Opinião
- 16 de maio de 2023
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A paternidade de Deus e a minha maternidade
Por Samara Andrade
O nascimento de um filho é uma oportunidade muito rica de aprofundar a experiência do amor de Deus por nós. Quando li o Salmo 103 depois de ter me tornado mãe, passei a enxergar melhor não apenas a profundidade do amor paternal de Deus, mas também como esse amor poderia orientar a minha relação com meus filhos.
O relacionamento é pautado pelo caráter de Deus. Ele pode nos oferecer compaixão e misericórdia porque dEle fluem essas qualidades. Parece óbvio, mas é uma verdade difícil de encarar no dia a dia: eu não posso ser melhor como mãe do que sou como pessoa. Não foi a maternidade que me deixou irritada, impaciente e egoísta. Esses vícios já estavam em mim, e tive que encará-los como pecados contra os quais eu precisava lutar. Minha maternidade se beneficiou mais dos meus esforços quando eles foram direcionados para o lugar certo: sondar e mudar meu próprio coração, antes de tentar mudar os meus filhos.
Mas o amor leal do Senhor, o seu amor eterno está com os que o temem, e a sua justiça com os filhos dos seus filhos, com os que guardam a sua aliança e se lembram de obedecer aos seus preceitos. (v. 17-18)
O nascimento de um filho é uma oportunidade muito rica de aprofundar a experiência do amor de Deus por nós. Quando li o Salmo 103 depois de ter me tornado mãe, passei a enxergar melhor não apenas a profundidade do amor paternal de Deus, mas também como esse amor poderia orientar a minha relação com meus filhos.
O Senhor é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre (v. 8-9)
O relacionamento é pautado pelo caráter de Deus. Ele pode nos oferecer compaixão e misericórdia porque dEle fluem essas qualidades. Parece óbvio, mas é uma verdade difícil de encarar no dia a dia: eu não posso ser melhor como mãe do que sou como pessoa. Não foi a maternidade que me deixou irritada, impaciente e egoísta. Esses vícios já estavam em mim, e tive que encará-los como pecados contra os quais eu precisava lutar. Minha maternidade se beneficiou mais dos meus esforços quando eles foram direcionados para o lugar certo: sondar e mudar meu próprio coração, antes de tentar mudar os meus filhos.
Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem; pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó. (v. 13-14)
Ele é capaz de se compadecer porque nos conhece profundamente. Que grande armadilha é viver com as expectativas desajustadas! Boa parte das frustrações que vivi na maternidade estava relacionada às minhas próprias expectativas desajustadas. Quando mudei o olhar das comparações com as outras crianças, com os livros e até mesmo com o bebê da minha imaginação, pude finalmente olhar para meus filhos com atenção, descobrir suas limitações e seus potenciais, adequar minhas expectativas a quem eles são e não a quem eu achava que eles deveriam ser.
Mas o amor leal do Senhor, o seu amor eterno está com os que o temem, e a sua justiça com os filhos dos seus filhos, com os que guardam a sua aliança e se lembram de obedecer aos seus preceitos. (v. 17-18)
Eu e meus filhos temos o mesmo Pai. Existe um grande descanso em saber que o Senhor é quem cuida dos meus filhos. Apesar dos meus constantes e frequentes erros, eles têm um Pai celestial capaz de suprir todas as suas necessidades. Diariamente preciso deixar aos pés da cruz o pesado fardo de achar que sou a redentora dos meus filhos e confiar nAquele que realmente é. O alvo da minha maternidade passa a ser conduzir o coração dos meus filhos ao Deus verdadeiro, para que eles possam desfrutar das bênçãos de tê-lo como Pai.
- Samara Monteiro de Andrade, 31 anos, farmacêutica e servidora pública. Casada com Davi e mãe do Moisés e da Irene.
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