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- 11 de maio de 2020
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A luz sobre a montanha – Igreja em ação durante a pandemia
Igreja em Ação
Por Sarah Furtado
Henry David Thoreau, um famoso escritor e poeta estadunidense do século 19 disse que existem “novecentos e noventa e nove defensores da virtude para cada homem virtuoso”. Escreveu essa frase em 1849, enquanto fazia uma dura crítica aos que repudiavam a escravidão nos Estados Unidos da América, mas nada faziam para acabar com ela.
É o pecado da humanidade, manifesto nas desigualdades sociais, que escancara os virtuosos e os demagogos entre nós. E não tem sido diferente nesse momento delicado da pandemia do coronavírus.
À medida que o vírus se alastra, ilumina as mazelas e as chagas onde o estado não consegue chegar e o egoísmo evita sequer olhar. Mas nosso sábio Mestre, Jesus Cristo, já havia nos avisado: “Entre vocês não será assim. Quem quiser ser importante, sirva”. (Mt 20.26)
E dessa maneira, como uma cidade construída sobre o monte, a luz de Jesus tem brilhado através de sua igreja.
Em São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil, há pouco mais de um mês o governador João Dória decretou o fechamento das escolas, comércios não essenciais e igrejas. Com a oficialização da quarentena, os primeiros afetados foram os autônomos.
Foi pensando nesse grupo que o casal Jobson Nunes e Lilian Lemes, junto com a amiga Eliana Consorte criou o Vila Business. O trio frequenta a mesma comunidade de fé, a Igreja Cristã da Família de Vila Mariana, localizada no bairro do Ana Rosa.
Lilian Lemes é gestora de Marketing e Jobson Nunes é coordenador de TI na Prodesp, coach, palestrante e analista comportamental. Ambos são pais de três filhos e, além de conciliar as demandas da casa, das crianças e os empregos, Lilian está participando de treinamentos de desenvolvimento humano e formação de novos negócios. Tudo isso em quarentena.
Há um ano e seis meses o casal frequenta a Vila (como a igreja é carinhosamente chamada pelos membros). Já Eliana Consorte de Sousa é aposentada, formada em administração em recursos humanos e frequenta a comunidade desde sua fundação.
Por volta dos anos 2000, Eliana já dava cursos gratuitos na igreja para membros da comunidade e do bairro em geral que auxiliavam na formação profissional. Foi daí que nasceu o desejo de criar um “páginas amarelas” com os serviços prestados por membros e que não eram conhecidos de todos. “Na época eu sonhei muito com isso. Coloquei no papel, mas não foi pra frente, apesar de procurar auxílio de muita gente. Acabei deixando o projeto na gaveta, mas não deixou de ser um sonho”, explica Eliana.
Mas, tudo tem um tempo. Vinte anos depois o projeto tomou corpo. “Foi aí que me falaram de um casal recém-chegado que tinha o desejo de fazer algo a respeito do desemprego que assolava as pessoas por conta da pandemia do Covid-19. O Jobson e a Lilian são um casal que tem um cuidado com as coisas de Deus muito grande. E aí, conversando com eles decidimos divulgar o pessoal da igreja que estava sofrendo com a crise”, diz Eliana.
O que Eliana não sabia é que, paralelo a isso, Jobson e Lilian já tinham começado a dar os primeiros passos do projeto.
“Nós acreditamos que Deus une pessoas e propósitos. Precisamos ser mais unidos profissionalmente também como na igreja primitiva, cada um com talentos. Foi daí que veio a ideia de conversar com o pr. André pra obter uma lista de cadastro com os profissionais autônomos e empreendedores, pra que a gente pudesse adquirir produtos e serviços uns dos outros, e assim ajudar nesse momento de crise global”, explica Lilian.
A ideia inicial era uma lista simples. Até que Eliana chegou e juntou o útil ao agradável. Passaram a fazer os planejamentos, a produção, o levantamento de custos, a execução e o funcionamento.
E foi assim que, de uma lista, passaram a elaborar o aplicativo gratuito.
“Decidimos pela facilidade. Com o ícone fixado na tela do celular das pessoas, achamos mais fácil para fazer a consulta. A configuração é simples e funcional, com botões grandes e desenhos, o que facilita o uso de todas as idades”, explica Lilian.
Criaram um cadastro via formulário on-line, que foi enviado para os grupos da igreja. Em uma semana, ainda que com ajustes acontecendo, o aplicativo já estava no ar e sendo divulgado pela equipe de comunicação da Igreja.
“Foi uma união do nosso sonho com o da Eliana e estamos transbordantes”, diz Lilian.
Uma semana depois, o grupo decidiu conjuntamente que seria melhor abrir para todas as Igrejas Cristãs da Família, já que muitos membros se interessaram em participar da iniciativa.
“O brasileiro é muito criativo. Tudo que era feito nas lojas agora a gente pode fazer pela internet. O pessoal tá descobrindo isso e tem dado muito certo”, disse Eliana.
É importante salientar que qualquer um pode desfrutar dos serviços, mas somente os membros podem se cadastrar. Isso porque a ideia inicial é abençoar os irmãos autônomos e microempresários da igreja que tem sofrido diretamente com a crise econômica.
“Cremos que devemos esperar sempre o melhor de cada um principalmente nos momentos em que se exige atos de solidariedade como esse que estamos vivendo […] Nosso desejo é servir de inspiração e promover a conexão. Todos podemos ser agentes de transformação e tirar o melhor proveito do caos”, diz Lilian e finaliza: “Se eu puder resumir Eclesiastes 4.9: Juntos nós somos mais fortes!”
Por Sarah Furtado
Henry David Thoreau, um famoso escritor e poeta estadunidense do século 19 disse que existem “novecentos e noventa e nove defensores da virtude para cada homem virtuoso”. Escreveu essa frase em 1849, enquanto fazia uma dura crítica aos que repudiavam a escravidão nos Estados Unidos da América, mas nada faziam para acabar com ela.
É o pecado da humanidade, manifesto nas desigualdades sociais, que escancara os virtuosos e os demagogos entre nós. E não tem sido diferente nesse momento delicado da pandemia do coronavírus.
À medida que o vírus se alastra, ilumina as mazelas e as chagas onde o estado não consegue chegar e o egoísmo evita sequer olhar. Mas nosso sábio Mestre, Jesus Cristo, já havia nos avisado: “Entre vocês não será assim. Quem quiser ser importante, sirva”. (Mt 20.26)
E dessa maneira, como uma cidade construída sobre o monte, a luz de Jesus tem brilhado através de sua igreja.
Em São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil, há pouco mais de um mês o governador João Dória decretou o fechamento das escolas, comércios não essenciais e igrejas. Com a oficialização da quarentena, os primeiros afetados foram os autônomos.
Foi pensando nesse grupo que o casal Jobson Nunes e Lilian Lemes, junto com a amiga Eliana Consorte criou o Vila Business. O trio frequenta a mesma comunidade de fé, a Igreja Cristã da Família de Vila Mariana, localizada no bairro do Ana Rosa.
Lilian Lemes é gestora de Marketing e Jobson Nunes é coordenador de TI na Prodesp, coach, palestrante e analista comportamental. Ambos são pais de três filhos e, além de conciliar as demandas da casa, das crianças e os empregos, Lilian está participando de treinamentos de desenvolvimento humano e formação de novos negócios. Tudo isso em quarentena.
Há um ano e seis meses o casal frequenta a Vila (como a igreja é carinhosamente chamada pelos membros). Já Eliana Consorte de Sousa é aposentada, formada em administração em recursos humanos e frequenta a comunidade desde sua fundação.
Por volta dos anos 2000, Eliana já dava cursos gratuitos na igreja para membros da comunidade e do bairro em geral que auxiliavam na formação profissional. Foi daí que nasceu o desejo de criar um “páginas amarelas” com os serviços prestados por membros e que não eram conhecidos de todos. “Na época eu sonhei muito com isso. Coloquei no papel, mas não foi pra frente, apesar de procurar auxílio de muita gente. Acabei deixando o projeto na gaveta, mas não deixou de ser um sonho”, explica Eliana.
Mas, tudo tem um tempo. Vinte anos depois o projeto tomou corpo. “Foi aí que me falaram de um casal recém-chegado que tinha o desejo de fazer algo a respeito do desemprego que assolava as pessoas por conta da pandemia do Covid-19. O Jobson e a Lilian são um casal que tem um cuidado com as coisas de Deus muito grande. E aí, conversando com eles decidimos divulgar o pessoal da igreja que estava sofrendo com a crise”, diz Eliana.
O que Eliana não sabia é que, paralelo a isso, Jobson e Lilian já tinham começado a dar os primeiros passos do projeto.
“Nós acreditamos que Deus une pessoas e propósitos. Precisamos ser mais unidos profissionalmente também como na igreja primitiva, cada um com talentos. Foi daí que veio a ideia de conversar com o pr. André pra obter uma lista de cadastro com os profissionais autônomos e empreendedores, pra que a gente pudesse adquirir produtos e serviços uns dos outros, e assim ajudar nesse momento de crise global”, explica Lilian.
A ideia inicial era uma lista simples. Até que Eliana chegou e juntou o útil ao agradável. Passaram a fazer os planejamentos, a produção, o levantamento de custos, a execução e o funcionamento.
E foi assim que, de uma lista, passaram a elaborar o aplicativo gratuito.
“Decidimos pela facilidade. Com o ícone fixado na tela do celular das pessoas, achamos mais fácil para fazer a consulta. A configuração é simples e funcional, com botões grandes e desenhos, o que facilita o uso de todas as idades”, explica Lilian.
Criaram um cadastro via formulário on-line, que foi enviado para os grupos da igreja. Em uma semana, ainda que com ajustes acontecendo, o aplicativo já estava no ar e sendo divulgado pela equipe de comunicação da Igreja.
“Foi uma união do nosso sonho com o da Eliana e estamos transbordantes”, diz Lilian.
Uma semana depois, o grupo decidiu conjuntamente que seria melhor abrir para todas as Igrejas Cristãs da Família, já que muitos membros se interessaram em participar da iniciativa.
“O brasileiro é muito criativo. Tudo que era feito nas lojas agora a gente pode fazer pela internet. O pessoal tá descobrindo isso e tem dado muito certo”, disse Eliana.
É importante salientar que qualquer um pode desfrutar dos serviços, mas somente os membros podem se cadastrar. Isso porque a ideia inicial é abençoar os irmãos autônomos e microempresários da igreja que tem sofrido diretamente com a crise econômica.
“Cremos que devemos esperar sempre o melhor de cada um principalmente nos momentos em que se exige atos de solidariedade como esse que estamos vivendo […] Nosso desejo é servir de inspiração e promover a conexão. Todos podemos ser agentes de transformação e tirar o melhor proveito do caos”, diz Lilian e finaliza: “Se eu puder resumir Eclesiastes 4.9: Juntos nós somos mais fortes!”
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