Opinião
- 30 de dezembro de 2008
- Visualizações: 28488
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
A Bíblia da Mulher
Ariovaldo Ramos
Frente ao lamentável quadro da violência contra a mulher -- também entre os evangélicos --, torna-se necessário revisitar e resgatar algumas leituras da Bíblia.
O homem à imagem e semelhança de Deus é um casal
"Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados" (Gn 5.1-2).
Duas pessoas, um só nome. Deus é uma família; ao criar à sua imagem e semelhança, criou outra família. Assim, o homem à imagem e semelhança de Deus é um homem coletivo. É uma só criação, já que Deus manipulou o barro e soprou apenas uma vez. (Gn 2.7). Na proposta divina, a humanidade seria uma família que se amaria a ponto de viver como se fosse uma só pessoa. Individualmente, cada um é imagem e semelhança de Deus ao nascer numa família e para uma família, o que deveria se estender a toda a humanidade, já que somos uma só família. Não deu certo. Jesus retomou essa possibilidade ao gerar a Igreja. Toda igreja local tem como missão viver a unidade familiar que é a imagem e semelhança de Deus. O primeiro casal era a imagem e semelhança de Deus e o homem não manifestaria plenamente a Trindade sem a mulher e vice-versa.
A inimizade do adversário é para com a mulher
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente” (Gn 3.15).
A briga do inimigo, desde sempre, é com a mulher. O ser masculino entra na luta por ser descendência dela. Possivelmente, isso explica muito da luta da mulher, que parece ter sido a mais prejudicada na queda. É plausível pensar que o papel masculino seria, a exemplo do grande descendente, guardar a mulher da maldade da serpente (José, pai adotivo de Jesus, conseguiu!). Porém, de alguma forma cooptado pela serpente, o ser masculino se tornou o algoz da mulher e usurpou a humanidade, tratando-a como se fosse um ser humano de segunda classe.
Deus reinventou a maternidade e fez um pacto com a mulher
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).
Antes da queda, a maternidade era a forma como nos multiplicaríamos (Gn 1.28).
Após ela, a maternidade se tornou a única esperança da humanidade, que passou a esperar pelo dia em que a mulher geraria o descendente que esmagaria a cabeça do inimigo e libertaria a raça humana -- o que aconteceu em Maria. Deus fez uma aliança com a mulher: de seu ventre, por obra de Deus, sairia o salvador do mundo. E, agora, após a vinda do Jesus de Nazaré, a maternidade é a prova de que o descendente venceu. Deus fez um pacto com a humanidade por meio da mulher.
Frente ao lamentável quadro da violência contra a mulher -- também entre os evangélicos --, torna-se necessário revisitar e resgatar algumas leituras da Bíblia.
O homem à imagem e semelhança de Deus é um casal
"Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados" (Gn 5.1-2).
Duas pessoas, um só nome. Deus é uma família; ao criar à sua imagem e semelhança, criou outra família. Assim, o homem à imagem e semelhança de Deus é um homem coletivo. É uma só criação, já que Deus manipulou o barro e soprou apenas uma vez. (Gn 2.7). Na proposta divina, a humanidade seria uma família que se amaria a ponto de viver como se fosse uma só pessoa. Individualmente, cada um é imagem e semelhança de Deus ao nascer numa família e para uma família, o que deveria se estender a toda a humanidade, já que somos uma só família. Não deu certo. Jesus retomou essa possibilidade ao gerar a Igreja. Toda igreja local tem como missão viver a unidade familiar que é a imagem e semelhança de Deus. O primeiro casal era a imagem e semelhança de Deus e o homem não manifestaria plenamente a Trindade sem a mulher e vice-versa.
A inimizade do adversário é para com a mulher
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente” (Gn 3.15).
A briga do inimigo, desde sempre, é com a mulher. O ser masculino entra na luta por ser descendência dela. Possivelmente, isso explica muito da luta da mulher, que parece ter sido a mais prejudicada na queda. É plausível pensar que o papel masculino seria, a exemplo do grande descendente, guardar a mulher da maldade da serpente (José, pai adotivo de Jesus, conseguiu!). Porém, de alguma forma cooptado pela serpente, o ser masculino se tornou o algoz da mulher e usurpou a humanidade, tratando-a como se fosse um ser humano de segunda classe.
Deus reinventou a maternidade e fez um pacto com a mulher
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).
Antes da queda, a maternidade era a forma como nos multiplicaríamos (Gn 1.28).
Após ela, a maternidade se tornou a única esperança da humanidade, que passou a esperar pelo dia em que a mulher geraria o descendente que esmagaria a cabeça do inimigo e libertaria a raça humana -- o que aconteceu em Maria. Deus fez uma aliança com a mulher: de seu ventre, por obra de Deus, sairia o salvador do mundo. E, agora, após a vinda do Jesus de Nazaré, a maternidade é a prova de que o descendente venceu. Deus fez um pacto com a humanidade por meio da mulher.
- 30 de dezembro de 2008
- Visualizações: 28488
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Leia mais em Opinião
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Descobrindo o potencial da diáspora: um chamado à igreja brasileira
- Trabalho sob a perspectiva do reino de Deus
- Jesus [não] tem mais graça
- Onde estão as crianças?
- Não confunda o Natal com Papai Noel — Para celebrar o verdadeiro Natal
- Uma cidade sitiada - Uma abordagem literária do Salmo 31
- C. S. Lewis, 126 anos
- Ultimato recebe prêmio Areté 2024
- Exalte o Altíssimo!
- Paciência e determinação: virtudes essenciais para enfrentar a realidade da vida