamente poderíamos passar horas abordando dezenas de perspectivas sobre a sua vida. Mas vamos refletir apenas sobre três pontos: a brevidade da vida, o legado e a eternidade.
O sábio já dizia: “De que vale trabalhar arduamente todos os dias se não consigo desfrutar os próprios frutos deste trabalho? De que vale todo o trabalho que ocupa minha mente a tal ponto de não permitir uma noite de sono tranquila? De que vale todo o esforço se em pouco tempo meu nome não será lembrado na história dos homens?” (Ec 2 ).
Sejamos honestos: seremos esquecidos pela maioria das pessoas que nos cercam, principalmente no mundo corporativo. Nos últimos meses alguns altos executivos saíram da organização em que trabalho. Eram pessoas mencionadas nos corredores, nas atas de reuniões, no café. Hoje, seus nomes sequer são lembrados. Suas realizações permanecem: projetos que implementaram, modelos de gestão. Eu mantenho contato com alguns deles e isso sem dúvida é fantástico. Mas seus nomes raramente são lembrados por aqui. Exceto por pessoas de grande destaque em liderança, a maioria dos mortais não será lembrada. Eu não serei lembrado.
Lembro-me de uma visita a um pequeno castelo na Espanha. Dizem que foi construído há mais de duzentos anos. O castelo está lá. Os nobres que o construíram sequer tinham seus nomes gravados nas paredes.
A vida é breve, tanto do ponto de vista de quem a vive como daqueles que o vêem vivendo.
Um dos meus clientes tinha aproximadamente cem milhões de reais em imóveis, isso há cerca de dez anos. Chegara ao Brasil ainda jovem, com mais ou menos 150 dólares no bolso. Estudou muito, conquistou um prêmio internacional de estudos econômicos.
Um homem supersticioso: quando eu o visitava, jamais saí pela mesma porta em que entrei. Isso dá azar, dizia o velhinho. Eu seguia à risca esta “mandinga”, pois parecia que para ele tinha dado certo... 150 dólares que viraram cem milhões de reais... não custa tentar, não é mesmo? Ele faleceu há alguns anos. Fiquei triste, eu gostava de conversar com ele. A última notícia que tive é que seus dois filhos não pareciam estar cuidando muito bem dos negócios. Ouvi-lo contar sobre sua própria vida, sobre suas análises do cenário econômico era cativante. E tudo passou tão rápido na vida dele.
Vivemos como se as nossas vidas aqui na Terra fossem eternas, e elas não são. Será que equilibraríamos as nossas forças e tempo de forma diferente se tivéssemos mais consciência de que nossa passagem por este mundo seria tão breve? Será que teríamos a mesma lista de prioridades que temos hoje? Será que a atual crise está trazendo consigo algumas lições para a forma como estamos gerenciando as nossas próprias vidas?
Esta crise, assim como as consequências que certamente vão perdurar durante um bom tempo, vai consumir toda a sua energia se você não der aquela “parada estratégica” para repensar a sua vida. E, embora possa parecer estranho, é um excelente momento para fazer isso.
Certamente poderíamos passar horas abordando dezenas de perspectivas sobre a sua vida. Mas vamos refletir apenas sobre três pontos: a brevidade da vida, o legado e a eternidade.
O sábio já dizia: “De que vale trabalhar arduamente todos os dias se não consigo desfrutar os próprios frutos deste trabalho? De que vale todo o trabalho que ocupa minha mente a tal ponto de não permitir uma noite de sono tranquila? De que vale todo o esforço se em pouco tempo meu nome não será lembrado na história dos homens?” (Ec 2 ).
Sejamos honestos: seremos esquecidos pela maioria das pessoas que nos cercam, principalmente no mundo corporativo. Nos últimos meses alguns altos executivos saíram da organização em que trabalho. Eram pessoas mencionadas nos corredores, nas atas de reuniões, no café. Hoje, seus nomes sequer são lembrados. Suas realizações permanecem: projetos que implementaram, modelos de gestão. Eu mantenho contato com alguns deles e isso sem dúvida é fantástico. Mas seus nomes raramente são lembrados por aqui. Exceto por pessoas de grande destaque em liderança, a maioria dos mortais não será lembrada. Eu não serei lembrado.
Lembro-me de uma visita a um pequeno castelo na Espanha. Dizem que foi construído há mais de duzentos anos. O castelo está lá. Os nobres que o construíram sequer tinham seus nomes gravados nas paredes.
A vida é breve, tanto do ponto de vista de quem a vive como daqueles que o vêem vivendo.
Um dos meus clientes tinha aproximadamente cem milhões de reais em imóveis, isso há cerca de dez anos. Chegara ao Brasil ainda jovem, com mais ou menos 150 dólares no bolso. Estudou muito, conquistou um prêmio internacional de estudos econômicos.
Um homem supersticioso: quando eu o visitava, jamais saí pela mesma porta em que entrei. Isso dá azar, dizia o velhinho. Eu seguia à risca esta “mandinga”, pois parecia que para ele tinha dado certo... 150 dólares que viraram cem milhões de reais... não custa tentar, não é mesmo? Ele faleceu há alguns anos. Fiquei triste, eu gostava de conversar com ele. A última notícia que tive é que seus dois filhos não pareciam estar cuidando muito bem dos negócios. Ouvi-lo contar sobre sua própria vida, sobre suas análises do cenário econômico era cativante. E tudo passou tão rápido na vida dele.
Vivemos como se as nossas vidas aqui na Terra fossem eternas, e elas não são. Será que equilibraríamos as nossas forças e tempo de forma diferente se tivéssemos mais consciência de que nossa passagem por este mundo seria tão breve? Será que teríamos a mesma lista de prioridades que temos hoje? Será que a atual crise está trazendo consigo algumas lições para a forma como estamos gerenciando as nossas próprias vidas?
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