Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Notícias

A imaginação tem espaço na leitura bíblica?

“Acho que a Bíblia estimula a imaginação”, é a resposta de João Cesário Leonel Ferreira, teólogo e professor de Letras na Universidade Mackenzie, com quem Ultimato conversou durante o I Congresso Internacional de Ciências da Religião da instituição.

“Os relatos nos livros dos profetas, em Apocalipse, nos evangelhos, nas cartas de Paulo, todos trabalham com alegorias. A igreja como noiva, como corpo de Cristo, o modo de funcionamento de seus membros. Tudo isso é um chamado para se imaginar as coisas”, diz João Leonel.

Ele explica que nosso problema, especificamente tratando-se do protestantismo histórico, “é que conduzimos tudo para um caminho só, o da razão. Quando a razão se torna o único critério, acabamos mutilando as potencialidades que um texto literário, categoria que se aplica também à Bíblia, pode exercer”.

Para o teólogo, quando interrompemos a imaginação e ficamos só na razão, perdemos muito do que a Bíblia tem a nos ensinar. A Bíblia fala à razão, que deve ser um caminho para a elaboração das imagens da imaginação.

João Leonel lembra que não foi por acaso que quando chegaram ao Brasil no século 19, protestantes como Robert Kalley, Ashbel Simonton e outros logo começaram a usar ficção religiosa em seus ensinos. Eles vinham de contextos norte-americanos e europeus nos quais a ficção já estava muito presente.

“No protestantismo, muitos acharão ruim se tocarmos uma música tida como secular, mas se o pastor usar uma citação de um poema que não é cristão, aí pode. A grande questão é: qual é a diferença? Entra então a concepção do que é o quê dentro do serviço religioso”, expõe o professor, que remete nossa falta de uso de aspectos como música e imagem no protestantismo a um histório de anti-catolicismo.

É preciso lembrar, no caso particular da literatura, que ela revela muito do que o ser humano é, em suas opções e contradições, em sua beleza e também na negridão.

“A literatura nos ajuda a compreender em profundidade quem somos e o que é a coletividade humana. As Escrituras fazem isso também, mas enquanto a Bíblia me faz entender o ser humano do passado, a literatura me faz entender o ser humano de hoje”, conclui o teólogo.

Foto: Aaron Burden/Unsplash

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Leia mais em Notícias

Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.