Opinião
- 15 de setembro de 2021
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A Igreja na internet – uma breve reflexão sobre igrejas e organizações cristãs nas redes sociais
Por Elis Amâncio
Desde 2007 acompanho o cenário digital brasileiro com um viés cristão. Foi naquele ano que comecei a estudar o Orkut e suas implicações na vida dos nossos jovens cristãos e como poderíamos construir uma comunicação eficaz naquela plataforma.
Lembro de analisar as dúvidas e os principais pedidos em comunidades ligadas à minha igreja local (Igreja Batista da Lagoinha). Tive o privilégio de acompanhar e implementar a presença digital da minha igreja nas redes sociais. Do Orkut, passamos pelo Twitter, Facebook, YouTube e WhatsApp.
Naquela época o Brasil tinha cerca de 40 milhões de pessoas conectadas à internet, diferente dos mais de 160 milhões de hoje! Muita coisa mudou, mas as reflexões são semelhantes e ainda mais precisas. Por muito tempo ouvimos falar sobre inclusão digital e pouco sobre educação digital.
A Bíblia é o ponto de partida para nossa reflexão sobre o uso ético da internet seja para nos comunicarmos como igreja, como organizações ou como cristãos individualmente. A tecnologia foi importantíssima para que a Bíblia se tornasse mais acessível quando a prensa móvel de Gutenberg foi criada por volta de 1450.
Comecei a orar, ainda nos idos de 2007, e a compartilhar com meus pastores e líderes sobre a importância de colocarmos resumos de pregações, estudos bíblicos e conteúdos como devocionais na internet. Nosso objetivo jamais foi criar uma igreja on-line, mas, estar presente na internet, como cristãos alcançando e direcionando pessoas a conhecerem Jesus Cristo. “Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo suplicamos: Reconciliem-se com Deus.” (2 Co 5.20)
Hoje temos uma ferramenta importante nas mãos e que nos dá livre acesso à Bíblia no Brasil e no mundo. Falo do aplicativo Bible – Bíblia (YouVersion) – desenvolvido pela Life Church (Estados Unidos) há pouco mais de dez anos. Este aplicativo da Bíblia está instalado em mais de 485 milhões de aparelhos móveis, com 2.062 versões, traduzidos em mais de 1.372 línguas. Imagine se colocássemos toda esta riqueza de conteúdos em uma biblioteca física?
No último relatório divulgado pelo We Are Social e Hootsuite, sobre a internet no Brasil, de janeiro de 2021, sabemos que o brasileiro passa 10h08 conectado à internet todos os dias. É muito tempo! Se nós, como igreja, não produzimos conteúdo para a web, quer dizer que nossos membros estão consumindo conteúdos diversos e aleatórios porque não nos posicionamos quanto a isso.
Tenho dedicado meus últimos quatorze anos para conscientizar e treinar igrejas e ministérios neste uso consciente e eficiente do meio digital para propagar a mensagem do reino de Deus. Não é sobre uma igreja híbrida ou digital, é sobre ser igreja em todos os campos missionários disponíveis, e a internet é um deles.
Em março de 2020, pastores de todo o Brasil e do mundo começaram a nos procurar pedindo ajuda sobre como se digitalizar para transmitir um culto ao vivo. Segundo pesquisa do The Invisible College, divulgada em maio de 2020, 49% das igrejas brasileiras não transmitiam cultos até a pandemia. Não tenho ideia de quantas pessoas conseguimos atender ao longo deste último um ano e meio, seja por live, vídeos educativos ou atendimentos diretos via WhatsApp.
Somos 213 milhões de brasileiros, sendo que 70% possuem acesso à internet de alguma maneira. É por meio dos nossos conteúdos, transmissões ao vivo de cultos, estudos bíblicos, bate-papos etc., que vamos levar para o ambiente digital nossos princípios, valores, fé, moral, tanto para grupos como para indivíduos.
Em Tiago 1.1 está escrito: “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos dispersas entre as nações: Saudações”. Meditando nas epístolas, esta saudação de Tiago me chamou muito a atenção. Hoje igrejas e ministérios estão nas redes sociais se comunicando, em maioria com seus próprios membros. Estamos fazendo hoje, com novos recursos, o que Tiago fez naquele tempo: uma comunicação para a igreja local, com alcance global!
• Elis Amâncio é jornalista cristã, especialista em comunicação digital e mídias sociais, em marketing digital (PUC Minas), aluna especial do mestrado em estudos de linguagens (Cefet-MG). Atualmente é head de marketing da startup cristã Hitbel. Autora dos livros Mídias Sociais na Igreja, Comunicando o Reino e Redes Sociales para la Iglesia, e coautora em outros livros. É membro da Igreja Batista da Lagoinha há dezoito anos, casada com Renato Lied, pais da Sarah.
Leia mais:
» Tretas na internet e a idolatria da (in)verdade
» Presente Game: conheça o aplicativo que apresenta conteúdo bíblico, perguntas e devocionais da RTM de forma divertida e atrativa
Desde 2007 acompanho o cenário digital brasileiro com um viés cristão. Foi naquele ano que comecei a estudar o Orkut e suas implicações na vida dos nossos jovens cristãos e como poderíamos construir uma comunicação eficaz naquela plataforma.
Lembro de analisar as dúvidas e os principais pedidos em comunidades ligadas à minha igreja local (Igreja Batista da Lagoinha). Tive o privilégio de acompanhar e implementar a presença digital da minha igreja nas redes sociais. Do Orkut, passamos pelo Twitter, Facebook, YouTube e WhatsApp.
Naquela época o Brasil tinha cerca de 40 milhões de pessoas conectadas à internet, diferente dos mais de 160 milhões de hoje! Muita coisa mudou, mas as reflexões são semelhantes e ainda mais precisas. Por muito tempo ouvimos falar sobre inclusão digital e pouco sobre educação digital.
A Bíblia é o ponto de partida para nossa reflexão sobre o uso ético da internet seja para nos comunicarmos como igreja, como organizações ou como cristãos individualmente. A tecnologia foi importantíssima para que a Bíblia se tornasse mais acessível quando a prensa móvel de Gutenberg foi criada por volta de 1450.
Comecei a orar, ainda nos idos de 2007, e a compartilhar com meus pastores e líderes sobre a importância de colocarmos resumos de pregações, estudos bíblicos e conteúdos como devocionais na internet. Nosso objetivo jamais foi criar uma igreja on-line, mas, estar presente na internet, como cristãos alcançando e direcionando pessoas a conhecerem Jesus Cristo. “Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo suplicamos: Reconciliem-se com Deus.” (2 Co 5.20)
Hoje temos uma ferramenta importante nas mãos e que nos dá livre acesso à Bíblia no Brasil e no mundo. Falo do aplicativo Bible – Bíblia (YouVersion) – desenvolvido pela Life Church (Estados Unidos) há pouco mais de dez anos. Este aplicativo da Bíblia está instalado em mais de 485 milhões de aparelhos móveis, com 2.062 versões, traduzidos em mais de 1.372 línguas. Imagine se colocássemos toda esta riqueza de conteúdos em uma biblioteca física?
No último relatório divulgado pelo We Are Social e Hootsuite, sobre a internet no Brasil, de janeiro de 2021, sabemos que o brasileiro passa 10h08 conectado à internet todos os dias. É muito tempo! Se nós, como igreja, não produzimos conteúdo para a web, quer dizer que nossos membros estão consumindo conteúdos diversos e aleatórios porque não nos posicionamos quanto a isso.
Tenho dedicado meus últimos quatorze anos para conscientizar e treinar igrejas e ministérios neste uso consciente e eficiente do meio digital para propagar a mensagem do reino de Deus. Não é sobre uma igreja híbrida ou digital, é sobre ser igreja em todos os campos missionários disponíveis, e a internet é um deles.
Em março de 2020, pastores de todo o Brasil e do mundo começaram a nos procurar pedindo ajuda sobre como se digitalizar para transmitir um culto ao vivo. Segundo pesquisa do The Invisible College, divulgada em maio de 2020, 49% das igrejas brasileiras não transmitiam cultos até a pandemia. Não tenho ideia de quantas pessoas conseguimos atender ao longo deste último um ano e meio, seja por live, vídeos educativos ou atendimentos diretos via WhatsApp.
Somos 213 milhões de brasileiros, sendo que 70% possuem acesso à internet de alguma maneira. É por meio dos nossos conteúdos, transmissões ao vivo de cultos, estudos bíblicos, bate-papos etc., que vamos levar para o ambiente digital nossos princípios, valores, fé, moral, tanto para grupos como para indivíduos.
Em Tiago 1.1 está escrito: “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos dispersas entre as nações: Saudações”. Meditando nas epístolas, esta saudação de Tiago me chamou muito a atenção. Hoje igrejas e ministérios estão nas redes sociais se comunicando, em maioria com seus próprios membros. Estamos fazendo hoje, com novos recursos, o que Tiago fez naquele tempo: uma comunicação para a igreja local, com alcance global!
• Elis Amâncio é jornalista cristã, especialista em comunicação digital e mídias sociais, em marketing digital (PUC Minas), aluna especial do mestrado em estudos de linguagens (Cefet-MG). Atualmente é head de marketing da startup cristã Hitbel. Autora dos livros Mídias Sociais na Igreja, Comunicando o Reino e Redes Sociales para la Iglesia, e coautora em outros livros. É membro da Igreja Batista da Lagoinha há dezoito anos, casada com Renato Lied, pais da Sarah.
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