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Opinião

A mensagem cristã não desfigura o evangelho nem redesenha Jesus Cristo

Por Wlliam Lane

O livro O Evangelho de John Stott faz parte de uma edição em cinco volumes organizada por Tim Chester com base na obra O Cristão Contemporâneo. Nessa obra, Stott explorou os temas do Evangelho, do Discípulo, da Bíblia, da Igreja e do Mundo na perspectiva característica dele de fidelidade e firmeza ao ensino das Escrituras e relevância desse ensino para os cristãos contemporâneos. Cada um desses temas se transformou em um volume desta série.
 
Logo no início do livro (entre o Prefácio e a Introdução da Série), há uma nota ao leitor esclarecendo e justificando a publicação dessa série adaptada mais de 25 anos após a primeira edição em inglês do livro O Cristão Contemporâneo. Realmente, diante de tantas mudanças das últimas décadas, particularmente aquelas que têm afetado profundamente os valores e comportamentos humanos, podíamos suspeitar do quão “contemporânea” é, de fato, essa obra. Posso dizer de experiência própria de quando quis adotar para o estudo na igreja outra obra semelhante de Stott – Os Cristãos e os Desafios Contemporâneos (publicado por Ultimato em 2016, com base em uma edição revisada de uma obra originalmente publicada em 1986) –  e ser surpreendido com a relevância e atualidade não só das questões abordadas quanto das respostas apontadas. A explicação que dou para isso é justamente a postura e a abordagem de Stott em relação à revelação bíblica. Em suas obras ele não desfigura o evangelho, a mensagem cristã, não redesenha Jesus Cristo ou o discipulado de modo a torná-los estranhos às páginas dos Evangelhos. 
 
Nesta obra Stott segue um roteiro clássico da apresentação do evangelho e da teologia sistemática, começando com o ser humano, a salvação, a obra de Cristo e a esperança cristã. Ele o faz com a autenticidade da mensagem bíblica e a clareza da linguagem contemporânea. 
 
Por exemplo, no capítulo 2, ele trata da salvação em termos de liberdade, e justifica o uso dessa linguagem mostrando como é um tema muito atraente nos dias de hoje, uma vez que as pessoas estão em busca de liberdade. Ao mesmo tempo, é um palavra-chave da tradição cristã. Além disso é um conceito mal compreendido. 

O que me agrada muito nos textos de Stott, e nesse em particular, é o modo como ele contrasta (e às vezes confronta) constantemente a mensagem bíblica com as crenças, valores e comportamentos da sociedade moderna. Imagino que Stott supõe que o cristão contemporâneo seja mais provavelmente influenciado pelas crenças e valores modernos do que pelas verdades do evangelho. Assim, ele nos faz tomar consciência de que se não tomamos uma posição de seguir a Jesus radicalmente como discípulos, provavelmente viveremos menos como cristãos e mais como seculares contemporâneos. 

Ele declara categoricamente: “Os cristãos contemporâneos podem estar ansiosos para responder com sensibilidade aos desafios do mundo moderno, mas para isso não podemos abandonar a autoridade de Jesus Cristo. Os discípulos não têm liberdade para discordar de seu mestre divino.” (p. 93).

Nesta obra ele está constantemente nos levando de volta para a mensagem do evangelho de acordo com as Escrituras e nos fazendo refletir como nós estamos vivendo ou, pelo menos, com a vida contemporânea de um modo ou outro afeta nosso pensamento, crenças, comportamentos e valores.

Essa edição é também muito especial, pois cada capítulo termina com perguntas para reflexão preparadas por Tim Chester que permitem adotar o livro para estudos em pequenos grupos ou para uma reflexão pessoal.

É uma leitura muito agradável, edificante e desafiadora! Vale a pena.
 

Conheça a série O Cristão Contemporâneo, de John Stott. 
Em cada um dos volumes da série, John Stott responde a algumas das questões que mais desafiam os cristãos ao longo dos séculos: Como o cristianismo pode manter a sua identidade e tornar-se relevante para os dias atuais? Como os cristãos podem se envolver de fato com o mundo hoje e, ao mesmo tempo, permanecer fiéis às Escrituras?
 
Leia mais: 
Pastor presbiteriano e doutor em Antigo Testamento, é professor e capelão no Seminário Presbiteriano do Sul, e tradutor de obras teológicas. É autor do livro O propósito bíblico da missão.
  • Textos publicados: 62 [ver]

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