Opinião
- 27 de março de 2009
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A ciência precisa da religião?*
Deus, segundo se pensou, não tinha de criar o mundo de uma forma particular. Robert Boyle, por exemplo, acreditava que as leis da natureza eram totalmente dependentes da vontade de Deus, o qual não foi constrangido por nada além de si mesmo. Seguia-se a necessidade de usar a razão para compreender como, na realidade, o mundo fora criado. Mas por que deveria a nossa racionalidade ser capaz de tal feito?
Poderia ter parecido a eles que a base para acreditar na competência de nossa débil racionalidade era insuficiente. De modo algum era certo que o mundo se comportava segundo um ordenamento cognoscível, mesmo em princípio.
Para a ciência ser possível, o mundo deve ser ordenado de modo a se comportar de forma regular e inteligível, e também deve ser compreensível, em particular, à mente humana.
Nenhuma dessas condições pode ser tomada por certa. No século 17, época de Newton e Boyle, pensava-se que os padrões subjacentes e a ordem presente no mundo físico haviam sido criados por uma mente racional e divina. De fato, Deus era visto como a fonte e o fundamento de toda razão. Porque o mundo fora criado por uma mente divina, haveria uma ordem subjacente, de modo que, pela vontade de Deus, o mundo se comporta normalmente de forma previsível e regular. De fato o uso do termo “logos”, no princípio do Evangelho de João, identificando logos e Deus, refere-se a algo muito maior do que meramente palavras e discurso. “Logos”, na filosofia grega, tem a ver com a racionalidade e a inteligibilidade inerente a todas as coisas. Assim, podemos falar de biologia, o logos sobre a vida, e mesmo de teologia, o logos sobre Deus. A razão inerente às coisas, refletindo a racionalidade do Criador, também torna possíveis a reflexão racional e a descoberta. Podemos raciocinar cientificamente porque há uma estrutura racional inerente ao mundo. Além disso, pensava-se, tal é possível aos humanos porque fomos feitos à imagem de Deus, compartilhando de algum modo limitado da sua racionalidade.
Poderia ter parecido a eles que a base para acreditar na competência de nossa débil racionalidade era insuficiente. De modo algum era certo que o mundo se comportava segundo um ordenamento cognoscível, mesmo em princípio.
Para a ciência ser possível, o mundo deve ser ordenado de modo a se comportar de forma regular e inteligível, e também deve ser compreensível, em particular, à mente humana.
Nenhuma dessas condições pode ser tomada por certa. No século 17, época de Newton e Boyle, pensava-se que os padrões subjacentes e a ordem presente no mundo físico haviam sido criados por uma mente racional e divina. De fato, Deus era visto como a fonte e o fundamento de toda razão. Porque o mundo fora criado por uma mente divina, haveria uma ordem subjacente, de modo que, pela vontade de Deus, o mundo se comporta normalmente de forma previsível e regular. De fato o uso do termo “logos”, no princípio do Evangelho de João, identificando logos e Deus, refere-se a algo muito maior do que meramente palavras e discurso. “Logos”, na filosofia grega, tem a ver com a racionalidade e a inteligibilidade inerente a todas as coisas. Assim, podemos falar de biologia, o logos sobre a vida, e mesmo de teologia, o logos sobre Deus. A razão inerente às coisas, refletindo a racionalidade do Criador, também torna possíveis a reflexão racional e a descoberta. Podemos raciocinar cientificamente porque há uma estrutura racional inerente ao mundo. Além disso, pensava-se, tal é possível aos humanos porque fomos feitos à imagem de Deus, compartilhando de algum modo limitado da sua racionalidade.
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