Notícias
- 02 de junho de 2009
- Visualizações: 2288
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
A Calvino o que é de Calvino
(ALC) De uma figura de dimensão universal, cuja obra e pensamento continuam influindo na vida do mundo até os dias atuais, era previsível que seus seguidores aproveitassem a data festiva de meio século do seu nascimento para prestar-lhe homenagens.
Mas uma exposição que está atraindo o público mostra um Calvino diferente do que muitas vezes nos apresentam seus seguidores e detratores, e possibilita deixar atrás as caricaturas e o mito e acercar-se do homem real em sua circunstância.
A mostra é fruto do empenho do Museu Internacional da Reforma, cuja diretora, Isabelle Graesslé, favoreceu uma perspectiva que não procura defender nem acusar Calvino, senão propor, com o auxílio de documentos e depoimentos, um inventário honesto de sua obra.
Falar de Calvino quando se cumprem 500 anos do seu nascimento exige colocá-lo em seu contexto histórico, assinalou Graesslé. A exposição “Um dia na vida de João Calvino” permite que apareçam as múltiplas facetas de um homem que ela qualificou ao mesmo tempo de genial “e suscetível, terno e insuportável”.
A exibição apresenta, em animação digitalizada, oito momentos no que teria sido “um dia ideal” dos muitos pelos quais passou o reformador em Genebra.
O dia tem início às 4h da madrugada, quando Calvino acorda para orar pela primeira — uma prece escrita pelo mesmo para professar ao levantar-se.
O narrador conta que, em razão de sua saúde debilitada, depois de orar Calvino regressava sem demora ao leito e um servente trazia uma toalha morna para aliviar-lhe as dores estomacais.
Três horas mais tarde, depois de ter trabalhado com seu secretário a partir das 5h, Calvino aparece pregando em culto sobre o livro de Jô.
Calvino pregava na Catedral de São Pedro duas vezes a cada domingo e um dia da semana a cada quinzena. Eram sermões de 35 a 40 minutos. O reformador falava lentamente para facilitar a tarefa do estenógrafo que, a partir de 1549, tomava notas detalhadas de seus sermões.
O terceiro pavilhão mostra um episódio muito controvertido na vida do reformador: o julgamento de Miguel Servet. Popularmente, atribui-se a Calvino a morte na fogueira do médico e teólogo aragonês.
Aqui Calvino intervém para esclarecer seu papel neste fato, quando diz: “Muita gente ignorante me atribuiu este juízo, como se eu fora o instigador, quando na realidade ele foi realizado pelo Conselho, que é o poder judicial desta cidade. Não nego que Servet foi preso por petição minha. Mas depois de sua convicção, é bem sabido que eu não pedi para ele a pena de morte”.
O quarto momento, às 11h, apresenta uma animada e saborosa discussão no Consistório entre uma mulher, Francisca Favre, e o próprio Calvino, a propósito do baile — uma prática proibida na Genebra calvinista, onde seus infratores eram condenados a três dias de prisão.
Às 14h, Calvino está ministrando aula no Auditório sobre o capítulo 25 de Gênesis. Às segundas, terças e quartas-feiras, em semanas alternadas, Calvino ensinava uma hora sobre a Bíblia e, a partir de 1549 até a sua morte em 1554, concentrou suas lições no Antigo Testamento.
Às 16h, Calvino está ocupado em sua correspondência. Foi um prolífico escritor de cartas, das quais se conhecem umas 4.500, mas se calcula que uma quantidade similar desapareceu. Calvino correspondeu-se com gente de todas as esferas: príncipes e princesas, líderes protestantes, discípulos e simples pastores de aldeias.
Duas horas depois, Calvino está jantando com seus amigos. Para aliviar seus padecimentos estomacais e frequentes enxaquecas, abstinha-se de certos alimentos. Era, não obstante, um bom gourmet e, para o final de seus dias, aceitou os conselhos de seu médico, Philibert Sarasin, e acompanhou suas colações com uma copa de vinho.
O oitavo e último pavilhão mostra o reformador dizendo suas orações às 21h. Calvino foi um homem de uma rica espiritualidade, sempre disposto a dar graças pela misericórdia de Deus manifestada em Jesus Cristo.
Essa magnífica exibição estará aberta até 1o de novembro de 2009. Trata-se de uma oportunidade excepcional para aproximar-se do Calvino real.
Fonte: www.alcnoticias.org
Mas uma exposição que está atraindo o público mostra um Calvino diferente do que muitas vezes nos apresentam seus seguidores e detratores, e possibilita deixar atrás as caricaturas e o mito e acercar-se do homem real em sua circunstância.
A mostra é fruto do empenho do Museu Internacional da Reforma, cuja diretora, Isabelle Graesslé, favoreceu uma perspectiva que não procura defender nem acusar Calvino, senão propor, com o auxílio de documentos e depoimentos, um inventário honesto de sua obra.
Falar de Calvino quando se cumprem 500 anos do seu nascimento exige colocá-lo em seu contexto histórico, assinalou Graesslé. A exposição “Um dia na vida de João Calvino” permite que apareçam as múltiplas facetas de um homem que ela qualificou ao mesmo tempo de genial “e suscetível, terno e insuportável”.
A exibição apresenta, em animação digitalizada, oito momentos no que teria sido “um dia ideal” dos muitos pelos quais passou o reformador em Genebra.
O dia tem início às 4h da madrugada, quando Calvino acorda para orar pela primeira — uma prece escrita pelo mesmo para professar ao levantar-se.
O narrador conta que, em razão de sua saúde debilitada, depois de orar Calvino regressava sem demora ao leito e um servente trazia uma toalha morna para aliviar-lhe as dores estomacais.
Três horas mais tarde, depois de ter trabalhado com seu secretário a partir das 5h, Calvino aparece pregando em culto sobre o livro de Jô.
Calvino pregava na Catedral de São Pedro duas vezes a cada domingo e um dia da semana a cada quinzena. Eram sermões de 35 a 40 minutos. O reformador falava lentamente para facilitar a tarefa do estenógrafo que, a partir de 1549, tomava notas detalhadas de seus sermões.
O terceiro pavilhão mostra um episódio muito controvertido na vida do reformador: o julgamento de Miguel Servet. Popularmente, atribui-se a Calvino a morte na fogueira do médico e teólogo aragonês.
Aqui Calvino intervém para esclarecer seu papel neste fato, quando diz: “Muita gente ignorante me atribuiu este juízo, como se eu fora o instigador, quando na realidade ele foi realizado pelo Conselho, que é o poder judicial desta cidade. Não nego que Servet foi preso por petição minha. Mas depois de sua convicção, é bem sabido que eu não pedi para ele a pena de morte”.
O quarto momento, às 11h, apresenta uma animada e saborosa discussão no Consistório entre uma mulher, Francisca Favre, e o próprio Calvino, a propósito do baile — uma prática proibida na Genebra calvinista, onde seus infratores eram condenados a três dias de prisão.
Às 14h, Calvino está ministrando aula no Auditório sobre o capítulo 25 de Gênesis. Às segundas, terças e quartas-feiras, em semanas alternadas, Calvino ensinava uma hora sobre a Bíblia e, a partir de 1549 até a sua morte em 1554, concentrou suas lições no Antigo Testamento.
Às 16h, Calvino está ocupado em sua correspondência. Foi um prolífico escritor de cartas, das quais se conhecem umas 4.500, mas se calcula que uma quantidade similar desapareceu. Calvino correspondeu-se com gente de todas as esferas: príncipes e princesas, líderes protestantes, discípulos e simples pastores de aldeias.
Duas horas depois, Calvino está jantando com seus amigos. Para aliviar seus padecimentos estomacais e frequentes enxaquecas, abstinha-se de certos alimentos. Era, não obstante, um bom gourmet e, para o final de seus dias, aceitou os conselhos de seu médico, Philibert Sarasin, e acompanhou suas colações com uma copa de vinho.
O oitavo e último pavilhão mostra o reformador dizendo suas orações às 21h. Calvino foi um homem de uma rica espiritualidade, sempre disposto a dar graças pela misericórdia de Deus manifestada em Jesus Cristo.
Essa magnífica exibição estará aberta até 1o de novembro de 2009. Trata-se de uma oportunidade excepcional para aproximar-se do Calvino real.
Fonte: www.alcnoticias.org
- 02 de junho de 2009
- Visualizações: 2288
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Leia mais em Notícias
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Descobrindo o potencial da diáspora: um chamado à igreja brasileira
- Trabalho sob a perspectiva do reino de Deus
- Jesus [não] tem mais graça
- Onde estão as crianças?
- Não confunda o Natal com Papai Noel — Para celebrar o verdadeiro Natal
- Uma cidade sitiada - Uma abordagem literária do Salmo 31
- C. S. Lewis, 126 anos
- Ultimato recebe prêmio Areté 2024
- Exalte o Altíssimo!
- Paciência e determinação: virtudes essenciais para enfrentar a realidade da vida